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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cine Especial: Guerra Sem Cortes (Redacted)

BRIAN DE PALMA SE RENOVA E APRESENTA O PIOR DA GUERRA DO IRAQUE
Sinopse: Um esquadrão de soldados americanos está parado em um posto no Iraque, convivendo com a população local e a mídia instalada na região. Cada grupo destes é afetado pela guerra de forma distinta, e suas histórias são contadas pelas imagens criadas no momento: um soldado produz um vídeo-diário, uma equipe francesa filma um documentário, sites árabes colocam cenas de insurgentes plantando bombas, mulheres mandam mensagens para seus maridos via blogs e o You Tube revela a barbaridade existente na guerra.
Durante boa parte da minha vida que assisto filmes, tanto no cinema como em casa, normalmente jamais recuo ou fecho os olhos quando assisto uma imagem do mais puro terror, talvez porque lá no fundo do meu subconsciente algo grita dizendo que aquilo, por mais forte que seja, é uma ficção. Contudo, talvez o ser humano seja preparado a assistir a uma imagem forte, porém artificial, mas jamais estará preparado para ver o horror da realidade e meu “ser” não estava preparado para os segundos finais da ultima obra realizada por Brian De Palma.
Mas cinema é isso, seja para entreter, fazer reflexão ou simplesmente dar um tapa na cara e fazer o cinéfilo acordar para a realidade. Num mundo “pós governo Bush”, haverá outros filmes como esse que não terão papas na língua para escancarar a idiotice que foi a invasão do Iraque, mas enquanto não houver mais filmes sobre o assunto, esse será o melhor representante do que foi toda essa guerra. Com pouco mais de cinco milhões de dólares do bolso e feito no formato digital, De Palma cria um falso documentário que retrata a historia real de um grupo de soldados norte americanos que estupra e assassina uma jovem de 15 anos Iraquiana, além de fuzilar toda a sua família por meio de um ato cruel e sem sentido. De Palma culpa quem nesse episódio? Culpa o governo norte americano que inventou a mais fajuta desculpa para invadir aquele país? Culpa os soldados despreparados que não souberam administrar seus atos em meio a guerra? Culpa a própria guerra em si que faz nascer o pior de nos? A resposta para isso talvez seja um tanto difícil e que com certeza, para encontrá-la, se alonga por muito tempo a busca, mas está mais do que provado que De Palma, assim como muitos, foi contra a essa guerra que acabou tirando inúmeras vidas de ambos os lados.
O filme não tem heróis e tão pouco vilões, tudo que se vê são seres humanos que acabam por ficarem cegos demais perante ao que acham certo ou errado, perante as suas crenças duvidosas e perante a espera interminável pelo inevitável ataque vindo de qualquer lugar. Tudo que se vê, são pessoas que se  perdem nas estribeiras de um inferno que não pediram para estarem ali. E para fazer todo esse terrível cenário, De palma está quase que irreconhecível, pois o filme em nada lembra sua pirotecnia com a câmera e sim lembra mais um filme realmente amador e cru e o diretor aproveita para escancarar que, por mais que o governo tente censurar um determinado ato, não existe mais como, isso graças a tecnologia rápida atual como a internet em que inúmeras pessoas usam e abusam para escancarar e fazer a sua critica, um retrato mais do que atual e que o diretor soube muito bem retratar
Os momentos de pura tensão como o ato do estupro e a decapitação de um determinado personagem feito por um grupo terrorista são de momentos que o espectador prende a respiração, contudo, o diretor jamais nestes momentos quer ser 100% explicito e com isso a câmera se afasta ou determinado personagem fica na frente do aparelho, tudo para fazer o espectador ficar ainda mais aflito ou fazer-lo imaginar o que esta acontecendo nos segundos em que o diretor tenta esconder o terror dos nossos olhos, mas o pior estava por vir. Após a declaração em forma de desabafo de um determinado personagem sobre o que viu na guerra, o diretor joga na tela, fotos de cenas que mostram o horror desse conflito, como mortos e feridos, mas nada me preparou para a foto da verdadeira menina de 15 anos estuprada e morta pelos soldados norte americanos. Sinceramente não esperava por aquilo e foi um verdadeiro baque para o meu cérebro que tentou, mas não conseguiu esquecer-se daquela cena, alias isso me fez me lembrar de outro filme de guerra, a animação Valsa com Bashir, no qual o protagonista tenta, mas não se lembra do que lhe ocorreu na guerra do Líbano, o motivo veio como resposta no final do filme com cenas terríveis dessa guerra no qual o protagonista, perante ao horror que viu, subconscientemente fez por esquecer daquilo tudo. No meu caso não participei de uma guerra, e sim simplesmente vi uma terrível cena na qual, depois da sessão tentei, mas não consegui esquecer, felizmente, a luz do sol da tarde me serviram de consolo.
Em Apocalipse Now foi dito que a guerra era um horror, em Guerra ao Terror foi dito que a guerra era uma droga, essas duas palavras não precisaram ser ditas no filme de Brian de Palma, elas simplesmente irão soar na mente de cada espectador que for assistir a esse filme que é para poucos, mas basta um para dizer o que viu, seja numa guerra ou em um filme que retrate ela de maneira real, nua e crua.

