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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cine Especial: Zé do Caixão: 50 anos de terror: Parte 3


Nos 29 e 30/Abril; 02 e 04/Maio eu estarei participando do curso Zé do Caixão: 50 anos de terror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco do que eu sei, sobre o melhor representante do gênero do terror do nosso cinema tupiniquim.

Encarnação do Demônio

Sinopse: Após 40 anos preso, Zé do Caixão (José Mojica Marins) enfim é libertado. De volta às ruas, ele está decidido a cumprir sua missão: encontrar uma mulher que possa gerar seu filho perfeito. Caminhando pela cidade de São Paulo ele enfrenta leis não naturais e crendices populares, deixando um rastro de sangue por onde passa.

Foram quatro décadas de espera, mas em 2008, finalmente Zé do Caixão retornou aos cinemas com uma potencia máxima. Tudo que o cineasta, roteirista e ator não pode fazer nos filmes anteriores, aqui ele faz de tudo um pouco e em dobro: tortura, mutilação, sangue, nudez, sexo e humor negro em doses cavalares para ninguém botar defeito. Embora envelhecido, o personagem continua com seu mesmo objetivo, que é encontrar a mulher perfeita para então gerar o seu filho perfeito, mas ao mesmo tempo, enfrenta os seus próprios fantasmas.    
É neste ponto em que a produção simplesmente enlaça com os dois filmes anteriores, mostrando as vitimas (agora em espectros) do protagonista e disparando em alguns momentos de flashbacks em que mostra cenas clássicas dos filmes daquele tempo. De quebra, Mojica simplesmente volta no tempo, ao reconstituir o final do filme Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver: na época das filmagens do segundo capitulo da saga do coveiro, a censura obrigou o cineasta a modificar o destino do personagem, pois senão o filme jamais seria liberado. Aqui, revemos a mesma cena, mas casadas com novas (com direito a uma fotografia idêntica) e o jovem Zé do Caixão interpretado pelo americano Raymond Castille que espanta pela semelhança absurda que possui se comparado quando Mojica era jovem.
Com isso, embora seja uma continuação, em alguns momentos o filme parece uma releitura de algumas passagens dos filmes anteriores, como no caso de quando o protagonista se transporta ao purgatório (no segundo filme ele havia descido ao inferno), acompanhado do Mistificador (José Celso Martinez Correa). É neste momento que o filme possui um grande numero de efeitos visuais, mas tudo de forma artesanal e somente com algumas pinceladas de efeito digital. Não há como negar que existem cenas fortes ali, desde pessoas se comendo umas as outras (com direito alguém tendo o pênis devorado) e inúmeras mutilações a torto e a direito. Mas nem só de cenas fortes o filme vive, pois além do protagonista comandar o show, o filme ganha pontos por possuir um elenco de peso, o que difere e muito dos filmes anteriores, onde boa parte era com um elenco amador.

O veterano Jece Valadão (Rio Zona Norte) é o grande adversário do, ao interpretar o Coronel Pontes, só que infelizmente o destino pregou uma peça: durante as filmagens, Valadão veio a falecer e deixando o seu trabalho que incompleto. Para contornar isso, Mojica chamou o ator Adriano Stuart, para interpretar um capitão e irmão do personagem de Jece Valadão e junto com o trabalho de edição, conseguiu-se cobrir as cenas que era com Valadão. Uma pena, já que nos poucos momentos que surge em cena, Valadão da um verdadeiro show, principalmente na seqüência em que seu personagem descobre que foi sua própria esposa que conseguiu tirar Zé do Caixão da prisão. Muito embora, Milhem Cortaz (o eterno 02 de Tropa de Elite), que interpreta um monge enlouquecido e a procura de vingança, acaba também roubando a cena, principalmente nos minutos finais em que duela com o protagonista. E para completar com uma cereja no bolo, o veterano Luis Melo (Olga), faz uma pequena, mas significativa ponta no inicio do filme, onde o seu personagem se vê obrigado a soltar o protagonista depois de anos preso na prisão.   
Com um ato final em que todos os personagens irão se colidir e gerar muito mais violência, sangue e mortes, o filme termina de uma forma satisfatória, mas deixando uma pergunta no ar: será possível que veremos futuramente Zé do Caixão novamente nos cinemas?    

