Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 5 de março de 2013

Cine Especial: BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM: Parte 6


Nos dias 10 e 11 de março, estarei participando do curso Brian de Palma: O Poder da Imagem, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Leonardo BomFim. Enquanto os dois dias não chegam, por aqui, estarei escrevendo tudo o que eu sei sobre os filmes desse cineasta, que muitos o consideram como sucessor (ou imitador) de Alfred Hitchcock.     
Missão Impossível

Sinopse: Durante uma missão de rotina em Praga, Ethan Hunt e seu grupo de agentes caem numa emboscada. Ethan descobre que apenas ele e uma outra agente sobreviveram. Ao ser acusado de ser o traidor que falhou a missão ele foge e tenta provar sua inocência, mas o verdadeiro inimigo está dentro da própria agência.

Somando dois mais dois, é mais do que lógico que Brian de Palma foi convidado para dirigir o primeiro Missão Impossível, devido a boa repercussão que teve do seu ultimo filme, Pagamento Final, pois aquela seqüência final do metro, provou que De Palma estava mais do que habito a fazer boas cenas de ação que a produção exigia. Baseado na clássica série de TV, o filme foi estrelado e produzido por Tom Cruise (no auge da carreira), que por causa disso, tinha a palavra final no desenvolvimento da produção. Embora até hoje a historia soe um tanto que confusa em alguns momentos, isso era compensando graças à direção de Palma, que embora estivesse em território novo (e sob supervisão de Cruise), conseguia injetar sua visão pessoal na elaboração de seqüência chaves da historia. Momentos como no inicio do filme, em que o grupo de agentes está numa missão dentro da festa, De Palma cria um verdadeiro clima de filme noir (algo que seria mais visto em Dália Negra).              
Mas quando se trata de cenas em que o diretor filmou neste filme, não tem como não deixar de lembrar, da famosa cena em que Tom Cruise está pendurado e precisa a todo custo pegar um disquete com uma lista importante. A seqüência é toda silenciosa, com o direito ao fato do protagonista não poder falar ou tocar em nada, porque senão o alarme dispara (a seqüência da gota de suor é digna de nota). Por fim, a seqüência alucinante do trem em que o mocinho enfrenta os vilões (com direito a um helicóptero dentro de um túnel), provou que De Palma não se intimidou em usar efeitos especiais e o resultado final é garantia certa de diversão.
Com o sucesso do filme, Missão Impossível foi o inicio de uma nova franquia do cinema, mas que infelizmente o diretor não retornaria nos capítulos seguintes, pois Tom Cruise preferiu que cada filme houvesse um diretor diferente no comando.   

Me Sigam no Facebook e Twitter: 

Cine Dica: Em Cartaz: HITCHCOCK



Sinopse: Adaptação do livro "Alfred Hitchcock And The Making Of Psycho". Retrata os bastidores do clássico do suspense Psicose (1960), com foco no romance entre o diretor Alfred Hitchcock (Anthony Hopkins) e sua esposa e parceira Alma Reville (Helen Mirren).

