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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: A Datilógrafa


Sinopse: Aos 21 anos de idade, Rose Pamphule mora com seu pai e estar prestes a casar com o pacífico filho de um garagista. Ela poderia virar uma dona de casa, mas a jovem tem planos mais ambiciosos. Ela sai de sua cidade e tenta um emprego de datilógrafa no escritório de seguros de Louis. Mesmo se suas habilidades como secretária são fraquíssimas, o homem fica impressionado com a velocidade com a qual Rose consegue digitar. Logo o espírito competidor de Louis se desperta: ele decide aceitar Rose como sua secretária, contanto que ela treine para participar da competição de datilógrafa mais rápida do país.

A Datilógrafa é um filme de superações, que utiliza o gênero competição para se criar a historia e que ao mesmo tempo se torna uma divertida comedia romântica. O  roteiro entra na formula conhecida de um aspirante e incrédulo participante, vivendo seus altos e baixos na preparação pré competição até chegar a final tão sonhada. Nos já vimos esse filme, pois basta lembrar Rocky, Karate Kid entre outros que se aproveitam da mesma idéia, só que aqui isso serve como uma crítica a selvagem competição de ser sempre o melhor a todo custo, dessa atual “política” da celebridade instantânea e assim por diante.
Outro ponto interessante do filme é que ele é ambientado nos anos 50 e sua caracterização de época é sensacional, onde em muitos momentos, as imagens me lembraram os primeiros sucessos da fase Nouvelle vague que aconteceu na frança. Essa escolha do estreante diretor Regis Roinsard de ambientar tudo nos anos 50 e utilizar o que era moderno e vanguardista na época para desenvolver a trama, consegue dar para o espectador um leque de leituras do filme, fato que mesmo sendo uma comedia leve e divertida faz pensar e muito sobre nas coisas, como por exemplo: como o tempo é raro e rápido, o que hoje é o top da tecnologia, amanhã pode virar peça de museu, e tudo isso no piscar dos olhos.
Com isso, se tirar uma lição, de que o tempo é preciso ser aproveitado ao máximo  porque ele se vai e termina, quando a gente menos espera. O belo elenco de astros conhecidos do cinema francês é outro ponto a favor do filme, sendo que o casal principal Romain Duris e Déborah François apresenta uma bela química: impossível não ficar durante todo o filme torcendo na formação do casal e além deles tem uma participação pequena de Bérénice Bejo do filme O Artista e que acaba incrementando ainda mais brilho para a produção.  
A Datilógrafa é muito mais do que parece, sendo um filme que usa uma idéia já desgastada, mas que leva tudo de uma forma leve, satirizando o tempo, mas consegue com sua trama bem elaborada fazer pensar e inspirar mudança na perspectiva de futuro de quem assiste. 

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Cine Dica: Exibição do Filme: "J'aime regarder les filles" (2011) de Frederic Louf

 Quinta-Feira 22/08 - 20h00
ESPAÇO CINE CULTURAL do CINECLUBE TORRES
Rua 15 de Novembro, 205 sl. 215 - Centro - Torres

Aos 18 Anos, Primo (Pierre Niney) chega em Paris com a sua família de classe média para estudar em escolas melhores que na província, mas a atração por uma garota (Gabrielle - Lou de Laage), e o fascínio pelo mundo da alta sociedade ao qual ela pertence, o leva para uma impossível tentativa de integração, escondendo as origens e recuando dos próprios ideais de esquerda.

Ambientado na França dos anos 80, o filme recebeu o titulo "J'aime Regarder Les Filles" de uma canção de Patrick Coutin, um sucesso pop do início da década.


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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: A MORTE DO DEMÔNIO (2013)

NOVA VERSÃO (OU CONTINUAÇÃO) FAZ JUS AO CLÁSSICO DE HORROR DOS ANOS 80.
 Leia a minha critica já publicada clicando aqui.