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domingo, 21 de abril de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: "HOJE"


Sinopse: Vera (Denise Fraga) é uma ex-militante política que recebe uma indenização do governo, em decorrência do desaparecimento do marido, vítima da repressão provocada pela ditadura militar. Com o dinheiro ela consegue comprar um apartamento próprio, além de enfim poder ser reconhecida como viúva. Só que, quando está prestes a se mudar, recebe uma visita que altera sua vida.

De uns tempos para cá, começou a pipocar inúmeros filmes nacionais que retratassem diversas historias da época da Ditadura Militar (vide Cara ou Coroa), mas diferente do que se possa imaginar, HOJE não é um retrato sobre aquela época, mas sim sobre as seqüelas que ela havia deixado. Com toda historia se passando dentro de um apartamento, acompanhamos Vera (Denise Fraga, ótima) a recém se mudando para o local, enquanto os arrumadores vão colocando as coisas para dentro do seu novo lar. Ao mesmo tempo em que ela conhece um Sindica enxerida, imediatamente surge do nada Luiz (César Troncoso, sensacional), que junto com ele, vem à tona o passado, de que ambos eram guerrilheiros (e casal) contra os seus governos daquele período.
Embora não aja nenhum flashback em que retrate a época de luta e de fuga de ambos, no momento em que chega Luiz, ele faz com que tanto a protagonista feminina como nos adentremos aquele período nebuloso através de suas palavras, em que ambos os lados não tiveram vencedores e que carregam cicatrizes até hoje. Com isso, temos na tela um jogo de gato e rato psicológico, em que eles não somente relembram os tempos difíceis, como também começam a remexer os esqueletos dentro dos armários de ambos. Na medida em que isso aumenta, se tem a sensação de claustrofobia, pois temos dois protagonistas se duelando verbalmente num lugar de pouco espaço e se criando então um clima de tensão, que só vai aumentando ainda mais, graças a câmera da cineasta Tatá Amaral, que fisga cada olhar diferente em que o casal faz um para o outro.
Falando na cineasta, é preciso se tirar o chapéu pelo seu esforço, já que não é fácil se criar toda uma trama dentro de um único cenário, que se por um lado pode se criar uma sensação de incomodo, por outro, a diretora surpreende ao fazer com que o apartamento se torne uma espécie de terceiro personagem. Durante a projeção, a cineasta cria truques de efeitos visuais artesanais, que embora simples, se tornam eficazes: o ambiente acaba se interagindo com as ações e palavras que os protagonistas falam, desde as projeções na parede, á truques de luzes e sombras, que faz com que o apartamento em muitos momentos, se torne o universo em que se passa na mente dos dois (ou  pelo menos de um deles).
Infelizmente a cineasta somente tropeça, quando ela não conseguiu esconder suficientemente a verdade sobre o que realmente estava acontecendo no apartamento durante a projeção. Se por um lado a revelação que surge nos últimos minutos da trama impressione um publico de primeira viagem, por outro lado, um cinéfilo veterano irá matar a charada antes mesmo da metade do filme. Mas embora tenha esse deslize, isso não tira o brilho do restante do filme, que embora curto, nos envolve numa teia de eventos que surgem no decorrer do tempo naquele apartamento.

Abaixo, deixo momentos registrados da pre-estreia do filme HOJE no Cinebancários de Porto Alegre.
    
eu na fila 

elenco e cineasta no palco
Meu momento com a protagonista da noite.

Eu, Troncoso e minha amiga Graça Garcia.  

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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cine Especial: Zé do Caixão: 50 anos de terror: Parte 2

 Nos 29 e 30/Abril; 02 e 04/Maio eu estarei participando do curso Zé do Caixão: 50 anos de terror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco do que eu sei, sobre o melhor representante do gênero do terror do nosso cinema tupiniquim.

      Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver 
Sinopse: Após sobreviver ao ataque sobrenatural do final de 'À Meia-Noite Levarei Sua Alma', Zé do Caixão continua na busca obsessiva da mulher ideal, capaz de gerar o filho perfeito. Com ajuda do fiel criado Bruno, ele rapta seis belas moças, submetendo-as às mais terríveis torturas. Só a mais corajosa sobreviverá ao teste e poderá ser a mãe de seu filho. Mas Zé comete um crime imperdoável ao assassinar uma moça grávida. Atormentado pela culpa de ter assassinado uma criança inocente, ele sofre um pesadelo no qual é levado para um inferno gelado, onde reencontra suas vítimas.
  
Se A Meia Noite Levarei Sua Alma já surpreendia, o que dizer de uma seqüência que supera o original em todos os quesitos. Embora pareça em alguns momentos uma produção barata, o filme possui um cuidado muito maior do que o filme original, fazendo parecer com que as ultimas diabruras de Zé do Caixão vistas anteriormente parecesse então tímidas comparadas a essas. Com o sucesso do original, Mojica está muito mais a vontade interpretando o seu personagem que o consagrou, dobrando em tudo em que ele faz e o que não fez anteriormente: duplicar o numero de suas vitimas femininas, com seqüências de tortura em seu covil, com direito a inúmeras aranhas reais, ácidos e armadilhas mortais em que esmaga suas vitimas.
Como no anterior, vive sempre combatendo as crendices e a religiosidade do povo que ele chama de ignorante e crente do nada. É Zé do Caixão disparando o seu ateísmo a torto e a direito, sem se preocupar com nada, mas sim se preocupando em alcançar o seu único objetivo: achar a sua mulher perfeita para gerar o seu filho perfeito, para então dar a continuidade do seu sangue. É claro que mesmo parecendo estar sempre no controle, o personagem há de enfrentar as conseqüências dos seus atos, principalmente vinda de uma de suas vitimas mesmo a pôs a morte. A partir desse ponto, começa a enfrentar conflitos de culpa interiores, onde o leva a um dos momentos mais interessantes do filme, que era o próprio inferno.
Não resta a menor duvida que a seqüência do inferno seja a melhor parte do filme, pois o que mais contrasta com o resto da obra, é que ela foi rodada toda em cores e fazendo das cenas de terror mostradas (pessoas sendo torturadas por demônios), se torne muito mais forte. De volta ao mundo dos vivos (na reta final), o protagonista chega ao ápice da insanidade e desespero em conseguir o seu filho perfeito, mas é ai então que ele terá que enfrentar as pessoas da vila que desejam a sua morte. É neste momento que o filme me lembrou um pouco os clássicos filmes de horror dos estúdios da Universal, onde o povo enlouquecido tenta destruir monstro incompreendido.
Embora tenha tido liberdade em quase tudo que fez durante o processo de criação do filme, infelizmente os minutos finais foram modificados devido uma ordem da famigerada censura na época, sendo que a bendita modificação torna a cena ilógica e trai completamente o que personagem foi do começo ao fim. São minutos que não diminui as qualidades desse filme e que felizmente foi corrigido esse erro histórico na terceira parte da saga do Zé do Caixão em A Reencarnação do Demônio, mas isso já é outra historia há ser contada.    

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Cine Dicas: Estreias do final de semana (19/04/13)


Na corrida: só lembrando que estarei hoje na pré-estréia do filme “HOJE”, que terá a presença da atriz Denise Fraga, Tata Amaral (diretora) e do ator uruguaio Cesar Troncoso (Banheira do Papa). O evento terá entrada franca, com distribuição dos ingressos a partir das 18h30min, e coquetel antes da sessão que começa as 19h30min. Após a sessão, haverá um bate papo descontraído com a diretora e elenco junto com o publico. Portanto estejam comigo nesta noite e confiram abaixo outras estréias que chegam no circuito.       
Hoje 

Sinopse: Vera (Denise Fraga) é uma ex-militante política que recebe uma indenização do governo, em decorrência do desaparecimento do marido, vítima da repressão provocada pela ditadura militar. Com o dinheiro ela consegue comprar um apartamento próprio, além de enfim poder ser reconhecida como viúva. Só que, quando está prestes a se mudar, recebe uma visita que altera sua vida.


A Morte do Demônio 

Sinopse: Nesta ansiosamente aguardada refilmagem do filme de terror cult de sucesso de 1981, cinco amigos de vinte e poucos anos se isolam num chalé retirado. Quando descobrem um Livro dos Mortos, eles inconscientemente invocam demônios adormecidos vivendo nas florestas adjacentes, e os jovens, um após outro, vão sendo possuídos por eles até que resta somente um intacto para lutar pela sua sobrevivência.


Meu Pé de Laranja Lima 

Sinopse: Zezé (João Guilherme de Ávila) é um garoto de oito anos que, apesar de levado, tem um bom coração. Ele leva uma vida bem modesta, devido ao fato de que seu pai está desempregado há bastante tempo, e tem o costume de ter longas conversas com um pé de laranja lima que fica no quintal de sua casa. Até que, um dia, conhece Portuga (José de Abreu), um senhor que passa a ajudá-lo e logo se torna seu melhor amigo.


 O Acordo 

Sinopse: O astro de filmes de ação The Rock está de volta na história de um pai cujo filho é sentenciado a 10 anos de cadeia por envolvimento com drogas. Para reduzir a sentença do garoto, o pai concorda em atuar infiltrado para derrubar um poderoso narcotraficante. 

Além das Montanhas 

Sinopse: Romênia. Alina (Cristina Flutur) e Voichita (Cosmina Stratan) são grandes amigas que vivem em um monastério isolado. Alina viveu por vários anos na Alemanha e deseja voltar ao país, agora com Voichita, mas ela está feliz no convento, onde acredita ter encontrado um lar e a fé. Sem entender a amiga, Alina passa a enfrentar constantemente um padre local. Ele, por sua vez, passa a acreditar que a jovem está possuída.

Coração do Brasil 

Sinopse: Três participantes da expedição que demarcou o centro geográfico do Brasil em 1958, Sérgio Vahia de Abreu, o documentarista Adrian Cowell e o cacique Raoni, revisitam aldeias, reencontrando personagens e verificando a presente condição dos indígenas. O trio participou da expedição liderada pelos irmãos Villas Boas e organizada pela Fundação Brasil Central.

Ginger & Rosa 

Sinopse:Londres, 1962. Ginger (Elle Fanning) e Rosa (Alice Englert) são amigas inseparáveis. Elas sonham com uma vida melhor que as de suas próprias mães, sempre presas à rotina doméstica, mas a crescente ameaça de uma guerra nuclear as amedronta. Não demora muito para que ambas entrem em conflito com as mães, ao mesmo tempo em que passam a idolatrar Roland (Alessandro Nivola), o pai pacifista de Ginger. Ele encoraja na filha a "lutar contra a bomba", mas aos poucos Rosa demonstra ter outros interesses envolvidos.

  
UMA GARRAFA NO MAR DE GAZA 

Sinopse: Tal (Agathe Bonitzer) é uma jovem francesa de 17 anos que mora em Jerusalém com sua família. Após a explosão de um camicase num café do seu bairro, ela escreve uma carta a um palestino imaginário, na qual exprime suas interrogações e sua recusa em admitir que só o ódio possa reinar entre os dois povos. Ela coloca a carta em uma garrafa e entrega a seu irmão para que jogue no mar, perto de Gaza, onde ele presta serviço militar. Algumas semanas depois, Tal recebe uma resposta de um misterioso “Gazaman”

Um Porto Seguro 

Sinopse: Quando uma misteriosa mulher chamada Katie (Julianne Hough) se muda para a pequena cidade de Southport, Carolina do Sul, seus novos vizinhos começam a levantar questões sobre seu passado. Bela e discreta, ela evita qualquer tipo de laço pessoal com os outros habitantes da região até que conhece o charmoso Alex (Josh Duhamel), um homem gentil, viúvo e pai de dois filhos, e a sincera Jo (Cobie Smulders), que se torna sua amiga. Katie começa a se interessar por Alex e se sente cada vez mais afeiçoada a ele e sua família. Ela acaba se apaixonando mas um segredo de seu passado a impede de ser plenamente feliz.


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Cine Dica: CURTA ACOSSADA, QUE BRINCA COM REFERÊNCIAS CINEMATOGRÁFICAS, EM CARTAZ NO CURTA NAS TELAS



O projeto Curta nas Telas apresenta, no período de 19 de abril a 2 de maio, o curta ACOSSADA, dirigido por Karen Akerman e Karen Black. As exibições ocorrem na Sala Paulo Amorim da Casa de Cultura Mário Quintana, na sessão das 19h, acompanhando o longa Django Livre (Django Unchained), de Quentin Tarantino. 
Num delirante exercício cinemático, as diretoras Karen Akerman e Karen Black homenageiam o cinema marginal brasileiro e a nouvelle vague francesa, brincando com clichês narrativos e visuais numa trama repleta de referências cinematográficas que acompanha as desventuras de uma francesa perdida no Rio de Janeiro. A participação do emblemático cineasta Ruy Guerra faz a ponte entre duas gerações de realizadores que compartilham a busca por um cinema livre e transgressor. Prêmio de Melhor Direção e Prêmio Especial do Júri no Festival Cineesquemanovo de 2006, o filme tem cenas gravadas em Porto Alegre, no entorno da Usina do Gasômetro.
  
ACOSSADA, de Karen Akerman e Karen Black (Rio de Janeiro, ficção, 7 minutos, 35mm, 2006). Classificação indicativa: 16 anos.

Ficha Técnica – Roteiro, Direção, Produção Executiva e Montagem: Karen Akerman e Karen Black / Direção de Fotografia: Pedro Bronz / Empresa produtora: Cineclube pela Madrugada S/C Ltda. / Empresas co-produtoras: Cachaça Cinema Clube e Ricardo Mehedff / Elenco: Karen Akerman, Karen Black, Lourival Batista, Marlene Barros, Paulo Tiefenthaler, Nilson Gonzales, Ricardo Rodrigues, Claudio Assis e Cao Guimarães. Participação Especial: Ruy Guerra.

Sobre o Curta nas Telas

O projeto Curta nas Telas é fruto de Convênio entre a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Rio Grande do Sul e a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul e Brasileira de Documentaristas (APTC – ABD/RS). Seu objetivo é divulgar a produção nacional de curtas-metragens, por meio da exibição dos filmes selecionados no circuito de cinemas de Porto Alegre. Em 39 Edições foram exibidos 277 curtas de todo o Brasil.

Os próximos selecionados na 40ª edição do Curta nas Telas a entrar em cartaz serão:
 Passageiro, de Bruno Mello – 3 a 16 de maio de 2013, no Cineflix.
 Sofá Verde, Arno Schuh e Lucas Cassales – 17 a 30 de maio de 2013, no Cinemark.
 Últimos Dias, de Yves Moura – 31 de maio a 13 de junho de 2013, no GNC
 A Galinha Que Burlou o Sistema, de Quico Meirelles – 14 a 27 de junho de 2013, no Espaço Itaú de Cinema.


Fonte: Sala P. F. Gastal

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: OBLIVION



Sinopse: Oblivion é ambientado em um futuro distópico no qual a superfície da Terra se tornou radioativa ao ponto da vida ser insustentável, com exceção dos Aliens que exploram as ruínas do planeta devastado. Os sobreviventes da humanidade vivem sobre as nuvens. Só que quando o técnico de reparos Jack (Cruise) descobre uma mulher em uma nave destruída, uma série de eventos são desencadeados e um terrível segredo revelado.