Se hoje curtimos certos filmes, em que o primeiro nome que vem à mente é do próprio diretor, muito se deve isso a Alfred Hitchcock, pois ele é considerado um dos primeiros autores na direção, no qual colocava sua visão pessoal de fazer filmes na tela do cinema. Sua filmografia é vasta, na maioria positiva e que fez escola: Brian de Palma (Dublê de Corpo, Vestida para Matar) é talvez o melhor exemplo e o mais bem lembrado de todos, pois o seu modo de filmar lembra bastante os métodos de filmagens mestre do suspense. Atualmente, o diretor é mais conhecido do que nunca, mesmo depois de mais de trinta anos após sua morte e, portanto era questão de tempo que houvesse um filme que retrate (em parte) a sua vida.
Baseado no livro "Alfred Hitchcock And The Making Of Psycho", o filme explora um pouco os bastidores das filmagens, daquele que seria um dos seus maiores sucessos (Psicose), mas diferente do que muitos imaginam, o filme se concentra mais na relação do cineasta com a sua esposa Alma Reville (Helen Mirren, competente como sempre). Se por um lado isso possa parecer um tanto que frustrante, do roteiro não se concentrar no dia a dia das filmagens, por outro somos brindados pelo bom desempenho do casal: Anthony Hopkins cada vez melhor, depois do seu retorno da aposentadoria e aqui finalmente parece se afastar da imagem do seu mais famoso personagem (Hannibal Lecter). Hopkins interpreta com elegância esse ícone da sétima arte, onde até mesmo imita os trejeitos que ele possuía, embora o nariz empinado incessante do ator tenha me incomodado um pouco, assim como a sua maquiagem pesada, que visivelmente lhe incomodava.
Mas é Helen Mirren que da o show de interpretação e honra com justiça uma peça chave do sucesso do cineasta que foi Alma Revile. Sem ela, Hitchcock talvez não tenha tido o mesmo sucesso que teve, pois Alma dava as suas sugestões certeiras, tanto no roteiro como na montagem e Mirren passa essa sensação de que ela foi realmente à muleta de ajuda do diretor. Com isso, o roteiro mostra essa parceria em desequilíbrio, no momento em que Alma decide ajudar na criação de um roteiro para outro roteirista, despertando então um ciúme escondido do cineasta, que ao mesmo tempo começa a enfrentar os seus demônios interiores. Falando neste ultimo, é um momento em que o filme aproveita, mas logo vai sendo esquecido, sendo que muitos se perguntam para onde foi parar.
Em vez de terem se concentrado em algo que seria dispensável em seguida, deveriam então ter explorado mais os coadjuvantes, sendo que a maioria deles está muito bem: Scarlett Johansson surpreende pela caracterização perfeita de Janet Lee, assim como James D'Arcy, uma reencarnação perfeita de Anthony Perkins, numa cena que sintetiza muito bem o do porque de Hitchcock ter escolhido ele para um personagem tão complexo. Os poucos momentos que esses personagens secundários surgem em meio à retratação das filmagens do filme, são dignos de nota (a reconstituição de como foi à filmagem do chuveiro é perfeita) e que nos faz lamentar mais ainda pelo fato da produção não ter se concentrado nestes momentos. Curto, redondinho e com um final que nos brinda com uma cena deliciosa, onde o cineasta se diverte e se satisfaz com o resultado final de sua cria, mas que ao mesmo tempo, a trama termina de um modo bem previsível e com um verdadeiro clima de final de novela. Se não fosse por esses altos e baixos, o filme faria jus à imagem do mestre do suspense, mas no final das contas é uma pequena homenagem e sem muitas pretensões. 

Me Sigam no Facebook e Twitter: 

segunda-feira, 4 de março de 2013

Cine Especial: BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM: Parte 5


Nos dias 10 e 11 de março, estarei participando do curso Brian de Palma: O Poder da Imagem, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Leonardo BomFim. Enquanto os dois dias não chegam, por aqui, estarei escrevendo tudo o que eu sei sobre os filmes desse cineasta, que muitos o consideram como sucessor (ou imitador) de Alfred Hitchcock.   
Scarface
  
Sinopse: Um criminoso cubano exilado (Al Pacino) vai para Miami e em pouco tempo está trabalhando para um chefão das drogas. Sua ascensão na quadrilha é meteórica, mas quando ele começa a sentir interesse na amante do chefe (Michelle Pfeiffer) este manda matá-lo. 

