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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: Parte 3

Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.


O QUE TEM A DIZER OS FILMES B DE FICÇÃO?
A Guerra Fria deixou muitos americanos com medo e paranóia, principalmente aqueles que trabalhavam para o governo, e nisso nasceu o interesse pelo desconhecido, pêlos planetas distantes e possíveis raças alienígenas, que talvez fossem ou não os próximos inimigos de uma possível guerra. A década de 50 é o ápice desse cenário, de onde surgiram inúmeros filmes B de ficção científica, é desse cenário que nasceu nosso amigo 007. Tendo como 90% de tudo que era lançado eram filmes baratos, que ganharam o apelido de filmes B, feito para entreter num determinado tempo, mas alguns esquecidos.
A Guerra dos Mundos, é um dos mais lembrados. Tanto que Steven Spielberg lançou sua versão do filme conforme a sua visão do mundo de hoje com a paranóia do medo que o mundo tem dos terroristas. Em 1953 o diretor Byron Haskin ficou famoso levando esta, que é uma das mais famosas histórias de H. G. Wells, para as telas, isso com um orçamento de US$ 2 milhões, algo que para a época já era considerável. Na mesma década Ed Wood “criou” Plan 9 From Outer Space, filme que hoje é considerado pelos críticos como o pior já feito na história do cinema, mas com charme próprio que acabou ganhando o status de não só filme B como Cult. A Guerra dos Mundos e Plan 9 From Outer Space são dois exemplos entre os poucos tais que resistem até hoje deste gênero daquele tempo, cuja a regra era orçamento apertado mas imaginação fértil.
O Dia em Que a Terra Parou é anterior a eles, e também tem um bom nível de popularidade dentre o publico. Afinal o diretor desta obra é ninguém menos que Robert Wise, o mesmo dos musicais premiados Amor, Sublime Amor e A Noviça Rebelde. Ainda assim, muitos consideram este pequeno filme de aproximadamente US$ 1 milhão o melhor e mais importante do diretor até hoje. O mais impressionante é que os efeitos especiais ainda resistem ao tempo, isso porque o filme não era lotado deles como os filmes de hoje tem em costume. O efeito mais notável mesmo é o vôo da espaçonave de Klaatu no principio do filme – um efeito que não poderia ficar muito melhor nos dias atuais, devido à sua simplicidade e funcional.
A história também é simples e direta, mas de tamanha importância que dura hoje. Era um lembrete direto para as pessoas e principalmente para os governos de todo o mundo que viam-se ameaçados sob a sombra de uma devastadora e até provável guerra nuclear. O alienígena Klaatu viajou, juntamente do robô Gort, pôr 200 milhões de milhas para chegar à Terra e mandar uma mensagem a todos os seus representantes: se continuarem constituindo uma ameaça a outros planetas (com a criação de foguetes essa ameaça existiria em breve), todo o planeta deve ser exterminado! Porém, assim que chega à Terra – mais precisamente em Washington – as pessoas não parecem querer ouvi-lo, e fazem de sua presença uma grande ameaça. Acuado, Klaatu (de aparência igual à dos terráqueos) vai conviver pôr um tempo com uma típica família de classe média, para decidir se vale a pena ou não tentar realmente salvar nosso planeta da destruição iminente.
O final do filme certamente pode gerar inúmeras discussões e debates. Afinal, o sistema sugerido por Klaatu para garantir a paz universal é a opressão: ao mínimo sinal que os povos se digladiarão e ameaçarão outros planetas, a Terra seria exterminada sem dó nem piedade. A intenção é realmente boa, mas em uma época de grandes tiranos, pessoas que têm ou desejam ter controle mundial com a desculpa de tentarem assegurar a paz (Bush é um exemplo), podemos perguntar se essa é a maneira ideal de se fazer isso. O Dia em Que a Terra Parou levanta essa questão de forma genial e, mesmo que você não concorde com sua filosofia (é uma faca de dois gumes), já deve dar crédito a ele pôr fazer pensar. Enfim, é um típico filme de ficção científica dos anos 50 que fez as pessoas saírem das salas de cinema e ficarem ainda digerindo o que viram, e só com isso já é um grande feito para ser lembrado até hoje nos dias atuais.
O Dia em Que a Terra Parou pode ser considerada uma das mais importantes ficções científicas de todos os tempos no cinema. Um filme que mistura diversão com conteúdo e é dono de uma mensagem atemporal. Um clássico não tão popular que figure entre os maiores já lançados em Hollywood em todos os tempos, o que é uma pena, mas ainda assim deveria ser visto pôr quem curte pelo menos um pouco filmes sobre visitantes de outros planetas. É uma experiência no mínimo original.