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Cine Dica: Pulgasari no Projeto Raros

NA ONDA DO SUCESSO DE CIRCULO DE FOGO, PROJETO RAROS APRESENTA MONSTRO NORTE-COREANO 

Nesta sexta-feira (23 de agosto), às 20h, o Projeto Raros da Sala P.F. Gastal (3º andar da Usina do Gasômetro) exibe o filme norte-coreano Pulgasari (1985), de Shin Sang-ok, cineasta sul-coreano sequestrado por agentes do país vizinho a mando de Kim Jong-il, filho do então presidente Kim Il-sung. O filme será exibido em DVD com legendas em espanhol.

O desejo de construir uma indústria cinematográfica na Coréia do Norte, somado a uma notável cinefilia, levou Kim Jong-il a orquestrar no final dos anos 1970 o rapto do cineasta, apelidado de “príncipe do cinema sul-coreano”. Shin Sang-ok é considerado um dos nomes mais importantes da chamada era de ouro do cinema de seu país, realizando e produzindo centenas de filmes durante os anos 1950 e 1960.
 Baseado em uma lenda do século XIV, Pulgasari é o filme mais famoso dos sete que o cineasta realizou na Coréia do Norte com a produção executiva de Kim Jong-il. Na Coréia feudal, durante a dinastia Goryeo, um rei controla a terra com mãos de ferro, sujeitando os camponeses à miséria. Quando uma pequena criatura de arroz, criada por um velho ferreiro, ganha vida ao entrar em contato com o sangue de uma jovem, um monstro aparece para enfrentar as tropas do rei e defender os ideais do povo. Não apenas uma peça de propaganda política, Pulgasari também remonta aos filmes kaiju, gênero japonês de filmes de monstro, cujo título mais célebre é Godzilla (1954), de Ishiro Honda.

Projeto Raros
23 de agosto
20:00
Pulgasari (Pulgasari), de Shin Sang-ok (Coréia do Norte, 1985, 95 minutos)
O filme será exibido em DVD com legendas em espanhol

Entrada franca.

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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Cine Dica: CLÁSSICOS E RARIDADES DA HOLLYWOOD GERMÂNICA NA SALA P.F. GASTAL


Destaques da última semana da programação da Sala P.F. Gastal, F.W. Murnau e Josef von Sternberg não foram os únicos cineastas de origem germânica que realizaram filmes importantes nos Estados Unidos. Em seu período clássico, Hollywood teve uma contribuição inestimável de realizadores que emigraram da Alemanha para seus estúdios. Com uma seleção de clássicos e raridades, o cinema da Usina do Gasômetro (3º andar) apresenta entre os dias 20 e 25 de agosto a mostra Hollywood Germânica, com oito filmes que percorrem diferentes gêneros e décadas.
 Já no período silencioso, muitos nomes germânicos figuram como referência de cinema autoral dentro da produção norte-americana. Alguns pagaram um preço caro, como o vienense Erich von Stroheim, um dos célebres malditos de Hollywood que colecionou projetos ambiciosos destruídos por produtores preocupados apenas com resultados comerciais. Embora radicado no outro lado do Atlântico desde o início do século, o cineasta apresenta em Esposas Ingênuas, de 1922, um olhar repleto de ironia à nobreza decadente européia.
 Ainda nos anos 1920, serão exibidos o influente O Homem que Ri (1928), de Paul Leni, marco da Universal que aproxima o melodrama ao horror expressionista, e O Leque de Lady Windermere (1925), comédia do libertino Ernst Lubitsch, dono de um estilo que influenciou toda uma geração, incluindo seu pupilo Billy Wilder, outro nome aclamado que trocou Berlim por Beverly Hills – presente na mostra com Irma La Douce (1963), uma de suas comédias mais deliciosas.
 Na década de 1930, Fritz Lang – maior nome do cinema alemão da época – decidiu fugir do país após receber um convite de Joseph Goebbels para produzir filmes para o Partido Nazista. Os anos nos Estados Unidos trazem alguns dos trabalhos mais significativos de sua carreira, a começar por Fúria, o primeiro realizado em Hollywood, em 1936, que revela a hipocrisia e o gosto pela violência da sociedade norte-americana.
 A ascensão nazista também levou a Hollywood outros nomes admiráveis: Edgar G. Ulmer, Robert Siodmak e Fred Zinnemann – cineastas que trabalharam juntos na Alemanha (ao lado de Billy Wilder, no filme Menschen am Sonntag) e seguiram diferentes trilhas no novo território. Do noir-vitoriano à ficção-científica, passando pelo drama situado em meio à guerra, Silêncio nas Trevas, O Homem do Planeta X e A Um Passo da Eternidade são ótimos exemplos da diversidade que os cineastas de origem germânica consagraram em Hollywood.

A mostra Hollywood Germânica tem apoio da distribuidora MPLC e da locadora E o Vídeo Levou.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

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Cine Dica: Curso Mestres & Dragões

NA MINHA 30ª PARTICIPAÇÃO NO CENA UM, CURSO IRÁ EXPLORAR O UNIVERSO DAS ARTES MARCIAIS DENTRO DO CINEMA.  

APRESENTAÇÃO

No início da década de 1970 o universo do cinema foi tomado de assalto por uma onda de filmes vindos do oriente. Originais, dinâmicos e modernos, os Chopsocky, como eram chamados os filmes de Artes Marciais vindos de Hong Kong e Taiwan, tornaram-se uma febre mundial.
 Tendo sua gênese na literatura Wuxia do século XIV, os filmes de Artes Marciais estão presentes na cinematografia chinesa desde os seus primórdios: The Battle of Dingjunshan, primeiro filme realizado na China, adapta uma porção do célebre “Romance dos Três Reinos”. Porém, foi apenas no fim da década de 1960 que estas produções começaram a se popularizar.  

Com o sucesso local de filmes como O Grande Mestre Beberrão e O Espadachim de Um Braço Só, o cinema de Hong Kong se desenvolveu e começou a ser exportado. Logo, obras recheadas com belas lutas de Kung Fu chegaram a Europa e a América, e acabaram como uma das principais atrações nos circuitos de drive-ins e salas Grindhouse. Uma “Era de Ouro” que produziu lendas como o diretor Chang Cheh e o ídolo imortal Bruce Lee, e que influencia até hoje cineastas da estirpe de Quentin Tarantino, John Woo e Ang Lee.  


OBJETIVOS

O curso Mestres & Dragões – A Era de Ouro das Artes Marciais no Cinema, ministrado por César Almeida, tem como objetivo explorar a história deste gênero que é um dos grandes ícones culturais cinematográficos do Século XX. Ao longo dessa jornada épica, conheceremos suas origens, temas, principais produções e a galeria de realizadores e astros que ofereceu ao mundo.

  
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Aula 1
Origem das artes marciais, a literatura Wuxia, episódios da história chinesa importantes para o gênero.
Temáticas e subgêneros do Cinema de Artes Marciais. Os primórdios do gênero 1905/1966.
Primeira parte da “Era de Ouro” 1966/1975.
Aula 2
Segunda parte da “Era de Ouro” 1975/1984.
Principais astros, diretores e estúdios.
Curiosidades: híbridos, Bruceploitation, filmes bizarros.

Ministrante
CÉSAR ALMEIDA
Escritor e editor, natural de Porto Alegre, César Almeida, desde muito cedo sempre foi um apreciador das histórias fantásticas do cinema e da literatura. Mais tarde, a paixão por Filmes B e livros fantásticos o levou a pesquisar e escrever sobre estes temas. Publica artigos sobre cinema regularmente desde 2008. Lançou, em 2010, o livro Cemitério Perdido dos Filmes B, que compila 120 resenhas de sua autoria. Em 2012, organizou Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation com textos próprios e de outros 11 críticos de cinema. Escreve ficção, com o pseudônimo Cesar Alcázar, e atua como editor (Argonautas Editora) e tradutor.

Curso "Mestres & Dragões - A Era de Ouro das Artes Marciais no Cinema" de César Almeida

Datas: 07 e 08/Setembro
Horário: 13h30 às 16h
Local: Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1028 - Centro Histórico - Porto Alegre / RS)
Investimento: R$ 60,00
Material: Apostila e Certificado de participação

Informações: cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9176-4757

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: FLORES RARAS


Sinopse: O Brasil nos anos 50/60 passa por grandes transformações Brasília é construída a Bossa Nova faz grande sucesso e o Rio de Janeiro se transforma rapidamente preparando-se para deixar de ser a capital federal. É quando Elisabeth Bishop poetisa americana chega para conhecer o Rio de Janeiro e passar alguns dias com Lota de Macedo Soares mulher forte e empreendedora da sociedade carioca. Com personalidades muito a frente de seus tempos elas rapidamente estabelecem uma relação pesoal gerando muitas conquistas e perdas que se refletem até os dias de hoje.

Embora seja um dos nomes mais conhecidos do cinema nacional, o cineasta Bruno Barreto se alternou entre obras importantes do nosso cinema brasileiro (Dona Flor e seus dois maridos) e esquecíveis (O Casamento de Romeu Julieta) ao longo de sua carreira. Mas uma vez ou outra, ele cria um filme, que se por um lado não irá mudar a vida de ninguém, pelo menos ele cria algo no mínimo que faça com que o espectador saia do cinema com o filme em mente, discuti-lo com outra pessoa e Flores Raras é um desses. Baseado em fatos verídicos, o filme gira em torno da relação amorosa da arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares com a poetisa americana Elizabeth Bishop, interpretadas com competência por Glória Pires e Miranda Otto, respectivamente.
Com relação a Gloria não tem muito o que dizer, já que novamente ela interpreta com competência habitual e surpreende em boa parte do filme ao falar inglês fluentemente de tal forma que acabamos nos habituando rapidamente ao ouvi-la falar assim. Porém, é Miranda Otto que rouba o filme: consagrada como uma das protagonistas da trilogia O Senhor dos Anéis, Otto cria a sua Elizabeth de uma forma surpreendente, ao injetar inúmeras camadas de personalidade de sua personagem, que por hora parece um ser frágil, e de outro um ser imprevisível em suas ações e pensamentos.
Ambas em cena, as atrizes possuem uma química perfeita, mesmo que suas personagens possuem mundos e personalidades diferentes uma da outra: Lota é decidida, controladora e que não pensa duas vezes ao tomar a iniciativa, tanto no trabalho quanto no campo amoroso. Já Miranda compõe uma Elizabeth tímida, insegura, que por vezes se extravasa na bebedeira e liberando então algo escondido dentro de si. É a típica historia de mundos opostos, mas que acaba nascendo ali uma relação que faz com que ambas não consigam viver distantes uma da outra por muito tempo “Mundos opostos”, alias, é um termo muito bem representado por Elizabeth, que durante boa parte do filme tenta se encaixar num país no qual ela não consegue por vezes compreender e a cena em que ela desabafa sobre isso durante um jantar, e após golpe militar, é um bom exemplo disso.
Falando no fatídico golpe, os fatos históricos daquele período por vezes se tornam meros panos de fundo perante á historia principal. Porém, o filme revela um pouco sobre os bastidores do governo Carlos Lacerda e da construção do Aterro do Flamengo, trazendo à tona também um momento histórico importante do Rio de Janeiro. Não há como negar que a obra que Lota criou para o estado carioca, não só se tornou importante para a sua principal cidade, como também influenciou outras obras arquitetônicas em outras partes do país.
Embora Barreto tenha escorregado em ter acelerado um pouco sobre o nascimento da relação do casório central no inicio do filme, Flores Raras é uma pequena bela historia de amor, que embora diferente do habitual, não tem como não torcer para que ambas terminem bem no final da historia. Mesmo quando durante o filme, surgem pistas expondo que o ato final termine de uma forma bem “a lá William Shakespeare”. 


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