Meio que ignorado na época do seu lançamento, Scarface ganhou status de Cult ao longo do tempo e para alguns, consideram como obra prima de Brian de Palma. Talvez o que tenha afastado o publico a principio, tenha sido o seu teor  polêmico para a época e que impressiona até nos dias de hoje. Muita  violência, palavrão e o personagem principal Tony Montana (Al Pacino completamente surtado) mostra ser uma entidade enlouquecida durante boa parte do filme e que não mede nenhum esforço para eliminar os seus inimigos, mesmo que leve tudo pelos ares.
 O filme conta também com várias frases de efeitos, que fizeram do mesmo se tornarem ainda mais memoravel: "The World is Yours", "You fuck with me, you fuck with the best", e a famosa "Say hello to my little friend". Scarface aparece sempre facilmente entre os melhores  filmes de gangster da história do cinema, e o personagem Tony Montana (para muitos) é considerado o melhor desempenho de Al Pacino. Curiosamente Scarface é uma refilmagem de "Scarface - A Vergonha de Uma Nação", filme de Howard Hawks e estrelado por Paul Muni, que embora seja um clássico, muitos consideram a versão de Palma muito superior.
Se alguém ainda tem duvida das qualidades do filme, assista e aprecie a um dos maiores tiroteios e mortes da historia do cinema, que rola no ato final do filme e onde o personagem de Al Pacino enlouquece de vez. Esse momento foi tão marcante, que anos depois foi lançado um vídeo game e dando continuidade exatamente aonde a historia havia terminado.
  
  O Pagamento Final

Sinopse: Ex-detento porto-riquenho faz de tudo para ficar longe de seu passado de traficante de drogas. Mas acaba sentindo-se dragado de volta à vida que tanto desejava evitar. Arruma um emprego num clube noturno e retoma um caso com uma dançarina.   

Muitos consideraram que a parceria de Brian de Palma com Al Pacino em Scarface era algo insuperável, mas eis que em 1993 é lançado O Pagamento Final, que se por um lado não é superior ao filme anterior com os dois, por outro não deve em nada em termos de qualidade. O filme em si, sintetiza muito bem a famosa frase que Al Pacino lançou em O Poderoso Chefão 3 (“quando acho que estou livre disso, eles me arrastam”), já que o protagonista o tempo todo tenta escapar dos seus antigos hábitos de um passado violento que não quer mais, mas o universo em que vive lhe faz ir num caminho sem volta. É nestes momentos que surge um belo casamento de um bom desempenho de Pacino, com a direção eficaz e engenhosa de Palma, que nos brinda com seqüências alucinantes, como a perseguição dentro do metro e com os dois atentados, que alias, são estrelados por um jovem Sean Penn.          
Brian de Palma ainda nos brinda com uma bela reconstituição de época (anos 70) e uma trilha sonora caprichada, que sintetiza aquele período e moldado por grandes sucessos da musica que são lembrados até hoje. Embora o inicio do filme da uma grande dica do que esperar no final, O Pagamento Final é  aquele típico filme que nos prende do inicio ao fim, mesmo sabendo o que irá ocorrer no final. 

Me Sigam no Facebook e Twitter: 

Cine Dica: Clássicos Brasileiros na Sala P. F. Gastal


SALA P. F. GASTAL RETOMA PROGRAMAÇÃO
COM CLÁSSICOS TRANSGRESSORES DO CINEMA NACIONAL

 A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) retoma sua programação a partir de terça-feira, 5 de março, com uma mostra de filmes brasileiros que têm em comum a irreverência, a originalidade e a inventividade formal de seus realizadores. Intitulada Clássicos Transgressores do Cinema Nacional, a mostra reúne filmes dos diretores Rogério Sganzerla, Andrea Tonacci, Ozualdo Candeias, Carlos Reichenbach, André Luiz Oliveira, José Mojica Marins, Edgard Navarro, Ruy Guerra, Djalma Limongi Batista e Ivan Cardoso, e conta com o apoio da Programadora Brasil, projeto do Ministério da Cultura destinado à difusão do cinema nacional de qualidade.
A programação inclui 12 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, e é uma oportunidade rara para o público conhecer títulos muito comentados mas pouco vistos, como o cultuado Superoutro, de Edgard Navarro, e Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, de Djalma Limongi Batista (considerado o primeiro filme a abordar abertamente a questão da homessexualidade no cinema brasileiro), além de rever na tela grande obras marcantes da história do cinema brasileiro, como Os Cafajestes, O Bandido da Luz Vermelha e Filme Demência.
  
