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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Cine Clássicos: Especial 110 anos de Alfred Hitchcock

JANELA INDISCRETA
Clássico do mestre do suspense de 1954 presta uma homenagem
ao próprio cinema

Sinopse: Em Greenwich Village, Nova York, L.B. Jeffries (James Stewart), um fotógrafo profissional, está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com um binóculo, quando vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um assassinato foi cometido.

O tal assassinato cometido no outro apartamento não passa de uma mera desculpa para que o mestre do suspense faça uma bela de uma brincadeira no roteiro. O personagem de James Stewart fica boa parte do tempo da projeção na cadeira de rodas enquanto fica distraído não só observando o suspeito de ter assassinado sua própia mulher como também a vida de cada um dos inquilinos através de suas janelas, fazendo que cada uma seja apresentada uma pequena historia, ou seja, um filme de cada um. Atenção para Grace Kelly no auge da beleza em cenas inesquecíveis.

Curiosidades: Em suas clássicas aparições em seus filmes, Alfred Hitchcock surge aos 26 minutos, ajustando o relógio do compositor, que mora no prédio em frente ao apartamento de Jeffries.
O set de filmagens de Janela Indiscreta foi todo ele baseado em uma quarteirão real da cidade de Nova York. O filme inclusive indica o endereço do apartamento de Jeffries - 125 7th Street -, mas este endereço não existe realmente.


Rebecca: A Mulher Inesquecível

Primeiro grande sucesso de Alfred Hitchoock nos EUA em 1940 (e unico da sua carriera a ganhar Oscar de melhor filme) explora os significados das verdades e mentiras através das sombras do passado Sinopse: Uma jovem de origem humilde (Joan Fontaine) se casa com um riquíssimo nobre inglês (Laurence Olivier), que ainda vive atormentado por lembranças de sua falecida esposa. Após o casamento e já morando na mansão do marido, ela vai gradativamente descobrindo surpreendentes segredos sobre o passado dele.


Um dos maiores méritos desse filme seja pelo fato da protagonista nunca aparecer de fato. Rebecca está morta, mas o resto dos personagens vivem para o bem e para o mau sobre sua sombra. Até o final da projeção fica a pergunta quem foi realmente essa mulher.
Joan Fontaine e Laurence Olivier esbanjam talento a todo momento mas é Judith Anderson que consegue criar uma das mais assustadoras vilãs da historia do cinema interpretando sra. Danvers empregada de Rebacca no passado

Curiosidades: Em suas clássicas aparições, o diretor Alfred Hitchcock surge no filme de Rebecca na rua, perto de uma cabine telefônica, aos 126 minutos de filme.
Durante o período de testes para a intérprete da Sra. de Winter, Laurence Olivier fez pressão para que a escolhida fosse sua namorada Vivien Leigh. Como Leigh terminou não sendo contratada, Olivier passou a tratar friamente Joan Fontaine, a escolhida para o papel. Percebendo a frustração de Fontaine com o tratamento recebido por Olivier e sabendo que era exatamente aquele sentimento que ela deveria passar à sua personagem, Hitchcock ordenou que todos nos sets de filmagens fizessem com que ela ficasse tímida e deslocada durante as filmagens, de forma a ajudá-la em sua performance em Rebecca, A Mulher Inesquecível.



Cine Dicas: Lançamentos em DVD

Essa mês começou bombando novamente nas locadoras. Além de Wolverine chegam outras duas pedidas que eu destaco e que valem a pena ser conferidas, não importa a qual preço, confiram:
VALSA COM BASHIR
Documentário em forma de animação mostra os horrores da guerra
de uma forma unica
inopse: O cineasta Ari Folman tenta recolher sua memórias da guerra do Líbano nos anos 80, mas percebe que se lembra de muito pouca coisa. Decide então conversar com amigos que estiveram no exército com ele.

Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.A trama trata de um assunto delicado de maneira bem original. Não conseguiu o Oscar, mas recebeu o Globo de Ouro e foi considerado o melhor filme de 2008 pela Sociedade Nacional de Críticos de Cinema dos EUA. O filme inova por apresentar um documentário no formato de animação. Nele o diretor Ari Folman exorciza sua experiência no exército israelense em 1982, quando participava da invasão ao Líbano, numa ação cheia de acontecimentos trágicos e violentos. Folman resolveu fazer o filme porque percebeu que, passados 25 anos não tinha mais lembranças daquele periodo. A medida que conversava com seus velhos amigos, sua memória começou a assombra-lo com imagens surreais. "Não queria um filme chato, com um homem de meia idade contando historias. Então tive a idéia de fazer uma animação com desenhos fantasticos. A guerra é uma coisa muito surreal e nossa memoria é tão enganosa que achei melhor seguir por sua jornada de lembranças com a ajuda de excelentes desenhistas" conta.O nome Valsa com Bashir faz referencias ao presidente do Libano, morto durante a invasão. Para vingar o atentado não esclarecido os libaneses exterminaram milhares palestinos de um campo de de refugiados. Segundo Folman, a produção do filme funcionou como uma terapia e o levou a uma conclusão. A de que "a guerra é tão inutil quanto é inacreditavel. Não tem glamour, não tem gloria, apenas jovens atirando em pessoas que não conhecem, sendo atingidos por tiros de pessoas que não conhecem e então voltam para casa tentando esquecer tudo aquilo.

Curiosidades: Foi o 1º filme de animação a ser indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.



DIVÃ

Do teatro para o sucesso no cinema, filme chega agora nas locadoras

Sinopse: Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher casada e com dois filhos que, aos 40 anos, tem a vida estabilizada. Um dia ela resolve, por curiosidade, procurar um analista. Aos poucos ela descobre facetas que desconhecia, tendo que contar com o marido Gustavo (José Mayer) e a amiga Mônica (Alexandra Richter) para ajudá-la.



Dirigido por José Alvarenga Jr., de Os Normais, a comédia Divã é baseada no espetáculo de teatro de mesmo nome, que veio de um livro da gaúcha Martha Medeiros. A peça, que foi vista por mais de 150 mil pessoas, também foi protagonizada por Lília Cabral. Quando o diretor foi assisti-la nos palcos, gostou tanto que foi até o camarim pedir que a atriz conseguisse autorização para que ele transformasse o espetáculo em um filme. Para o roteiro, ele chamou o ator Marcelo Saback, que também cuidou do texto na versão teatral.Para o publico que jamais foi assistir essa peça no teatro (uma injustiça) é mais do que uma bela oportunidade conferir esse belo filme que aos poucos vem conquistando os brasileiros numa fase que o nosso cinema brasileiro está firme e forte, seja na nossa terra, seja lá fora.

Curiosidades
: A peça teatral "Divã", na qual o filme foi baseado, teve mais de 175 mil espectadores ao longo de 150 apresentações.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cine Dicas: Lançamentos em DVD: X-Men Origens: Wolverine

Após final da triologia dos mutantes, herói canadense tenta carreira solo
Sinopse: A Equipe X é formada apenas por mutantes, tendo fins militares. Entre seus integrantes estão Logan (Hugh Jackman), o selvagem Victor Creed (Liev Schreiber), o especialista em esgrima Wade Wilson (Ryan Reynolds), o teleportador John Wraith (Will i Am), o atirador David North (Daniel Henney), o extremamente forte Fred J. Dunes (Kevin Durand) e ainda Bradley (Dominic Monaghan), que manipula eletricidade. No comando está William Stryker (Danny Huston), que envolve alguns componentes do grupo no projeto Arma X, um experimento ultra-secreto. Entre eles está Logan, que precisa ainda lidar com o desfecho de seu romance com Raposa Prateada (Lynn Collins).