Nota: Infelizmente esse filme se encontra ainda inédito nos cinemas e sem previsões de chegar em DVD no Brasil. Tive o privilegio de participar de uma sessão especial e debate seguido no Sinebancários de Porto Alegre no ultimo sabado. Para a direção dessa sala os meus parabéns.   

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cine Dica: Em DVD: Direito de Amar

sinopse:George (Colin Firth) é um professor de inglês, que repentinamente perde seu companheiro de 16 anos. Sentindo-se perdido e sem conseguir levar adiante sua vida, ele resolve se matar. Para tanto passa a planejar cada passo do suicídio, mas neste processo alguns pequenos momentos lhe mostram que a vida ainda pode valer a pena.

De um estilista, para um diretor de cinema, Tom Ford começou com o pé direito na indústria de cinema ao criar um drama sobre perdas irreparáveis nas quais um ser humano comum tenta, mas não consegue superar a dor da perda. O filme é visualmente belo com fotografia e edição de arte primorosa ao retratar os anos 60 onde se passa a trama, mas o filme não seria nada se não tivesse um elenco de primeira linha e isso o filme tem e muito, mas basta a interpretação de Colin Firth para o filme ganhar o espectador. Mais lembrado em comédias como o O Diário de Bridget, Colin passa toda a dor insuportavel que sente pela perda do companheiro, tanto que tenta por vezes se matar (cena alias triste e ao mesmo tempo engraçada) mas que em meio a essas tentativas sempre ocorre algo para adiar o ato, como o encontro com determinados personagens como sua ex esposa e atual grande amiga Charley (Julianne Moore fantástica como sempre) ou então com o aluno de faculdade (Nicholas Hoult cada vez mais com cara de Tom Cruise).
Um filme para poucos, mais para aqueles com mente aberta e encara o filme não como um filme gay, mas sim como mais um belo romance de fins trágicos.