PROGRAMAÇÃO

 LONGAS
  
O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla (Brasil, 1968, 92 minutos)
Marginal paulista coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer os crimes mais requintados. Conhece a provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo, por quem se apaixona.
Acompanha o curta Brasil (1981), de Rogério Sganzerla.
  
Bang Bang, de Andrea Tonacci (Brasil, 1970, 85 minutos)
O ator de um filme em realização vive sem distinção a sua realidade pessoal e a ficção de seu personagem. Busca um sentido e uma saída daquela situação enquanto é perseguido por bandidos, um mágico, uma fantasia amorosa, um bêbado, sua auto-imagem.... A comicidade, os motivos da perseguição, as situações, os personagens, a cenografia, os diálogos e a trilha sonora, que utiliza temas conhecidos de outros filmes, remetem a símbolos, metáforas e à recusa da possível lógica narrativa, permitindo ao espectador uma sensação análoga à do personagem central.
  
Os Cafajestes, de Ruy Guerra (Brasil, 1962, 90 minutos)
Jandir, um rapaz de origem pobre, e Vavá, seu amigo playboy, vivem no submundo de drogas e sexo de Copacabana. Desesperado diante da perspectiva de perder sua mesada, já que seu pai banqueiro está falido, Vavá propõe a Jandir um plano para chantagear o tio, que tem uma amante. Filme que provocou escândalo à época de seu lançamento por trazer o primeiro nu frontal do cinema brasileiro, protagonizado pela atriz Norma Bengell.
  
Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver, de José Mojica Marins (Brasil, 107 minutos, 1967)
O funerário Jozefel Zanatas (Zé do Caixão) procura pela “Mulher Superior”, com a qual espera gerar o “Filho Perfeito”, ser que esteja acima dos seres humanos normais e que perpetue seu sangue. Em sua procura, tortura e mata as mulheres que julga inferiores, bem como qualquer um que se interponha em seu caminho. Acompanha o curta O Universo de Mojica Marins, de Ivan Cardoso.
A sessão do dia 8 de março será comentada pelo jornalista Thomaz Albornoz.
  
Filme Demência, de Carlos Reichenbach (Brasil, 1985, 90 minutos)
Após assistir impotentemente à falência de sua pequena indústria de cigarros, Fausto mergulha no interior de si mesmo. Rompe com Doris, a esposa infiel, rouba o revólver do zelador do prédio em que mora, e sai pela noite de São Paulo em busca de Mira-Celi, seu paraíso imaginário. Uma original releitura do mito de Fausto pelo cineasta Carlos Reichenbach, em filme que é considerado sua obra-prima. Prêmio de melhor direção no Festival de Gramado.
  
A Margem, de Ozualdo Candeias (Brasil, 1967, 91 minutos)
Inspirado em acontecimentos reais publicados em jornais populares, o filme aborda o dia a dia da população pobre que vive às margens do rio Tietê, sob o ponto de vista de quatro personagens. Eles observam uma mítica mulher que desce o rio em uma canoa. Acompanha o curta Uma Rua Chamada Triumpho 969/70, de Ozualdo Candeias.
  
Meteorango Kid – Herói Intergalático, de André Luiz Oliveira (Brasil, 1969, 80 minutos)
O filme narra, de maneira anárquica e irreverente, as aventuras de Lula, um estudante universitário, no dia do seu aniversário. De forma absolutamente despojada, mostra, sem rodeios, o perfil de um jovem desesperado, representante de uma geração oprimida pela ditadura militar e pela moral retrógrada de uma sociedade passiva e hipócrita. O anti-herói intergalático atravessa este labirinto cotidiano através das suas fantasias e delírios libertários, deixando atrás de si um rastro de inconformismo e um convite à rebelião em todos os níveis.
   
