quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Cine Especial: Revisitando 'Gremlins'

Há inúmeros filmes natalinos que ao longo da história se tornaram grandes clássicos. Porém, há casos de filmes que somente usam a data festiva como pano de fundo e encantam com a sua principal história que foge por completo do convencional. O clássico "Gremlins" (1984) é um desses casos em que o encanto desta data se mistura com um horror de humor ácido e que conquistou uma geração inteira.

A ideia da criação do longa foi baseada no conto do escritor  galês Roald Dahl em 1943, que foi piloto da Força Aérea e depois faria fama mundial com livros infantis como A Fantástica Fábrica de Chocolate, Mathilda e As Bruxas. Ele publicou um livro chamado "Os Gremlins", em que um piloto britânico, cansado de lidar com os Gremlins que provocavam falhas mecânicas em seu avião, se junta às criaturinhas para combater um inimigo comum: Hitler e a força aérea nazista.

A história conquistou o até então desconhecido Chris Columbus, que usou a premissa para criar uma história original onde as criaturas surgissem em uma típica cidade norte-americana em pleno natal. Na época, o todo poderoso Steven Spielberg adorou a história e decidiu se tornar produtor do filme, sendo que o próprio havia se tornado um dos maiores produtores de filmes que se tornaram verdadeiros sucessos de bilheteria nos anos oitenta. Já a direção ficou a cargo de Joe Dante, que já era conhecido através do clássico filme B "Piranha" (1978).

Na trama, Rand Peltzer (Hoyt Axton) é um "inventor" que, ao tentar dar um presente natalino único para seu filho, Billy Peltzer (Zach Galligan), compra em Chinatown um Mogwai, um ser aparentemente gracioso. Porém, regras essências para ter um Mogwai: nunca colocá-lo diante de uma luz forte e muito menos na luz solar, que pode matá-lo; nunca molhá-lo e, a regra principal, nunca o alimente após a meia-noite, mesmo que ele chore ou implore. Não demora muito para que Billy se descuide com relação a essas regras e faça com que surjam na cidade os Gremlins.

Eu assisti há vários na tv e já na época o filme havia me surpreendido pelo seu cruzamento com relação a magia do natal com um teor mais sombrio. Ao meu ver havia um dedo de Spielberg na produção, pois o realizador foi responsável pelos melhores filmes de aventura e fantasia da época. Ao mesmo tempo, se nota que Joe Dante também teve a sua liberdade intacta para desenvolver cenas assustadoras e que fugiam do convencional, e olha que estamos falando de um filme que as crianças assistiam, se horrorizam, mas ao mesmo tempo se encantaram pelo conto.

Talvez o ponto certeiro foi terem criado o pequeno Gizmo como o único Gremlin bonzinho da trama e conquistando a simpatia do público sempre quando surgia em cena. Agora, é preciso reconhecer os esforços para a criação das tais criaturas, já que estamos falando de um tempo que não havia CGI e tudo era feito a mão e com o melhor que a tecnologia da época poderia oferecer. Eles foram criados usando uma combinação de efeitos práticos, como animatrônicos, fantoches, marionetes e até stop-motion.

O resultado possui um peso que é sentido até hoje, já que tanto sentimos a fofura de  Gizmo, como também o teor diabólico e brincalhão dos Gremlins malvados. A minha cena favorita é justamente quando eles saem dos seus casulos já transformados e começam atacar a mãe do protagonista, interpretada pela atriz Frances Lee McCain. Vale destacar que nesta cena ela dá um verdadeiro show de atuação, já que ela transmite medo perante a situação, mas ao mesmo tempo disposta a encarar no mano a mano os pequenos seres.

Outro fator curioso é a maneira como as criaturas interagem com as coisas dos seres humanos e protagonizando cenas hilárias como aquelas do bar em que eles estão dançando, fumando, bebendo e ouvindo música. Ao meu ver existe uma mensagem subliminar nisso, já que eles sucumbiram ao mesmo consumismo que os seres humanos convivem em seu dia a dia. O filme por sua vez transita com relação a magia do natal, mas ao mesmo tempo revelando uma sociedade cada vez mais consumida pelo consumismo desenfreado como um todo.

Ao mesmo tempo, o filme trata de assuntos delicados como o fato que nem todas as pessoas ficam felizes quando chega essa data festiva e sendo vistas como pessoas estranhas. A melhor personagem que representa isso é sem sombra de dúvida  Kate, interpretada pela jovem atriz Phoebe Cates e que fala sobre um passado sombrio e os motivos que a levaram a não gostar mais do natal. Me lembro desta história que ela contou e que assombrou uma geração inteira.

Como não poderia deixar de ser, principalmente ao se tratar de uma obra de Steven Spielberg, o filme está cheio de referências aos filmes de sua autoria, mas ao mesmo tempo com relação aos outros clássicos do cinema. A cidade onde acontecem os eventos em si remete ao clássico "A Felicidade Não se Compra" (1946) e que até hoje é apontado como um dos melhores filmes natalinos da história. Ao mesmo tempo o filme sintetiza a paranóia com relação ao estrangeiro, com relação ao comunismo e não faltam referência a isso, principalmente ao inserir uma cena clássica do filme "Invasores de Corpos"(1956) e do qual era uma metáfora com relação a mentalidade norte americana perante os tempos da União Soviética.

Mas talvez um dos melhores exemplos de homenagem que o filme faz a sétima arte é quando as criaturas vão ao cinema e assistem ao clássico "Branca de Neve e os Sete Anões" (1937). Curiosamente, foi através dessa cena que eu tive o primeiro contato com o filme da Disney, sendo que havia ainda muita restrição do estúdio em exibir os seus clássicos na tv aberta e tendo somente a chance de assistir anos depois em VHS. Um exemplo claro de como um longa pode abrir uma janela para conhecermos outros clássicos.

O longa estreou na mesma época de outro filme que se tornaria um verdadeiro clássico que foi "Os Caça Fantasmas" (1984). Embora com grande concorrência, o filme arrecadou US$ 212,9 milhões, contra um orçamento de US$ 11 milhões e se tornando a quarta melhor bilheteria daquele ano. Logicamente não demorou muito para que surgissem outras imitações como no caso da franquia "Criaturas" iniciada em 1986 e que, para a surpresa de muitos, revelou o até então jovem ator Leonardo DiCaprio. "Gremlins" teria a sua própria continuação lançada em 1990 e até hoje os fãs esperam por uma possível terceira parte.

"Gremlins" é um verdadeiro clássico natalino, mas cuja magia festiva transita com elegância  com um horror hilário e até mesmo a frente do seu tempo.  


Onde Assistir: HBO Max. 

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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (25/12/25)

 VALOR SENTIMENTAL

Sinopse: Gustav sempre foi um diretor de cinema brilhante e um pai distante de Nora e Agnes. Quando a mãe das duas irmãs morre, ele reaparece com uma novidade: quer rodar o seu projeto mais pessoal na casa que era da família e com a filha mais velha como protagonista. Mas Nora recusa o papel e Gustav resolve entregá-lo para uma jovem e entusiasmada estrela de Hollywood, que logo percebe que se envolveu em um doloroso e íntimo drama familiar. O filme conquistou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2025.


VIZINHOS BÁRBAROS

Sinopse: A comunidade de Paimpont, uma pequena cidade do norte da França, aceita receber uma família de refugiados ucranianos que foge da guerra da Rússia contra a Ucrânia. A acolhida terá uma compensação em subsídios do governo e também a gravação de um documentário sobre a região. Mas, devido a falta de ucranianos, quem desembarca em Paimpont é uma família de sírios, que não é bem aceita por parte dos moradores.


ANACONDA

Sinopse: Os melhores amigos Griff e Doug partem para as selvas da Amazônia para filmar um reboot de seu filme favorito de todos os tempos, Anaconda. No entanto, a vida logo imita a arte quando uma anaconda gigantesca com sede de sangue começa a caçá-los.

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quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

NOTA: FELIZ NATAL CINÉFILOS

 

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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Cine Dica: Streaming - 'A Longa Marcha: Caminhe ou Morra'

 Sinopse: Adolescentes participam de uma competição extenuante e de alto risco onde devem caminhar continuamente ou são baleados por um membro de sua escolta militar.  

Vindo dos vídeo clipes Francis Lawrence começou a realizar longa metragens a partir do hoje cultuado "Constantine" (2005) e se envolvendo em filmes de verão norte americano como "Eu Sou A Lenda" (2007). Porém, foi a partir do momento que se envolveu na franquia "Jogos Vorazes" que o realizador transitou em fazer um cinema autoral, mas ao mesmo tempo fazendo algo que agradasse o estúdio e ao mesmo tempo o grande público. "A Longa Marcha: Caminhe ou Morra" (2025) é um filme em que ele soube usar elementos do qual ele usou ao longo da carreira, mas ao mesmo tempo respeitando a essência literária de Stephen King.

Baseado na obra literária lançada em 1979, o filme se passa num futuro distópico em que os Estados Unidos vivem sob um regime autoritário em que uma competição mortal recruta todo ano um grupo de cinquenta jovens meninos para o que eles chamam de A Longa Marcha. Um dos escolhidos desse ano é o adolescente Ray Garraty e a regra é clara: se mantenha caminhando, sem parar para não ser baleado enquanto essa prova brutal de resistência é transmitida para milhares de espectadores ao redor do país.

Já acostumado em dirigir ficções distópicas, Francis Lawrence capricha ao fazer com que uma caminhada a céu aberto se torne algo completamente claustrofóbico, onde aos poucos vemos os jovens sucumbindo um a um para morte certa na estrada. Logicamente, o roteiro se concentra em alguns, principalmente na dupla central, interpretados pelos atores Cooper Hoffman e David Jonsson, sendo que esse último sintetiza o lado positivo de uma realidade opressora, mesmo quando ela corre o sério risco de mudá-lo ao longo da jornada. O filme explora o lado humano perante a desumanidade, que vai desde amizade, tolerância e sacrifício perante o próximo.

O grande charme do filme é sem sombra de dúvida o fato de conhecermos esses personagens através de ótimos diálogos, dos quais eles não cansam, pois sempre há uma tensão de que algo pode acontecer a qualquer momento. Ao mesmo tempo, é impressionante que uma história criada no final dos anos setenta funcione até nos dias de hoje, já que estamos falando de um país norte americano dividido devido às suas ambições e cuja temática se encontra mais atual do que nunca. A meu ver desde cedo Stephen King enxergou o lado cru do mundo real, independentemente de ter usado ou não o lado fantástico e costumeiro das suas obras.

O final com certeza irá levantar diversas discussões, principalmente pelo fato que a mensagem principal é não se vender ao sistema mesmo quando ele lhe dá a chance de mudar de vida. Acima de tudo a humanidade ainda é preciosa, mesmo quando a própria se entrega pelo lado bestial da vida. "A Longa Marcha: Caminhe ou Morra" é um reflexo de ontem e hoje de um mundo cada vez mais desumano e sucumbindo a um sistema movido somente por número de mortos. 



Onde Assistir: Apple TV

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Cine Dica: Streaming - 'Chainsaw Man: O Filme - Arco da Reze'

Sinopse: Continuação cinematográfica do anime, focando no encontro de Denji com a misteriosa garota de café, Reze, que o atrai para um romance e, em seguida, para uma batalha intensa.    

O ano de 2025 será lembrado por diversos fatores e dentre eles o grande sucesso dos animes no cinema. "Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Castelo Infinito" foi um que surpreendeu a todos e provando que esse mercado pode gerar um grande lucro desde que possua um ótimo conteúdo. Comendo pelas beiradas surgiu do nada "Chainsaw Man: O Filme - Arco da Reze" (2025), filme que é continuação direta de uma série de sucesso e me surpreendendo pela sua qualidade gráfica e trama inusitada.

Dirigido por Tatsuya Yoshihara, o filme é uma trama derivada dos mangás de Tatsuki Fujimoto, Denji faz um acordo com o demônio Pochita após sofrer um ataque fatal para permanecer vivo como o Homem-Motosserra. Envolvido em uma guerra de demônios e caçadores, ele acaba conhecendo Reze, uma menina misteriosa que vira seu mundo de cabeça para baixo, levando Denji a embarcar na batalha mais arriscada de sua vida com o coração na mão.

Inicialmente é preciso deixar claro que eu não assisti a primeira temporada e, portanto, fui assistir esse filme sem nenhum conhecimento prévio. Porém, eu compreendi que esse universo há demônios para serem caçados e mortos enquanto há uma organização formada tanto por anjos como demônios. Simples e direto, muito embora a assistindo a série sirva para apreciar melhor o filme como um todo.

O longa, logicamente, foca Denji em seu dia a dia como um rapaz comum e ao mesmo tempo sendo um Homem-Motosserra nas horas vagas. Mas o filme ganha realmente a sua forma a partir do momento que ele conhece a misteriosa Reze e fazendo com que a relação entre os dois se torne o coração pulsante do filme. É então que o anime nos brinda com belas cenas, onde mais parece um mosaico cheio de detalhes e os nossos olhos só agradecem.

Porém, estamos falando de um anime de ação e quando ele acontece é então que o longa vira uma montanha russa de violência, sangue e muitas decapitações. Fazia tempo que eu não assistia um anime tão violento e confesso que até havia me esquecido que esse tipo de arte de animação gosta de explorar em potência máxima, tanto no seu modo visual, como também uma trama que extrapola a beira do bestial. Comparado a isso a franquia "Dragon Boll" não passa de brincadeira de criança.

Ao final ficamos até mesmo com sentimentos conflituosos com relação aos personagens, mesmo quando a gente tem a total consciência que um deles é responsável por ter matado um monte de gente. O final é explosivo, melancólico e fazendo eu desejar conhecer a série de imediato.  "Chainsaw Man: O Filme - Arco da Reze" é um cartão de visita para aqueles que nunca conheceram esse universo, mas ao mesmo tempo um prato cheio para aqueles que já estão familiarizados.   


Onde Assistir: Apple TV e Amazon Prime.

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sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Cine Especial: 'O Enigma da Pirâmide - 40 Anos Depois'

Sherlock Holmes é a criação máxima do escritor Árthur Conan Doyle, sendo que o próprio jamais imaginaria que o seu personagem iria tão longe e sendo até mesmo lembrado em pleno século vinte um. Mas sinceramente eu demorei a conhecer os seus livros protagonizados pelo personagem, sendo que o mesmo só fui conhecê-lo em desenhos animados dos anos oitenta, ou em filmes que posteriormente fui assistir. O primeiro que me vem à cabeça é   "O Enigma da Pirâmide - 40 Anos Depois" (1985).

Embora seja protagonizado pelos personagens criados por Árthur Conan Doyle, o filme possui uma trama original, onde nos coloca a frente com uma proposta interessante: e se Sherlock Holmes e Dr. Watson tivessem se conhecido quando ainda eram jovens? A resposta veio nesta produção dirigida por  Barry Levinson, com roteiro de Chris Columbus  e produção de Steven Spielberg. Revendo o filme percebo uma coisa curiosa.

A trama se passa em Londres no ano de 1985, onde a dupla central se conheceram em uma grande escola. Já se nota que o local remete ao que veremos posteriormente na franquia Harry Potter, sendo que até mesmo alguns personagens lembram bastante aqueles que foram escritos pela escritora J. K. Rowling. O filme teria servido de inspiração para a escritora?

Revendo o filme quarenta anos depois se nota certa semelhança, tanto é que o próprio Chris Columbus  viria a dirigir os dois primeiros filmes do jovem bruxo no início do século vinte um. Porém, o filme possui muito do dedo de Steven Spielberg, sendo que o diretor era também produtor dos principais sucessos de filmes de aventura dos anos oitenta. Portanto, em determinada passagem do filme, qualquer semelhança com o longa "Indiana Jones: E o Templo da Perdição" (1984) não é mera coincidência.

Outro fator que vale destacar desta produção é que foi o primeiro filme a apresentar um personagem totalmente feito em CGI.  A famosa cena do  cavaleiro de vitral foi desenvolvida pelo estúdio Industrial Light & Magic de  George Lucas e gerando algo extremamente realista para a época. Porém, o filme é muito bem lembrado também com o uso de efeitos práticos da época, como no caso do stop motion que ainda estava na moda.

Tanto Nicholas Rowe como Alan Cox se saem bem como a dupla central da trama, sendo que Nicholas nos convence muito bem como o futuro Sherlock e nos passando os sinais da pessoa que viria a se tornar. Curiosamente, há elementos sobre o seu passado que são rapidamente explorados, mas que com certeza teriam sido melhor aprofundados se tivesse havido uma continuação. Vale destacar a boa atuação da até então jovem atriz Sophie Ward, que aqui faz o par romântico de Sherlock e tendo papel primordial na construção de sua personalidade.

Embora o filme seja lembrado com carinho por aqueles que assistiram diversas reprises em uma distante Sessão da Tarde, a produção não foi o sucesso esperado pelos produtores e nunca obteve uma continuação. Porém, todos os sinais que haveria uma sequência estava lá, sendo que uma grande revelação somente acontece nos segundos finais do longa e fazendo com que os fãs de Árthur Conan Doyle ficassem eufóricos na época. Curiosamente, o filme somente termina após o término dos créditos finais, sendo algo raro para aquela época e algo similar o que outro clássico "Curtindo a Vida Adoidado" (1987) faria.

"O Enigma da Pirâmide" é uma bela homenagem à obra de Árthur Conan Doyle e que boa parte da geração dos anos oitenta conheceu a sua principal criação neste bom filme de aventura escapista. 

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Cine Dica: Última sessão do ano no Clube de Cinema: Quatro Noites de um Sonhador (20/12) na Cinemateca Paulo Amorim

Nosso último encontro de 2025 já tem local e data marcada: será no sábado, dia 20 de dezembro, às 10h15 da manhã, na Cinemateca Paulo Amorim, com a exibição de Quatro Noites de um Sonhador, romance delicado e melancólico de Robert Bresson, inspirado livremente no conto Noites Brancas, de Fiódor Dostoiévski.

Ambientado nas noites de Paris, o filme acompanha o encontro entre Jacques, um jovem pintor solitário, e Marthe, uma mulher à beira do desespero. Ao longo de quatro dias, os dois vagam pela cidade compartilhando dores, expectativas e ilusões amorosas. Em uma de suas obras mais singulares, Bresson tensiona o romantismo e o desencanto, construindo um retrato sutil sobre solidão, desejo e a fragilidade da idealização amorosa.

As camisetas do Clube de Cinema serão distribuídas na sessão aos associados que as encomendaram. Aqueles que não puderem comparecer no sábado e queiram pegar as suas, podem entrar em contato com a Kelly, nossa diretora de comunicação, através do WhatsApp: (51) 98135-0432. Lembrando que as camisetas voltarão a ser distribuídas nas sessões de janeiro de 2026!


Confira os detalhes da sessão:


ÚLTIMA SESSÃO DO ANO NO CLUBE DE CINEMA!

📅 Data: Sábado, 20/12, às 10h15 da manhã

📍 Local: Sala Eduardo Hirtz – Cinemateca Paulo Amorim

Casa de Cultura Mário Quintana – Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre


Quatro Noites de um Sonhador (Quatre nuits d’un rêveur)

França, 1971, 87 min, 16 anos

Direção: Robert Bresson

Elenco: Isabelle Weingarten, Guillaume des Forêts, Maurice Monnoyer, Lidia Biondi, Patrick Jouanné

Sinopse: Jacques, um jovem pintor solitário, conhece Marthe, uma mulher abandonada pelo amante, nas noites de Paris. Durante quatro dias, os dois caminham pela cidade enquanto lidam com expectativas amorosas distintas. Inspirado em Noites Brancas, de Dostoiévski, o filme observa o desencontro entre idealização e realidade afetiva.


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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (19/12/25)

 AVATAR: FOGO E CINZAS

Sinopse: Depois de uma perda devastadora, a família de Jake e Neytiri enfrenta uma tribo Na'vi hostil, os Ash, liderada pelo implacável Varang, à medida que os conflitos em Pandora se intensificam e surgem novos dilemas morais.


A EMPREGADA

Sinopse: Millie é uma mulher passando por dificuldades que se sente aliviada com a chance de um novo começo como empregada doméstica de Nina e Andrew, um casal rico. Logo, ela descobre que os segredos da família são muito mais perigosos do que os seus.


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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Cine Dica: Streaming - 'Invocação do Mal 4: O Último Ritual'

 Sinopse: Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren tentam banir um demônio da casa de uma família.  

Quando James Wan lançou o primeiro "Invocação do Mal" (2013) talvez ele nem imaginava que o filme geraria tanto sucesso e criaria até mesmo um universo compartilhado de horror. Houve ao todo três continuações, além de todos os derivados, tanto os positivos como "Annabelle", como os negativos como "A Freira". "Invocação do Mal 4: O Último Ritual" (2025) é uma carta de adeus para aqueles que gostaram de todos os filmes, mesmo quando o capítulo se repete nas mesmas fórmulas já saturadas e vistas durante toda a franquia.

Dirigido por Michael Chaves, Ed e Lorraine se veem obrigados a encarar seus maiores medos, colocando suas vidas em risco em uma batalha final contra forças malignas. A trama se inicia no passado quando Lorraine dá a luz a sua filha que quase morreu durante o parto devido uma misteriosa força demoníaca. Anos se passam e ela força maligna começa assombrar uma inocente família.

Quando o terceiro filme, "Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio" (2021) foi lançado eu já achava que estava na hora da franquia se encerrar, pois já estava começando a ficar repetitivo e dando a entender que os produtores inventaram de tudo para continuar com os filmes para gerar lucro. Ao menos, por enquanto, dá a entender que esse quarto filme encerra as aventuras do casal Warrren no cinema, mesmo com algumas pontas que poderiam ser exploradas em um eventual derivado futuro. Neste último caso, por exemplo, não é de se estranhar que novamente a boneca Annabelle fique surgindo quase o tempo todo no decorrer do filme, já que foi um derivado que deu certo até certo ponto.

Confesso que a abertura do filme me emocionou muito e os jovens atores que fazem as versões jovens de Ed e Lorraine realmente nos convence em cena. Só por causa dessa abertura já é o suficiente para que o filme mantenha a nossa atenção, mesmo quando nos passa a todo momento aquela sensação de Déjà vu. Michael Chaves até tenta, mas não é um James Wan e sua direção é somente ok e não acrescenta em nada ao legado criado pelo primeiro filme lá atrás.

Mas como não poderia deixar de ser, o coração do filme pertence mesmo a Patrick Wilson e Vera Farmiga, que desde o primeiro filme nos transmitiam uma química perfeita e é muito difícil hoje imaginar sem eles na história. Sarah Catherine Hook até que se esforça, mas dificilmente obterá sucesso caso a sua personagem ganhe algum derivado, o que não me surpreenderia. Em tempos em que o cinema norte americano se encontra cada vez menos inspirado, cada possibilidade de um possível derivado é sempre colocada na mesa dos engravatados.

Em suma, o filme diverte do começo até o seu final que se encerra de forma nostálgica, melancólica e colocando um ponto final na história desse querido casal. É um filme feito mais para os fãs apreciarem e não dando espaço para aquele cinéfilo que procura algo que o desafie. Em um ano que o cinema de horror nos impressionou pela sua criatividade, esse filme vem somente como um acréscimo e não algo que dê um passo à frente.

"Invocação do Mal 4: O Último Ritual" pode não ser o melhor da franquia, mas ao menos o casal


Onde Assistir: HBO MAX
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