Curiosidades: Don Bachardy, companheiro de longa data de Christopher Isherwood, autor do livro o qual Direito de Amar é baseado, participa em uma ponta no filme.
Ao ser contactado Colin Firth não pôde aceitar o papel, devido a conflitos de agenda. Entretanto o filme sofreu um atraso nas filmagens, o que permitiu a participação do ator;
E ai gente, faz tempo que não falo por aqui de estréias do final de semana, devido a problemas com o computador e problemas de saúde, andei bem ausente no ultimo mês de agosto, mas aos poucos vou postando agora neste inicio de mês de setembro e as coisas vão voltar a se estabilizar. Chegando, em mais de quatrocentas salas de cinema, Nosso Lar tenta repetir o sucesso de bilheteria de Chico Xavier em meio ao publico espírita e com isso houve poucas estréias para esse final de semana e para piorar a distribuidora deixou de fora o RS para a estréia de REC2: Possuídos, filme que muitos fãs do cinema de horror esperam e que se reusaram a assistir online pela internet, mas como exemplo como esses, outras pessoas no ramo do cinema não tem que reclamar quando alguém adere a internet por não agüentar mais esperar o que a distribuidora irá fazer com determinados filmes, exemplos é o que não faltam como Guerra Sem Cortes, o mais recente filme de Brian de Palma ainda inédito nos cinemas brasileiros, terá uma única exibição no Cine Bancários aqui de Porto Alegre amanha e será para poucos.
As distribuidoras precisam o quanto antes tomar providencia para que outros exemplos como A Prova da Morte, Guerra ao Terror e dentre outros não aconteça.

Confiram as estréias:

Nosso Lar
sinopse: Ao abrir os olhos André Luiz (Renato Prieto) sabe que não está mais vivo apesar de ainda sentir sede e fome. Ao seu redor ele apenas vê uma planície escura e desértica marcada por gritos e seres que vivem na sombra. Após passar pelo sofrimento no purgatório André é levado para a cidade de Nosso Lar. Lá ele tem acesso a novas lições e conhecimentos enquanto aprende como é a vida em outra dimensão.



Como Cães e Gatos 2: a vingança de Kitty Galore 3D
sinopse:Kitty Galore uma ex-colaboradora da organização MEOWS de espiões felinos está cada vez mais pirada e bolou um plano maligno para além de derrotar de vez seus inimigos caninos também derrubar seus ex-companheiros de espionagem e transformar o mundo em seu arranhador de estimação. Diante dessa ameaça sem precedentes cães e gatos serão obrigados a unir forças pela primeira vez na história em uma aliança que poderá salvar suas vidas e as de seus humanos em Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Galore uma comédia em 3D que mistura live action com bonecos de última geração e animação digital.



Um Novo Caminho
sinopse: Um jornalista que esconde seu vício pelo álcool é internado pela família em uma clínica de reabilitação. Lá ele conhece uma mulher mais jovem e começa um relacionamento amoroso.



Destinos Ligados
sinopse: Três mulheres vivem histórias diferentes ligadas por um único tema: a adoção. Elizabeth (Naomi Watts) é uma advogada inteligente e bem-sucedida que usa seu corpo para conseguir o que quer e é através do seu charme que ela inicia um romance com o chefe (Samuel L. Jackson). Karen (Annette Bening) é uma profissional da saúde muito sensível e amável mas que esconde este seu jeito humano e vive amargurada. Isso porque ela engravidou aos 14 anos entregou a filha Elizabeth para adoção há quase 40 anos e não supera a dor por ter tomado esta decisão. Lucy (Kerry Washington) é uma mulher casada que não consegue engravidar e resolve recorrer à adoção para ter a família que tanto deseja.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cine Curiosidades: O Ultimo Exorcismo fatura alto

Sinopse: O filme conta a história de um pastor evangélico que se volta contra a religião e decide participar de um documentário em que exibe suas práticas de exorcismo do passado.

O filme acabou de estrear nos EUA e faturou alto alcançando R$21 milhões de bilheteria, quantia excelente principalmente se levar em conta que o filme tenha custado pouco mais de 5 milhões de dólares. Usando elementos de sucesso como O Exorcista e Atividade Paranormal, o filme será garantia de sucesso por aqui quando estrear dia 24 de setembro.

Cine Dica: Em DVD: Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Sinopse: Harriet Vanger desapareceu 36 anos atrás sem deixar pistas na ilha de Hedeby, um local que é quase propriedade exclusiva da poderosa família Vanger. Apesar da longa investigação policial a jovem de 16 anos nunca foi encontrada. Mesmo depois de tanto tempo seu tio decide continuar as buscas, contratando o jornalista investigativo da revista Millennium, Mikael Blomkvist, que não está em um bom momento de sua vida, enfrenta um processo por calúnia e difamação. Mas, quando o jornalista se junta a Lisbeth Salander, uma investigadora particular nada usual, incontrolável e anti social, a investigação avança muito além do que todos poderiam imaginar.