MÉDIAS E CURTAS

 Brasil, de Rogério Sganzerla (Brasil, 1981, 13 minutos)
Captado durante a gravação do décimo disco de João Gilberto, intitulado Brasil,  gravado no cinquentenário de seu nascimento, que contou com a participação de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia. A execução do disco em diferentes fases e distâncias, registradas em contraponto com flashes de personalidades da vida nacional, representa uma situação limite e indaga: O que é o Brasil? O que é o brasileiro?

Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, de Djalma Limongi Batista (Brasil, 1968, 29 minutos)
Antônio perambula por São Paulo. À noite, encontra um parceiro na Galeria Metrópole, Isaías, para se relacionar sexualmente. Apesar da intensa relação que acontece entre os dois, Isaías pede que Antônio o mate.

Uma Rua Chamada Triumpho 969/70, de Ozualdo Candeias (Brasil, 1971, 11 minutos)
A região da Boca do Lixo paulistana e as pessoas do meio cinematográfico que por ali circulavam são registradas em fotografias de autoria do diretor Ozualdo Candeias.

Superoutro, de Edgard Navarro (Brasil, 1989, 48 minutos)
Um louco na rua tenta libertar-se da miséria que o assedia e acaba por subverter a própria lei da gravidade. Acompanha o curta Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, de Djalma Limongi Batista.

O Universo de Mojica Marins, de Ivan Cardoso (Brasil, 1978, 26 minutos)
A vida e a obra do ator, diretor e produtor paulista José Mojica Marins, penetrando em seu estúdio e mostrando seu mundo.
  
Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

Me Sigam no Facebook e Twitter: 

sábado, 2 de março de 2013

Cine Dica:Mostra Grandes Personagens Femininos da História do Cinema


Grandes Personagens Femininos da
História do Cinema
 5 a 10 de março de 2013
Entrada Franca
Como vem fazendo todos os anos, desde a sua inauguração, o CineBancários realiza na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher uma mostra dedicada ao universo feminino. Em 2013, o foco escolhido para essa já tradicional programação é a representação da mulher pelo cinema ao longo de sua história.
Intitulada Grandes Personagens Femininos da História do Cinema, a mostra preparada pelo CineBancários promove um vôo panorâmico ao longo dos últimos 90 anos de produção cinematográfica, elegendo um título emblemático para cada década. Os títulos selecionados começam nos anos 20, com a obra-prima do cinema mudo A Paixão de Joana d’Arc, de Carl Theodor Dreyer, sobre a trágica heroína francesa, e estendem-se até os anos 2000, representados pela comédia O Diabo Veste Prada, de David Frankel, que mostra de maneira bem humorada as dificuldades da mulher contemporânea para equilibrar o sucesso no mercado de trabalho e a vida familiar. Desta forma, o público terá acesso não apenas a momentos mem oráveis da história do cinema, como também poderá acompanhar as mudanças sociais e de comportamento que possibilitaram à mulher ocupar um papel cada vez mais livre e independente na sociedade.
  
PROGRAMAÇÃO
  
ANOS 20

A Paixão de Joana d’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc), de Carl Theodor Dreyer (França, 1928, 110 minutos)
A jovem camponesa Joana D'Arc (Maria Falconetti) é condenada à morte por ter liderado o povo francês contra o exército invasor inglês, dizendo que foi inspirada por Jesus e São Miguel. Após ser capturada pelos ingleses, é levada à prisão, torturada, vai à julgamento por heresia e por fim é executada. Durante todo esse tempo, ela sofre por causa das acusações e também devido ao abandono da Igreja Católica e dos seus compatriotas franceses. Considerado um dos maiores filmes da história do cinema, com atuação antológica de Maria Falconetti e a participação no elenco de Antonin Artaud.
  