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Cine Dicas: Estréias no final de semana (22 09 11)

Final de semana com boas dicas, principalmente para aqueles que gostam de freqüentar as cinematecas da capital, que dentre as estréias, se destaca Elvis e Madona que eu tive o prazer de assistir na sessão de abertura no Cinebancários, com a presença do diretor Marcelo Laffitte e do ator Igor Cotrim.
Confiram as estréias e um bom final de semana para todos:

Elvis & Madona
Sinopse: Elvis (Simone Spoladore) sonha em ser fotógrafa, mas a necessidade de sustento faz com que aceite o emprego de entregadora de pizza. Madona (Ígor Cotrim) é uma travesti que trabalha como cabeleireira. Ela sonha em produzir um show de teatro de revista. Logo após conhecer Elvis, que é homossexual, elas se tornam grandes amigas. Mas, pouco a pouco, desperta neles um sentimento mais forte que a mera amizade.


(Leia minha critica já publicada clicando aqui)

A Casa de Sandro
Sinopse: O artista plástico Sandro Donatello é o personagem-título do documentário assinado por Gustavo Beck. A Casa de Sandro foi totalmente filmado na residência do artista; local que ganha ares de reduto de paz, pela calma e silêncio que permeiam a narrativa.
O atelier, o jardim e os animais que visitam o local são algumas das imagens presentes no filme, que é marcado por planos-sequência e sons da naturezaa, além da ausência de roteiro e decupagem para sua execução.


Confiar
Sinopse: Annie é uma jovem de 14 anos conhece um garoto em um bate-papo na internet e logo se apaixona por ele. O problema é que na verdade o garoto é um homem muito mais velho que a atrai para um encontro e se aproveita sexualmente.


Medianeras: Buenos Aires da Era do Amor Virtual
Sinopse: Martin (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala) vivem na mesma rua em edifícios opostos mas eles nunca se conheceram. Eles andam pelos mesmos lugares mas nunca notaram um ao outro. Quais são as chances deles se conhecerem em uma cidade de três milhões de habitantes? O que os separa irá uni-los.


Missão Madrinha de Casamento
Sinopse: Lillian (Maya Rudolph) vai se casar e convida a solteirona Annie (Kristen Wiig) para ser sua madrinha. E amiga vai fazer de tudo para organizar uma grande despedida de solteira para a noiva ao lado das damas de honra. Juntas a turma parte para Las Vegas e se envolvem em muitas confusões.


Premonição 5 3D
Sinopse: Em Premonição 5 a Morte está mais onipresente do que nunca e é desencadeada quando a premonição de um homem salva um grupo de trabalhadores de um terrível acidente em uma ponte pênsil. Mas este grupo de almas fora de suspeita nunca deveria ter sobrevivido e agora em uma apavorante corrida contra o tempo eles tentam desesperadamente descobrir uma maneira de escapar da agenda macabra da Morte.


Sem Saída
Sinopse: Nathan Harper (Taylor Lautner) é um jovem que experimenta a estranha sensação de estar vivendo a vida de outra pessoa. A aventura começa quando ele descobre ter sido considerado desaparecido quando criança. Nathan passa a procurar sua verdadeira identidade com a ajuda da amiga Karen. Mas sua tarefa não será fácil já que além do mistério que envolve suas origens alguém está querendo matá-lo sem poupar a vida de quem esteja ao redor dele.



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Cine Dica: Em Cartaz: Elvis & Madona

UMA DIVERTIDA E INUSITADA HISTORIA DE AMOR
Sinopse: Elvis (Simone Spoladore) sonha em ser fotógrafa, mas a necessidade de sustento faz com que aceite o emprego de entregadora de pizza. Madona (Ígor Cotrim) é uma travesti que trabalha como cabeleireira. Ela sonha em produzir um show de teatro de revista. Logo após conhecer Elvis, que é homossexual, elas se tornam grandes amigas. Mas, pouco a pouco, desperta neles um sentimento mais forte que a mera amizade.
Enquanto o cinema americano vive no comodismo, sempre com a mesma formula com relação às comedias românticas por exemplo, percebo que outros países tentam inovar os gêneros. Se não se cria uma idéia nova, então rejuvenesça ela. E isso, o diretor estreante Marcelo Laffitte faz muito bem, ao fazer uma comedia romântica (com pinceladas a lá Pedro Almodóvar) inusitada de uma historia de amor do travesti Madona (o estreante Igor Cotrim, espetacular) com a lésbica entregadora de pizza Elvis (Simone Spoladore que conquista desde a primeira cena).
Se por um momento a relação soa um tanto que forçada para se criar algo novo no gênero, imediatamente somos conquistados pela simpática dos personagens, pois até mesmo eles próprios consideram imprevisível a situação que ambos estão vivendo, mas o coração fala mais alto, portanto, há de entender que eles se apaixonaram não pelo que eles são fisicamente, mas pelas suas almas, uma pela outra, tanto que eles pregam isso durante a trama e o que não deixa de ser verdade. É claro que nada disso seria valido se o casal central não funcionasse na química, mas não só funciona como flui de uma maneira prazerosa e imprevisível em inúmeros momentos, como quando Madona tira do baú o seu outro lado até então guardado. O que vemos na tela também é sobre duas pessoas em busca de seus sonhos ainda não realizados, o que serve de um tremendo laço de identificação do publico com os personagens, pois quem já não viveu com o desejo de tentar mudar de vida e realizar o tão sonhado desejo de virar a mesa.
O filme ainda nos reserva participações pequenas, mas ótimas de atores já bem conhecidos pelo publico, como no caso de José Wilker, que surge apenas em poucos segundos, mas em forma de piada, resolve um dos grandes empecilhos da trama, e Maltê Proença, que mesmo em poucos minutos em cena, arranca as maiores gargalhadas de todo o filme.
Com uma montagem agilizada e que faz um belo casamento com a fotografia (fazendo em vários momentos uma referencia ao sonho de Elvis em ser fotografa) Elvis e Madona é um filme para ser assistido de mente aberta e entrar de cabeça neste outro mundo do homem e da mulher, porque afinal de contas, são diferentes, mas humanos como todos nos. Que o preconceito fique do lado de fora da sala.

Curiosidade: A ideia de Elvis e Madona surgiu quando o diretor Marcelo Laffitte estava em Miami, para lançar seu curta Vox Populi. Ao assistir um programa de TV sensacionalista ele soube da história de um pai que abandonou a família para se tornar travesti e, anos depois, se apaixonou pela namorada do filho;


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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: Parte 2

Na primeira semana de outubro (do dia 04  a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros)  feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.


A Noiva do Monstro
Sinopse: Cientista isolado num pântano faz experiências atômicas condenadas pela sociedade científica usando um polvo, que ataca as pessoas e acaba chamando a atenção da polícia.
O filme é valido porque tenta resgatar o charme dos filmes de terror da universal de antigamente, num tempo em que os estúdios somente estavam interessados em monstros nascidos através de bombas nucleares. Como todo filme realizado por Ed Wood, o pior cineasta de todos os tempos, esse também é a prova da impressionante força de vontade de um artista... sem talento, mas com personalidade e coragem para tocar uma produção com tão poucos recursos em mãos. O roteiro é rasteiro, mas divertido  os efeitos especiais são prosaicos, mas se encaixam com a proposta de uma produção tão visivelmente pobre. É triste ver Bela Lugosi em final de carreira, dando sinais de cansaço físico e psicológico, mas mesmo assim, cumpre bem o seu papel, embora seja apenas uma imagem pálida do que ele já foi um dia. Apesar de o filme passar a idéia de ser uma historia de terror, no fim é uma  ótima comedia involuntária.  

A Face do Crime
Sinopse: Inspirado no popular programa de TV "Dragnet", o filme conta a dura história de um menino rico mas problemático, que mata um policial e faz uma cirurgia plástica para esconder sua identidade. Filmado totalmente em externas no centro de Hollywood.
Filmado em 1954, em pleno centro de Hollywood, ''Jail Bait'' lançou Steve Reeves (Mr. Universo e mais tarde intérprete de Hércules). Com um orçamento minguado de 22 mil dólares, a versão que se encontra atualmente possui uma cena de strip-tease feito pela esposa de Wood, Dolores Fuller, não incluída no lançamento na época por motivos óbvios devido as regras da censura daquele tempo. Trata-se de uma tentativa do realizador de seguir os filmes de gângster como ''Scarface'' e ''Little Ceaser'', numa forma, talvez, de tentar resgatar a era de ouro desse gênero que explodiu no inicio dos anos 30, mas que foi bastante criticada devido a sua violência. Vale lembrar que Ed Wood faz aqui o seu único filme noir, inspirado na popular série de TV ''Dragnet''. Curiosamente, Ed tinha jeito de resgatar do limbo atores esquecidos pela indústria como Bela Lugosi, tanto, que esse filme resgatou Herbert Rawlinson, um popular ator protagonista em vários filmes mudos, regressava aqui ao ativo após vários anos sem trabalhar no cinema. Mas a sorte durou pouco, Herbert viria a morrer no dia a seguir às suas cenas serem rodadas. Com isso, os filmes de Ed Wood não só ganhou fama de filmes ruins para muitos, mas também de filmes amaldiçoados para outros.




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Cine Curiosidade: A MELANCOLIA QUE ME INTRIGA


Coincidência? Hoje eu estava lendo uma matéria especial publicada pelo meu amigo Antonio no seu blog o Falcão Maltes (leia aqui) sobre o filme Melancolia, que repito, está entre os melhores filmes do ano. Como sempre, fui escrever minha opinião e após  isso, decidi pegar o jornal Zero Hora para ler umas matérias. Eis que surge na frente dos meus olhos, uma matéria escrita por uma psicóloga, justamente sobre o filme.
São momentos como esse que me deixam de queixo caído, na realidade, muitas coincidências acontecem comigo, desde pequenas, a coisas grandes, ou seria para algo mais? Segundo o meu colega de serviço, "são as forças ocultas da vida". Seja como for, não deixa de ser curioso.
Abaixo segue a matéria do jornal escasseada.

Fonte: Zero Hora (POA).
Escrito por: Stella Galbinski Bretman, mestre em Psicologia Social.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: Parte 1

Na primeira semana de outubro (do dia 04  a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros)  feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.

Plano 9 do Espaço Sideral
Sinopse Uma dupla de alienígenas que estava irritada com as "estúpidas mentes" do planeta Terra faz sua base em um cemitério da Califórnia, pois planejavam através do "Plano 9", que se refere a um eletrodo de longa distância que é colocado nas glândulas pineal e pituitária dos mortos, criar um exército de zumbis que marchassem para conquistar as capitais do mundo. O fato de ressuscitarem só três mortos não os desencoraja. Jeff Trent (Gregory Walcott), um piloto de uma linha aérea que vive perto do cemitério precisa salvar Paula (Mona McKinnon), sua mulher, destes seres.
Para muitos, é o pior filme já feito na historia, mas convenhamos, já houve piores (atualmente há aos montes) e assistindo atualmente, tem seu charme, embora com os seus visíveis defeitos. É preciso reconhecer que Ed Wood amava como nunca o cinema e que possuía uma grande persistência em fazer suas crias, mas que sofria pela mão frouxa em não saber criar certas cenas com mais cuidado, ou simplesmente a falta de sorte em adquirir um orçamento mais generoso para os seus projetos. Os problemas são bem visíveis no cemitério principalmente, não que o lado artificial do local seja o problema, pois vimos isso aos montes nos filmes da hammer e não dávamos bola, mas o grande problema estava no fato das cenas não se casarem  com outras que eram de dia, sendo que as do cemitério em si eram de noite. Mas nada se comparada a incessante cena da aparição de Bela Lugosi (jaz morto na época da filmagem) saindo da floresta, onde Wood a usa toda vez que o personagem esta atrás de alguém, seja dentro ou fora do cemitério. Isso sem contar a hilária participação de um duble (Tom Mason) com a capa cobrindo uma parte do rosto, que servia para substituir Lugosi nas cenas que o personagem surgia.
Misturando o gênero de horror e ficção, o filme foi ao longo dos anos se tornando cultuado e ganhou uma legião de fãs, dentre eles Tim Burton, admirador do diretor e adotando um pouco do seu visual, mas diferente do seu ídolo, teve mais sorte em ter orçamentos mais generosos e, claro, muito mais talento. Burton viria fazer um filme baseado na vida de Wood, mas isso é outra historia para ser contada.

Curiosidade: As cenas dos discos voadores, pode se ver claramente em alguns momentos os fios por onde eles estão presos
As filmagens de Plano 9 do Espaço Sideral foram encerradas em 1956, sendo que o filme apenas foi comercialmente lançado nos Estados Unidos três anos depois.


GLEN OU GLENDA?
Sinopse: Para investigar o suicídio de um travesti, um detetive da polícia busca informações com um psiquiatra entendido no assunto, que lhe conta duas histórias. Na primeira, Glen é casado com Barbara, mas deve descobrir uma maneira de contá-la sobre as suas necessidades de utilizar seus vestidos; na segunda, Alan decide se transformar em mulher fisicamente, através de uma cirurgia.
Após o sucesso do filme Ed Wood (94), muitos dos filmes dele foram redescobertos para uma nova geração cinéfila, dentre eles, esse que foi o primeiro filme que dirigiu em 1853, sendo que já na época, condecorado a pior coisa já filmada. Mas visto atualmente, percebesse que Wood tinha grande imaginação, ao misturar tomadas de Bela Lugosi como um conquistador do mundo, em seqüências extraídas de documentários e filmes destruídos que ele achou em um estúdio abandonado. É curiosa a conversa do médico, muito didatismo, sobre o assunto e a parte ficcional, na qual Wood, que realmente gostava de se vestir de mulher, interpreta Glen e Glenda. As partes nem sempre se casam (fato muito visto nos filmes de Wood) e o absurdo que provocam, justifica o charme que o filme acabou adquirindo ao longo do tempo.


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Namorados Para Sempre


Sinopse: Casados há vários anos e com uma filha, Cindy (Michelle Williams) e Dean (Ryan Gosling) passam por um momento de crise, vendo o relacionamento ser contaminado por uma série de incertezas. Eles seguem em frente e tentam superar os problemas, se baseando no passado que fez com que se apaixonassem um pelo outro.
Muitas pessoas reclamaram da falta de uma explicação plausível sobre o porquê da crise do casal central deste filme. Na verdade a explicação pouco faz falta, pois o filme ganha pontos ao mostrar de uma forma humana o esgotamento de um relacionamento, não importando o motivo e dando a entender que não existe mais remédio para o retorno, mesmo que no fundo eles desejam uma nova chance para ambos.
Em seu segundo longa metragem, Derek Cianfrance acerta em mostrar o casal em dois tempos distintos, quando se conheceram e nos dias atuais, fazendo um contraste de duas épocas do casal, mas que não esconde o fato de que talvez tenha sido um erro terem ficado juntos, muito embora o coração falasse mais alto. Como sempre, Michelle Williams tem um desempenho arrebatador (indicada ao Oscar) ao retratar uma jovem cansada do seu dia a dia, frustrada pelos sonhos não realizados e por não conseguir sentir mais amor pelo marido (Ryan Gosling, ótimo).
Misturando elementos de drama e tensão (a discussão de ambos dentro do hospital é espetacular) Namorados para sempre levanta perguntas do presente e do futuro desse casal. O filme termina e nos deixa aquela sensação de pessimismo, pois o que vimos nada mais é do que a relação de um casal atual, onde nem todos os sonhos e o amor infinito são possíveis de se manter no mundo que vivemos atualmente.

Curiosidade: O filme, originalmente, seria rodado na primavera de 2008, mas o projeto foi adiado devido a morte de Heath Ledger. Os produtores e o diretor, em consideração à filha do ator, Matilda, e sua mãe Michelle Williams, preferiram dar um tempo a contratar outra atriz para o papel.

 
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