Dirigido por Gavin Hood, filme da um resumo (e bota resumão nisso) de todas as origens apresentadas do personagem nos quadrinhos em um único filme de menos de duas horas.
Diferente da triologia dos x-men cinema, esse filme solo de Longan se concentra a todo momento em cenas de ação, algumas otimas (Wolverine de moto vs o helicoptero é otima) mas o filme não tem a mesma inteligencia e ousadia dos filmes anteriores mas agrada o fanático, mesmo o mais exigente. Destaque pela inúmeras participações de personagens do universo x, em destaque Dentes de Sabre ( Liev Shreiber, otimo) e a revelação do ano Ryab Reybolds (A Proposta) como mercenário falador Deadpool.
Curiosidades: Pouco menos de um mês antes de seu lançamento nos cinemas uma cópia não finalizada de X-Men Origens: Wolverine foi lançada na internet. Apesar dos inúmeros downloads, houve uma campanha dos próprios fãs para que o filme fosse visto nas salas de cinema.
Liev Schreiber treinou durante 3 meses, durante as filmagens de Um Ato de Liberdade (2008) na Lituânia, para se preparar para X-Men Origens: Wolverine.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cine Clássicos: Intriga Internacional

Cary Grant se mete no lugar errado e na hora errada neste clássico filme de espionagem de Hitchock
Sinopse: Um inocente executivo de publicidade, Roger Thornhill, confundido com um agente chamado George Kaplan, é perseguido através dos Estados Unidos por agentes de um misteriosa organização, que acreditam que ele esteja interferindo com o roubo de um microfilme secreto.
Em suas clássicas aparições, o diretor aparece logo no começo do filme, correndo para pegar ônibus.

Considerado por muitos criticos como um dos melhores filmes do diretor, pelo ritimo envolvente

e pelo elenco impecável. Sequencias elitrizantes como o ataque do avião contra o heroi no deserto e a caçada humana entre as célebres estátuas de quatro presidentes dos EUA, no monte Rushmore (Dacota do Sul). Roteiro primoroso de Ernest Lehman (que também escreveu o ultimo filme de Hitchcok, (Trama Macabra) e musica de BernardHerrman.

Curiosidades: As cenas do ataque do pequeno avião a Thornhill/Kaplan em campo aberto, foram copiadas, desta vez usando um helicóptero, no filme Moscou contra 007, o segundo da série dos filmes de James Bond.
As cenas da perseguição final e climax do filme, no
Monte Rushmore, estão entre as mais clássicas dos filmes de Hitchcock e do cinema.





sábado, 1 de agosto de 2009

Cine Dicas: Em cartaz: À DERIVA

Depois do genial Nina e da obra prima Cheiro do Ralo, o brasileiro Heitor Dhalia cria uma historia ambiciosa (e normal) com um toque internacional
Sinopse: Aos 14 anos, Filipa (Laura Neiva) passa as férias em sua casa de praia com os pais e os irmãos. Seu pai, Matias (Vincent Cassel) é como um herói para ela. Francês, naturalizado brasileiro, ele é um importante escritor existencialista, mas sente dificuldades para escrever seu próximo livro, sobre separação e confiança. Ao contrário da mãe, Clarice (Débora Bloch), que sempre está preocupada com o lado prático das coisas, Matias prefere levar uma vida tranqüila e se divertir com seus filhos.Quando não está em eventos sociais com os pais, Filipa sai com um grupo de amigos que também passa as férias no local. Lá, eles aos poucos vão descobrindo juntos os sentimentos e a sexualidade. Um dos garotos, Arthur, demonstra estar interessado na jovem, mas ela ainda não se sente preparada para assumir nenhum tipo de relacionamento maior que uma simples amizade. Assim, ela acaba dando esperanças para a amiga Juliana, que está gostando do rapaz.Além dos problemas típicos da adolescência, Filipa faz uma descoberta que a deixa À Deriva. Mexendo na gaveta de seu pai, ela fica sabendo que ele tem uma amante, uma americana que mora em uma casa próxima. A confiança que a menina tinha em Matias vai se tornando frágil, e ela não sabe se deve ou não contar para sua mãe. Quanto mais o tempo passa, mais a perfeita vida em família de Filipa se torna insuportável, com os pais brigando todo o tempo. A relação dela com Arthur e com seus pais faz com que aquele seja um verão que mudará totalmente sua vida.

Mesmo não adicionando a mesma estética ambiciosa ou uma trama bizarra (e genial) de seus filmes anteriores, À Deriva é reconhecido pelo próprio diretor como o seu trabalho mais maduro e cheio de ambição até agora e fazendo que o inicio da trama soe familiar para o publico em geral que tem passado ou passou por algo parecido em suas vidas. O ator francês Vincent Cassel (Pacto dos Lobos, Irreversível) e amante da trama (atriz americana Camilla Belle) dão toque internacional de um filme que vem abocanhando altos elogios desde que foi exibido em Cannes. Como já não bastasse isso o filme apresenta o mais novo talento, Laura Neiva que havia sido descoberta por acaso em um perfil do Orkut,, vencendo outras 600 atrizes na disputa pelo papel.
Com o sucesso no festival e sucesso de critica tanto aqui como lá fora, Heitor Dália está mais do que pronto para criar mais um novo filme provocador e diferente de tudo que se já viu. A Deriva por mais ótimo que seja é somente uma prova que existe normalidade na cabeça do diretor que possa fazer com que um filme seu saiba se comunicar com o publico em geral que acabara encontrando pontos com a historia.

Cine Clássicos: Especial 110 anos de Alfred Hitchcock: Psicose

Depois dessa obra prima de 1960, tomar banho no chuveiro jamais foi o mesmo
Sinopse: Secretária (Janet Leigh) rouba 40 mil dólares para se casar. Durante a fuga, erra o caminho e chega em um velho motel, onde é amavelmente atendida pelo dono (Anthony Perkins), mas escuta a voz da mãe do rapaz, dizendo, que não deseja a presença de uma estranha. Mas o que ouve é na verdade algo tão bizarro, que ela não poderia imaginar que não viveria para ver o dia seguinte.

Um dos filmes mais famosos do mestre de suspense, em que o soberbo dominio da técnica cinematográfica faz esquecer eventuais imperfeições do argumento e do roteiro. Os pontos altos são a fotografia em preto e branco de Jhon L Russell e a trilha sonora de Bernard Herrmano, o planejamento visual de Saul Bass, especialmente na cena do chuveiro e o desempenho de Perkins o melhor da sua carreira. Baseado no romançe de Robert Bloch, teve duas sequencias produzidas para o cinema e uma para a tv.
Curiosidades: O sangue na cena do chuveiro é na verdade calda de chocolate.
Psicose foi filmado em preto e branco por opção do próprio Alfred Hitchcock, que considerava que a cores o filme ficaria "ensanguentado" demais.

Cine Clássicos: Especial 110 anos de Alfred Hitchcock: Um Corpo Que Cai

Obra prima do mestre, de 1958 ainda causa vertigem Sinopse: Em São Francisco, um detetive aposentado (James Stewart) que sofre de um terrível medo de alturas é encarregado de vigiar uma mulher (Kim Novak) com possíveis tendências suicidas, até que algo estranho acontece nesta missão.

A trama em si inacreditável, serve a Alfred Hitchock, mestre no gênero, para um mergulho na alma humana, no amor e no medo. Obra de arte que se pode ver e interpretar de várias maneiras possiveis. Trilha sonora musical de Bernard Herrmano, uma das mais competentes do cinema.

Curiosidades: O diretor Alfred Hitchcock aparece em cena aos exatos 11 minutos de Um Corpo Que Cai, caminhando com um terno em frente ao estaleiro de Gavin Elster.
Na época recebido pela crítica com reservas, hoje Um Corpo Que Cai é considerado a obra-prima de Hitchcock.