ANOS 30

O Anjo Azul (Der Blaue Engel), de Joseph von Sternberg (Alemanha, 1930, 100 minutos)
Immanuel Rath (Emil Jannings) é um severo mas respeitado professor, que vê alguns dos alunos passando cartões postais que mostram uma sensual cantora de cabaré (Marlene Dietrich), que se apresenta em um clube local. Certa noite, pensando em flagrar alguns dos seus estudantes, Rath vai ao cabaré, mas é envolvido pela selvagem atmosfera do local quando a sedutora Lola (Marlene Dietrich) entra em cena. Após a apresentação, Rath descobre onde é o camarim de Lola e imediatamente se encanta com ela. Obcecado pela mulher, irá se submeter a todos os seus desejos, sucumbindo a uma paixão que destruirá sua vida. Inspirado no clássico romance de Heinrich Mann, foi o filme que lançou a atriz alemã Marlene Dietrich ao estrelato internacional.
  
ANOS 40

Laura (Laura), de Otto Preminger (EUA, 1944, 87 minutos)
Investigando a morte da diretora de uma agência de propaganda, Laura Hunt (Gene Tierney), que teve o rosto destruído por tiros de espingarda, o detetive Mark McPherson (Dana Andrews) interroga Waldo Lydecker (Clifton Webb), seu mentor e um influente jornalista, que considerava Laura não apenas sua maior "criação" mas também sua propriedade pessoal. Laura estava noiva de Shelby Carpenter (Vincent Price), um playboy, para desgosto de Lydecker e da tia de Laura, Ann Treadwell (Judith Anderson), uma mulher rica que era apaixonada por Carpenter. Enquanto a investigação evolui McPherson sente-se atraído pela vítima e, ao ir ao apartamento dela em busca de provas, contempla uma pintura de Laura pendurada na parede. Repentinamente acontece o inesperado, pois Laura surge na sua frente viva e com o rosto sem nenhum ferimento. Um clássico do cinema “noir”, em que a atriz Gene Tierney cria uma das grandes mulheres fatais do cinema.
  
ANOS 50

A Malvada (All About Eve), de Joseph L. Mankiewicz (EUA, 1950, 138 minutos)
Na noite de entrega de um grande prêmio teatral, todas as atenções se voltam para a atriz Eve Harrington (Anne Baxter). Utilizando o flashback, a vida de Eve é revelada, desde quando conheceu e foi contratada como secretária de Margo Channing (Bette Davis), uma grande estrela da Broadway, até ela mesma alcançar o estrelato. Obra-prima de Mankiewicz, tido como o melhor filme já realizado sobre os bastidores do mundo teatral.
  
ANOS 60

Todas as Mulheres do Mundo, de Domingos Oliveira (Brasil, 1967, 92 minutos)
Longa de estreia de Domingos Oliveira, é um dos filmes mais marcantes e emblemáticos dos anos 1960 no Brasil. Ao narrar a trajetória de um Don Juan (Paulo José) domado por sua musa maior (Leila Diniz), o filme transcende os limites da comédia romântica de costumes para sintetizar as inquietações existenciais e os dilemas morais de toda uma geração. Com inspirada fotografia em preto e branco de Mário Carneiro, o filme é de uma inventividade estética inesgotável, lançando mão de uma montagem descontínua e de procedimentos do documentário para aumentar a sua força expressiva e o seu impacto sobre o espectador. Mais de quatro décadas depois de seu lançamento, mantém intactos o frescor e a vitalidade.
  
ANOS 70

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall), de Woody Allen (EUA, 1977, 93 minutos)
Alvy Singer (Woody Allen), um humorista judeu e divorciado que faz análise há 15 anos, acaba se apaixonando por Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora em início de carreira com uma cabeça um pouco complicada. Em um curto espaço de tempo eles estão morando juntos, mas depois de um certo período crises conjugais começam a se fazer sentir entre os dois. O filme que consagrou Woody Allen em Hollywood, vencedor de vários prêmios Oscar, incluindo melhor filme e melhor atriz para Diane Keaton.
  