De uns anos para cá, o cinemão americano tenta não somente vender um filme de entretenimento, como também algo a mais que venha nele e que possa fazer o espectador pensar no que viu. Claro que nem todos conseguem esse feito: uns exageram, outros não chegam nem perto e no caso do ultimo filme estrelado pelo astro Tom Cruise, é um pouco dos dois. Produzido e dirigido por Joseph Kosinski (Tron: Legado), o filme apresenta nossa velha conhecida terra “pós apocalíptica”, sendo que neste cenário existe somente Jack (Cruise) e sua parceira (Andrea Riseborough), que cuidam da segurança de uma operação que visa retirar os recursos ainda existentes na terra, para então finalmente voltarem para casa (uma das luas de Saturno).
Falar mais sobre á historia seria como estragar certas surpresas que existem no filme, mas acredito que elas funcionem mais para o publico de primeira viagem, pois para o publico cinéfilo veterano, percebera que várias passagens da trama lembram outras obras, como 2001: Uma Odisséia no Espaço, Wall-e, Alien, Predador e Lunar. Esse ultimo, alias, possui uma premissa bastante semelhante com essa produção, mas o que diferencia dessa obra para aquela, é que aqui temos um filme carregado com muitos efeitos visuais e cenas de ação para entreter o publico, enquanto aquela era uma produção em que todo o peso se concentrava numa trama mais reflexiva e quase zero de efeitos visuais. Não que Oblivion se entregue ao espetáculo de imagens por completo, mas acredito que ele sairia ganhando, se caso os criadores tivessem colocado todas as suas atenções e caprichassem melhor nos momentos chaves em que se revelava, que nem tudo que nos foi apresentado era o que realmente a gente imaginava.
Devido a isso, as surpresas não surtem o efeito desejado como deveria ser e quando a gente saca sobre o que esta acontecendo realmente na tela, o roteiro tropeça em tentar confundir mais o espectador, quando na verdade não era mais preciso enrolar tanto. As presenças dos personagens Julia (Olga Kurylenko) e de Malcolm Beech (um Morgan Freeman no piloto automático), existem somente para colocar uma luz nas perguntas sem resposta que assombram o protagonista. Tom Cruise por mais que se esforce, não tem muito que oferecer (e tão pouco melhorar), já que o seu personagem poderia ser interpretado por qualquer outro ator que o resultado seria o mesmo.
 Embora com esses pesares, o filme cumpre o que promete e agrada, tanto um publico mais exigente, quanto aquele que busca somente se entreter. Muito embora, quando parecia que a trama se encerraria de uma forma corajosa, eis que os roteiristas inventam uma solução bem safada para agradar ainda mais o publico quando for sair da sessão, quando na verdade quase arruinou o filme como um todo.

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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cine Especial: Zé do Caixão: 50 anos de terror: Parte 1


Nos 29 e 30/Abril; 02 e 04/Maio eu estarei participando do curso Zé do Caixão: 50 anos de terror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco do que eu sei, sobre o melhor representante do gênero do terror do nosso cinema tupiniquim.

À Meia-Noite Levarei Sua Alma 

Sinopse: Zé do Caixão, um cruel coveiro, quer gerar um filho para dar continuidade ao seu sangue. Mas sua mulher não consegue engravidar e ele acaba estuprando a mulher do seu melhor amigo, que agora deseja se suicidar para regressar do mundo dos mortos e levar a alma de Zé do Caixão.

Eu cresci assistindo Zé do Caixão na TV, mas não nos seus filmes e sim em programas de auditório com apelo duvidoso e no saudoso Cine Trash da Band. Achava que José Mojica Marins fosse o tempo todo o Zé do Caixão, sendo que somente soube que era um personagem que o marcou completamente quando me dediquei mais na historia do cinema. Redescobrindo a partir do seu primeiro grande sucesso em 1964, compreendo porque o filme marcou não só ele como o cinema nacional como um todo.
Justamente num ano em que o povo brasileiro sofria um grande golpe e que desencadearia eventos que fariam com que a gente perdesse o nosso direito de opinião, Mojica lança um personagem polemico, que embora pareça mais saído de um conto de terror, é na realidade um simples coveiro, mas com opinião própria e que não mede esforços para manter ela. O filme já começa alfinetando, onde se apresenta como uma pessoa ateia, não acreditando nem e Deus, nem no Diabo e que não se freia em comer carne na sexta feira santa. Para piorar, ele cria uma obsessão em sua mente, em que precisa achar a mulher perfeita, para então gerar o seu filho perfeito e dar continuidade ao seu sangue.
Nem precisa ser adivinho para saber que o cineasta teve inúmeros problemas para levar as suas idéias para o personagem para as telas, principalmente perante os setores da igreja católica, que via o filme como uma verdadeira blasfêmia, mas isso não foi o suficiente para que o filme fosse censurado, mesmo numa época tão conservadora. Claro que embora seja perceptível a simplicidade da produção, por sua vez ela possui um visual tenebroso (graça a fotografia em preto e branco), que não deve em nada aos filmes ingleses de terror da Hammer que fazia sucesso na época e as ações imprevisíveis do personagem tornam o filme muito mais angustiante. Cenas de estupro, espancamento e mutilações são uns dos muitos exemplos do que é visto na tela, que até então era pouco visto naquele tempo e ainda hoje impressiona.
Graças ao sucesso de publico, Zé do Caixão não descansaria na sua busca em conseguir alcançar os seus objetivos, mas isso já outra historia a ser contada. 

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