Adaptação cinematográfica da primeira parte da trilogia Millennium, considerado sucesso literário deste início de século. Escrita pelo jornalista sueco Stieg Larsson (1954-2004) e lançada em 2005, tornou-se rapidamente um dos livros mais vendidos da atualidade, com mais de 21 milhões de cópias e lançado em 40 países.
O primeiro filme desembarcou no Brasil após exibições de sucesso por toda a Europa. Foram mais de 7 milhões de espectadores no continente, destaque para a região nórdica (2,8 milhões), França (1,2 milhões) e Espanha (1,5 milhões). Para se ter uma idéia do tamanho do sucesso, Os Homens Que Não Amavam as Mulheres é o terceiro mais bem sucedido filme, de língua não-inglesa, no mundo em 2009.
Completam os demais capítulos da trilogia A Menina que Brincava com Fogo (Flickan som lekte med elden) e A Rainha do Castelo do Ar (Luftslottet som sprängdes), ambos também realizados em 2009.
Os direitos desta primeira parte de Millennium foram adquiridos pela Columbia Pictures e, em 2012, a versão americana também chegará às telas. Sob o título de The Girl with the Dragon Tattoo, o projeto esta em mãos de David Fincher (Clube da Luta, Sevem).
Conheço muito bem o trabalho de Fincher, filmes como Seven são bons exemplos de como ele é um ótimo diretor em termos de filmes de suspense, mas ele terá que caprichar para não fazer uma versão americana desastrada desse filme, já que é comum as refilmagens americanas serem criadas de uma forma para melhor compreensão e aceitação para o publico americano. Mas caso a versão americana fracasse pelo menos continuara existindo essa versão Sueca que não deve em nada em termos de suspense aliado com um visual gótico, principalmente em momentos em que aparece a personagem Lisbeth Salander interpretada com total e energia pela atriz Noomi Rapace que se entregou de corpo e alma numa personagem tão complexo e difícil de se fazer, principalmente em momentos de tensão e terror psicológico e físico.
O diretor Niels Arden Oplev soube muito bem apresentar as duas historias interligadas e uni-las no momento certo e fazê-las para que uma ajudasse a outra para que então chegassem ao ato final que se por um momento parece longo demais, pelo menos não compromete o resultado de final.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Cine Curiosidade: Projeto Cineclube exibe “Redacted”

Mais contundente e polêmico entre os tantos filmes de ficção americanos sobre a Guerra no Iraque, Redacted (2007) não foi lançado no Brasil – tampouco tem previsão de sair em DVD. Uma rara chance para se assistir ao filme de Brian De Palma na tela grande será oferecida pelo projeto Cineclube, iniciativa de Zero Hora que promove mensalmente uma sessão de cinema seguida de debate, com entrada franca. A exibição será no próximo sábado, às 10h, no CineBancários, parceiro de ZH no projeto.

Um dos nomes de frente da geração de jovens cineastas que revolucionou Hollywood nos anos 1970 – ao lado de nomes como Francis Ford Coppola e Martin Scorsese –, De Palma é autor de títulos marcantes como Carrie, a Estranha, Um Tiro na Noite, Os Intocáveis e Pagamento Final. Em Redacted, o diretor decidiu mexer em um vespeiro.
Logo após ser convidado por uma produtora a realizar um longa-metragem de até US$ 5 milhões sobre qualquer tema, desde que realizado em vídeo digital de alta definição, De Palma tomou conhecimento de um episódio escabroso ocorrido na Guerra do Iraque: em 2006, na cidade de Mahmudiya, ao sul de Bagdá, soldados americanos estupraram, assassinaram e queimaram o corpo de uma garota de 14 anos, barbárie que prosseguiu com o massacre da família da menina.
De Palma passou a pesquisar na internet e deparou com vídeos captados no front e postados em blogs de militares e em sites como o YouTube. Decidiu fazer de seu filme um inventário da guerra a partir de diários pessoais dos combatentes, combinando o registro documental com a encenação do assassinato. Alertado sobre possíveis problemas legais se usasse imagens reais dos soldados, De Palma optou por recriar esses diários com atores. Simula assim “a realidade” com um documentário construído por imagens de câmeras amadoras, webcams, celulares e circuitos de vigilância.
O resultado é um impactante e brutal retrato da guerra sem os filtros usuais da dramaturgia, no qual De Palma – reconhecido esteta cinematográfico – ao mesmo tempo experimenta novas possibilidades audiovisuais e faz uma crítica feroz ao intervencionismo americano. O resultado, lógico, desagradou ao governo George W. Bush e no, clima de patriotismo que viviam os EUA à época, selou a carreira do filme.
Redacted teve uma ruidosa première mundial em agosto de 2007, no Festival de Veneza. De Palma saiu do prestigiado certame italiano consagrado com o prêmio de melhor diretor. O filme, entretanto, teve uma circulação internacional restrita. Em 2008, chegou a ter seu lançamento anunciado no Brasil, como Guerra sem Cortes – mas foi exibido apenas na Mostra Internacional de São Paulo e no Festival do Rio. O título original faz referência à censura pela qual passam documentos oficiais antes de serem divulgados. Censura que De Palma sofreu nos EUA – Redacted mostra em seu desfecho imagens do massacre real, que produtora americana cobriu com tarjas para não chocar o público local.
Vale lembrar que sobre tema bastante perecido, também baseado em uma história real, ocorrida durante a Guera do Vietnã, De Palma realizou Pecados de Guerra. O filme, protagonizado por Sean Penn e Michael J. Fox, mostra o conflito que surge em um pelotão de soldados americanos após o estupro e assassinado de uma jovem vietnamita.

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Mary e Max - Uma Amizade Diferente

Entre risos e lagrimas, um filme que emociona
e faz agente se identificar
Sinopse: Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle (voz de Toni Collette) uma menina gordinha e solitária de oito anos que vive nos subúrbios de Melbourne e Max Horovitz (voz de Philip Seymour Hoffman) um homem de 44 anos obeso mais »e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e 2 continentes a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Mary e Max é viagem que explora a amizade o autismo o alcoolismo de onde vêm os bebês a obesidade a cleptomania a diferença sexual a confiança diferenças religiosas e muito mais.

Cada vez menos existem filmes atualmente corajosos nos quais faz o espectador sair da sala de cinema com o pensamento voltado somente no filme e essa corajosa animação Australiana em stop motion com massinha pertence a essa minoria. Dirigido pelo Adam Elliot (Oscar de melhor curta por Harvie Krumpet) o filme explora de maneira inusitada a amizade improvável de uma menina de oito anos da Austrália com um homem de 44 anos que vive em Nova York através de cartas ao longo dos anos. O filme explora em meio a amizade de ambos assuntos por vezes tabus como sexo, paranóias, doenças e até mesmo bullying.
O interessante é que mesmo que a historia se passe a partir de 1976, o publico atual tem mais do que se identificar, já que vivemos em um mundo de amizades virtuais em que conversamos com pessoas longe da gente através dos computadores e o filme explora muito bem isso, em que mesmo na distancia, uma amizade verdadeira pode muito bem ser criada. Outra sacada do filme está pelo fato dos protagonistas quase não falarem, e sim boa parte do tempo da trama é narrada, enquanto os protagonistas agem através mais das suas expressões do que com as palavras sendo ditas.
Um filme para poucos, mas que vale a pena ser descoberto por essa geração que vive de amigos virtuais.