ANOS 80

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (Mujeres al Borde de un Ataque de Niervos), de Pedro Almodóvar (Espanha, 1988, 89 minutos)
Em Madri, Pepa Marcos (Carmen Maura), uma atriz que está grávida, é abandonada por Ivan (Fernando Guillén), seu amante, e se desespera tentando encontrá-lo, pois deseja que ele lhe explique por qual motivo a deixou. Enquanto tenta falar com ele recebe a visita de Candela (María Barranco), uma amiga que se apaixonou por um desconhecido e agora que descobriu que ele é um terrorista xiita teme ser presa. Mais tarde chega ao apartamento Carlos (Antonio Banderas), o filho de Ivan, acompanhado de Marisa (Rossy de Palma), sua noiva, pois os dois estão procurando um imóvel para alugar. Hilariante comédia de erros, que marca o momento de maturidade do cinema do diretor espanhol Pedro Almodóvar.
  
ANOS 90

Corra Lola, Corra (Lola Rennt), de Tom Tykwer (Alemanha, 1999, 81 minutos)
Manni (Moritz Bleibtreu), o coletor de uma quadrilha de contrabandistas, esquece no metrô uma sacola com 100.000 marcos. Ele só tem 20 minutos para recuperar o dinheiro ou irá confrontar a ira do seu chefe, Ronnie, um perigoso criminoso. Desesperado, Ronni telefona para Lola (Franka Potente), sua namorada, que vê como única solução pedir ajuda para seu pai (Herbert Knaup), que é presidente de um banco. Assim, Lola corre através das ruas de Berlim, sendo apresentados três possíveis finais da louca corrida de Lola para salvar o namorado. Um dos filmes de culto dos anos 90, que usa recursos de animação e a linguagem dos videogames para conquistar os espectadores jovens.
  
ANOS 00

O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada), de David Frankel (EUA, 2006, 109 minutos)
Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem que conseguiu um emprego na mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Apesar da chance que muitos sonhariam em conseguir, logo Andrea nota que trabalhar com Miranda não é tão simples assim. Meryl Sreep cria uma personagem inesquecível, a despótica Miranda Priestly, que precisa endurecer para sobreviver no competitivo mercado de trabalho novaiorquino.

Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

Me Sigam no Facebook e Twitter: 


sexta-feira, 1 de março de 2013

Cine Especial: BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM: Parte 4


Nos dias 10 e 11 de março, estarei participando do curso Brian de Palma: O Poder da Imagem, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Leonardo BomFim. Enquanto os dois dias não chegam, por aqui, estarei escrevendo tudo o que eu sei sobre os filmes desse cineasta, que muitos o consideram como sucessor (ou imitador) de Alfred Hitchcock.  
Um Tiro Na Noite
  
Sinopse: Um jovem que trabalha em uma produtora de cinema de filmes B grava acidentalmente alguns ruídos em uma rua à noite, referentes a um acidente de carro que resultou na morte de um governador. Ele tenta então reconstituir os acontecimentos, através de suas gravações, para desvendar um intrincado quebra-cabeças.

Mesmo que algumas vezes ou outra tenha sido acusado de, imitar demais o mestre Alfred Hitchcock, De Palma jamais desapontou em inicio de carreira, principalmente quando colocava 100% de sua visão pessoal de fazer filmes na tela, sendo que aqui não foi diferente. O assassinato da trama é uma mera desculpa para o diretor deitar e rolar com sua câmera, sendo em momentos em que divide a tela (assim como em Carrie: A Estranha) ou sendo em momentos, em que pega a cena do crime e apresenta em diversos ângulos, a partir de cada passo que o personagem de John Travolta vai se aprofundando no caso. O diretor ainda aproveita para fazer sempre quando pode uma pequena homenagem a 7ª arte lá e aqui com os recursos técnicos de cinema, através do personagem de John Travolta, que é do ramo.
 É simplesmente delicioso ver o personagem fazendo um filminho mental a partir de recortes de uma revista, sendo que foi uma das minhas partes preferidas. E se já não bastasse isso, De Palma prova aqui que é um diretor que vai contra a maré e apresenta um final anti-hollywoodiano que poucas pessoas estão acostumadas. E para dizer que o diretor não deu nenhum pequeno toque a “lá Hitchcock”, ele presta uma pequena homenagem inocente ao diretor inglês no inicio do filme, mas aqui, não passa de uma mera pequena brincadeira.
  
Curiosidade: Durante o processo de edição de Um Tiro na Noite dois rolos de filmagens foram roubados e nunca mais vistos. As cenas contidas nestes rolos tiveram então que ser novamente rodadas, com um custo de US$ 750 mil. Como o diretor de fotografia Vilmos Zsigmond já estava trabalhando em outro filme neste período, ele foi substituído nestas cenas por Laszlo Kovacs.

Me Sigam no Facebook e Twitter:

Cine Dicas: Estréias no final de semana (01/02/13)


Hitchcock

Sinopse: Adaptação do livro "Alfred Hitchcock And The Making Of Psycho". Retrata os bastidores do clássico do suspense Psicose (1960), com foco no romance entre o diretor Alfred Hitchcock (Anthony Hopkins) e sua esposa e parceira Alma Reville (Helen Mirren).


Colegas

Sinopse: Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pook) e Márcio (Breno Viola) eram grandes amigos e viviam juntos em um instituto para portadores da síndrome de Down, ao lado de vários outros colegas. Um belo dia, surge a ideia de sair dali para realizar o sonho individual de cada um e inspirados pelos inúmeros filmes que já tinham assistido na videoteca local, eles roubam o carro do jardineiro (Lima Duarte) e fogem de lá. A imprensa começa a cobrir o caso e a polícia não gostou nem um pouco dessa "brincadeira". Para resolver o problema, coloca dois policiais trapalhões no encalço dos jovens, que só querem realizar os seus sonhos e estão dispostos a viver essa grande aventura, que vai ser revelar repleta de momentos inesquecíveis.


Dezesseis Luas

Sinopse: Ethan Wate (Alden Ehrenreich), é um estudante de colegial que fica enfeitiçado por Lena Duchannes (Alice Englert), aluna nova, de 16 anos, que acaba de chegar de outro estado - e com quem ele estranhamente tinha pesadelos há meses. Os dois se unem para enfrentar uma maldição sobrenatural que persegue a família dela há gerações: sempre que uma Duchannes completa 16 anos, ela deve escolher se será para a vida toda uma feiticeira do Bem ou do Mal.


CAVERNA DOS SONHOS ESQUECIDOS

Sinopse: Um lugar extraordinário e desconhecido é revelado, pela primeira vez, pelo diretor alemão Werner Herzog. A Caverna de Chauvet, no sul da França, um dos mais importantes sítios de arte pré-histórica do mundo, reúne as mais antigas criações pictóricas da humanidade. Descoberta apenas em 1994, Chauvet guarda centenas de pinturas rupestres intocadas que retratam 13 espécies diferentes, incluindo cavalos, bois, leões, ursos e rinocerontes, que remontam há mais de 30 mil anos.


Amanhecer Violento

Sinopse: Uma invasão de soldados soviéticos e cubanos toma conta de uma cidade. À mediada que ela é invadida pelas forças militares, 8 jovens escapam para as montanhas. Adotando o nome da sua equipe de futebol, os Wolverines, eles formam uma guerrilha armada em defesa dos seus pais, amigos e do próprio país.

Me Sigam no Facebook e Twitter: