Com o filme Batman: O Cavaleiro das
Trevas Ressurge nos cinemas, vamos recapitular todas as aventuras do homem
morcego que já teve no cinema, confiram:
Batman, o Homem-Morcego
Sinopse: Em Gotham City,
Charada (Frank Gorshin), Pinguim (Burgess Meredith), Coringa (Cesar Romero) e
Mulher-Gato (Lee Meriweather) roubam uma invenção secreta e planejam usá-la de
forma maléfica. Além disto, planejam também destruir o Homem-Morcego e o
Menino-Prodígio.
Longa metragem produzido para o
cinema em 1966, na esteira do sucesso da série de TV, e não ao contrario, como
é de costume. Tudo é escrachadamente divertido, usando e abusando da linguagem
das HQ daquele período mais inocente dessa arte. Cores fortíssimas, angulações
de câmera inclinada, interpretações beirando ao circense e diálogos absurdos e
engraçados, mantém o filme num pique de bom humor constante.
É um filme que deu certo no seu
tempo, que embora tenha envelhecido muito para alguns, é prato cheio para os
fãs do homem morcego, que buscam nem sempre uma visão sombria do herói. Não faltam
cenas clássicas desse filme, mas uma que imediatamente se tornou clássica, foi
aquela que Batman (Adan West), fica correndo para todos os lados com uma bomba
redonda e tenta se livrar dela para não ferir ninguém, mas sempre surge algo no
caminho para atrapalhar. Para aqueles que assistiram a ultima superprodução do herói
do cinema, fica mais do que claro que o diretor Nolan prestou uma homenagem a
essa cena, e quem já assistiu o filme, sabe o que eu estou falando.
Neste final de semana, participei
do curso sobre a obra de David Lynch, criado pelo CENA Um e ministrado pelo critico
de cinema Rafael Cicarelli. No inicio da atividade, Cicarelli perguntou para
cada aluno, qual foi o primeiro contato que tiveram com o universo de Lynch e a
maioria deram a mesma resposta: CIDADE DOS SONHOS!
É curioso isso, já que David
Lynch já era um diretor bem conhecido no Brasil, graças a filmes como Veludo
azul e a série Twin Peaks, mas Cidade dos Sonhos parece que pegou uma fatia de
publico muito maior, que simplesmente não conhecia muito a filmografia, tão
pouco o cineasta. Eu, por exemplo, fui um desses muitos que conheceram o
cineasta apartir dessa obra, e mesmo já tendo visto todos os seus filmes
posteriormente, Cidade dos Sonhos é disparado o meu preferido, não só da
filmografia dele, como também um dos meus filmes preferidos da minha vida (perdendo
somente para Blade Runner). Como Cidade dos Sonhos estava na ponta da língua de
todos, Cicarelli decidiu adentrar mais no universo de Lynch, através dos outros
filmes do cineasta, desde a Eraserhead a Império dos Sonhos.
Nestes dois dias, pude perceber
que Lynch realmente possui uma visão e linguagem cinematográfica única (embora
me lembre de outros cineastas como Stanley Kubrick), onde ele cria situações em
seus filmes, nas quais se torna um verdadeiro quebra cabeça, o que torna a
sessão de cada uma de suas obras algo incomum. Pegamos, por exemplo, Estrada
Perdida (o preferido de Cicarelli), em que o filme começa com o personagem de
Bill Pullman dentro de sua casa e atendendo o interfone. Alguém do outro lado
diz essas seguintes palavras:“Dick
Laurent está morto! O personagem ouve sirenes de policia, e quando ele vai até
a janela, para ver o que esta acontecendo, ele vê a rua vazia. No final do
filme, após inúmeras situações e reviravoltas surpreendentes, vemos o
personagem de Pullman retornando a sua casa e falando no interfone a frase, “Dick
Laurent está morto!
Ou seja, ele no inicio do filme, ouviu ele
mesmo falando no interfone. Parece confuso? Para os marinheiros de primeira viajem
pode até ser, mas para os fãs do diretor isso é normal na filmografia do
cineasta e uma forma fabulosa de testar a mente de quem assiste, pois é uma forma
de se criar inúmeras teorias sobre o que a pessoa viu no decorrer do filme.
Muito embora, é maravilhoso que Lynch, mesmo fiel ao seu universo misterioso e
bizarro, possa criar um filme emocional e com começo, meio e fim como Historia
Real, que embora mantenha alguns aspectos já conhecidos do cineasta, o filme é
uma pequena jóia de sua filmografia, onde todos podem muito bem se identificar,
na grande jornada do velho veterano, dirigindo seu cortador de grama, até
chegar à casa de seu irmão doente.
Porém, Lynch é sempre Lynch, e em ultimo longa
metragem, o diretor aproveita ao máximo a sua forma de fazer cinema com Império
dos Sonhos. Usando tecnologia digital, o cineasta joga a personagem Laura Dern
em situações, que aparentemente parece ser um sonho, quando na verdade parece
ser um filme dentro de um filme, mas que talvez sejam lembranças ou sonhos de outra
pessoa e que na verdade essa pessoa, possa estar assistindo tudo que a
personagem de Laura Dern está passando. Confuso? Esse é o universo de Lynch doa o que
doer, e Império dos Sonhos, talvez seja o ápice da carreira do diretor, nesta
forma de apresentar uma historia. Com isso, muitos se perguntam o que virá
depois, se ele irá se superar, se estabilizar ou fazer um filme mais
convencional, o que eu acho muitíssimo difícil, pois Lynch sempre foi um
diretor que vai contra a maré da industria cinematográfica, que tanto gosta de
apresentar um filme mastigado para o publico. Enquanto nadar contra a maré, temos
mais que agradecer, pois sempre teremos então, uma trama que foge do convencional
e que torna a obra, uma sessão no mínimo curiosa e surpreendente.
Abaixo, segue todos os posts
sobre os filmes que eu escrevi do diretor.
Sinopse:
Oito anos se passaram desde que Batman desapareceu na noite e passou de herói
para fugitivo. Ao assumir a culpa pela morte de Harvey Dent, o Duas Caras, o
Cavaleiro das Trevas sacrificou tudo pelo que ele e o Comissário Gordon
esperavam ser o melhor. Por um tempo a mentira funcionou, com a criminalidade em Gotham City sendo
destruída pela lei anti-crime de Dent. Mas tudo irá mudar com a chegada de uma
ladra com interesses misteriosos. Muito mais perigoso, porém, é o aparecimento
de Bane, um terrorista mascarado cujos planos cruéis para Gotham buscam tirar
Bruce de seu exílio autoimposto, mas mesmo usando novamente seu capuz e sua
capa, Batman pode não ser páreo para Bane.
Christopher
Nolan é acima de tudo um cineasta autoral, que além de oferecer um grande espetáculo
para os cinéfilos, consegue fazer o que ele mais gosta que seja a criação de um
universo realista, em que envolve elementos, que por mais que sejam fantásticos,
se tornam criveis para os nossos olhos. Quando ele se lançou na criação de
Batman Begins em 2005, ele tinha em mãos um herói humano, sem poderes e com um
passado trágico, no qual ele acabou se aproveitando desses ingredientes, para não
somente fazer um filme de origem, como também um filme que faz uma critica as
grandes metrópoles do mundo, em que o sistema se encontra quebrado e faz com
que cada vez mais os cidadãos se afundem na miséria e corrupção. Batman: O
Cavaleiro das Trevas vai além, pois não somente retrata justiça x criminalidade,
como também o poder sem limites da maldade do ser humano, que não possui desejo
por nenhum lucro, mas simplesmente ver o mundo pegar fogo e fazer com que as
pessoas despertem seus lados mais sombrios e indesejados.
Com tudo isso, chegamos a Batman: O Cavaleiro das
trevas ressurge que nada mais é do que a união de todos esses elementos vistos
nos filmes anteriores, para a criação de uma metáfora de dimensões gritantes
sobre o mundo “pós” 11 de setembro. Como nenhum outro, Nolan cria uma trama no
primeiro ato sem pressa, gradual, pois cada personagem no decorrer do filme
terá o seu papel essencial num conflito, em que testara os nervos e à conduta
de seus personagens. Dos já conhecidos, novamente Gordon (Gary Oldman) retorna,
para encarar uns fantasmas do passado, mas também a espaço para novos
personagens, como o detetive John
Blake (Joseph Gordon-Levitt), que terá papel crucial na trama, assim como a
personagem Miranda Tate, que embora seja interpretada pela talentosa Marion Cotillard
(Pina), seu desempenho soa às vezes forçado, principalmente em momentos cruciais
em que se exigia mais da atriz.
Assim como no primeiro filme, a trama foca novamente não
na figura de Batman, mas sim no homem por de traz da mascara, sendo que Christian
Bale passa todas as dores físicas e emocionais de um homem preso em suas
escolhas para um bem maior e sem poder desfrutar das felicidades que poderia
adquirir. Apartir do momento em que conhece uma habilidosa ladra chamada Selina
Kyle (Anne Hathaway, ótima), se cria então uma serie eventos que o fará vestir
novamente o manto do morcego, mesmo no contra gosto de seu fiel mordomo Alfred,
onde Michael Caine se sobressai em momentos dignos de indicação ao Oscar, onde
ele consegue passar toda a dor e o desejo de ver o seu patrão livre e longe
desse fardo de dor e sofrimento.
Após a apresentação de todos os piões, é feito o
cheque mate no segundo ato, digno de filmes catástrofes, orquestrado pelo vilão
Bane.Tom Hardy teve a missão
ingrata de interpretar um personagem, que não era só mal visto pelos fãs das HQ,
como também era justamente um vilão que substitui a memorável presença do
Coringa de Ledger do filme anterior. Para a sua sorte, Nolan sabia do vespeiro
que estava se enfiando, e graças a sua boa direção de atores, conseguiu extrair
ao máximo, um desempenho positivo de Hardy, em que sua expressão dos olhos e seus
trejeitos do corpo, fazem do personagem se sobressair, em momentos cruciais em
que se exigiu muito do ator. Não é um
vilão que deseja fazer uma reflexão, mas sim concluir o que a Liga das Sombras
do passado começou, mas de uma forma dura, sem papas na língua e fazendo da
cidade Gotham refém do medo. O embate do herói e do vilão é digno de aflição,
em que vemos o herói ser massacrado, tanto fisicamente como psicologicamente e
deixando a cidade a mercê dos horrores que vem a seguir. Nestes momentos, o
compositor Hans Zimmer prova porque é um
dos melhores artistas desse ramo atualmente, pois os momentos que exige emoção,
ele cria uma trilha que se casa, tanto com a personalidade de cada um dos
personagens, como também fazer da própria trilha parte da historia. A cena em que Bruce precisa sair a
todo custo do buraco (não só literalmente como totalmente) é o momento que a
trilha dispara em nossos ouvidos e nos faz agente desejar que ele se erga, num
dos momentos que da vontade de gritar as mesmas palavras que os prisioneiros do
buraco estão gritando (ressurja).
Embora
o terceiro ato seja reservado para momentos alucinantes, é de se espantar como
Nolan não se entrega facilmente a efeitos visuais mirabolantes, pois tudo que
vemos ali até o fim é mais para um lado mecânico, comprovando sua obsessão pelo
real dentro da ficção. Mas por mais que aja ação, são os personagens que fazem
a trama se mover, principalmente em momentos cruciais onde todos serão testados
perante uma situação avassaladora, que para o bem ou para o mal, estarão todos
envolvidos e que cabem as ações de cada um, decidir o que for melhor para eles.
É neste ponto que verdades e mentiras são postas em cheque, onde nem tudo que
agente acreditava era de falto real, sendo que Nolan, desde os tempos de O
Grande Truque, fazia muito bem, e dessa forma, nos brinda com situações que fazem
agente pular da cadeira.
Embora
os últimos minutos do ato final sejam um tanto que apressados, Nolan encerra de
uma forma satisfatória, a sua visão pessoal de Batman para o cinema, principalmente
no momento em que ele nos brinda (assim como no final de A Origem) com uma cena
ambígua estrelada por Alfred. Ele esta tomando café emFlorença, e por um momento,
tem uma agradável visão, que embora muitos cinéfilos irão acreditar naquilo,
por outro lado, não se pode ter certeza que o que ele viu seja real, ou apenas
um desejo de um sonho que ele tinha e que pudesse se tornar realidade. Cabe
cada um ter sua própria interpretação sobre o que aconteceu ali, e só por esse
momento, é que Nolan faz a trilogia fechar com chave de ouro e encerrar uma era
do Batman no cinema como nenhuma outra alcançou, que fará falta e que dificilmente
uma nova versão futura irá superar essa facilmente.
Enfim, encerro hoje esse especial sobre o cineasta David Lynch, que antecede a minha participação no curso do CENA UM, no qual ele será o principal assunto. Espero que aqueles que me acompanharam junto comigo no universo desse mirabolante cineasta, tenha tido o gosto de rever ou então conhecer esses filmes, que na maioria deles, proporciona uma sessão no mínimo interessante e diferente do convencional.
Após o curso, aguardem um especial extra sobre o diretor, que reúne num único post, todas as matérias que eu publiquei até aqui sobre ele. Quem for participar comigo amanhã na atividade, nos vemos por lá.
IMPERIO DOS SONHOS
Sinopse: Nick Grace é uma
atriz casada que é convidada para fazer um filme dirigido por Kingsley Stewart.
Será a refilmagem de uma produção polonesa cujos protagonistas morreram durante
as gravações. Aos poucos ela vai se envolvendo com o ator principal do filme.
Inicia-se então uma trama em que a realidade e a ficção se misturam.
Digamos que Império dos Sonhos
encerra uma espécie de trilogia dos sonhos, ou então sobre uma critica pessoal
que David Lynch faz com relação à Hollywood, que começou apartir de Estrada
Perdida, que continuou com Cidade dos Sonhos (meu favorito) e se encerra de uma
forma tão enigmática, e porque não dizer abstrata. Apartir desse filme, Lynch
pegou o gosto de filmar a trama digitalmente, abandonando de uma vez a película.
Segundo as suas próprias palavras, torna o trabalho de se filmar muito mais fácil,
o que faz fluir muito melhor suas idéias vindas de sua mente, após uma boa meditação
que ele tanto prega.
Para o publico em geral, muitos
vão considerar o que rola na tela, algo como incompreensível. Se alguns
consideravam Cidade dos Sonhos confuso, esse solta inúmeras imagens, que poderiam
muito bem serem comparadas a qualquer obra prima do salvador Dali. Para os fãs
de carteirinha do diretor, no entanto, é um filme em que se levantam as inúmeras
possibilidades do universo dos sonhos ou da consciência humana, que na maioria
dos casos, age como indecifrável, mas que não custa tirar alguma interpretação
dali. O
filme tem um elenco maravilhoso. As belas Naomi Wats, Julia Ormond, Nastassja
Kinski, o ótimo e esquisito William H. Macy, o espetacular Jeremy Irons, e
Laura Dern, com sua curiosa trajetória no cinema, indo de “Veludo Azul” a
“Jurassic Park”.
Império dos Sonhos talvez
seja tudo que há na mente de Lynch e que ele acabou conseguindo passar na tela,
mas nunca se sabe qual será a próxima perola futura desse mirabolante cineasta.
Um final de semana de
expectativa para muitos cinéfilos brasileiros, pois hoje finalmente chega a
ultima parte da recente trilogia de Batman no cinema. Até agora, as criticas
brasileiras tem sido quase 100% positivas, com alguns dizendo que a nova
aventura do homem morcego, chega até mesmo superar a obra prima anterior. Tirarei
as minhas duvidas nas próximas horas, quando eu for pegar uma sessão aqui no
shopping Total. Já sábado e domingo, estarei envolvido no curso de David Lynch,
que é elaborado pelo CENA UM.
Esse curso já estou
esperando há um bom tempo, pois Lynch é responsável pela criação de um dos meus
filmes preferidos, que é Cidade dos Sonhos, portanto não posso perder essa. Mas
como nem todos só vivem de morcegos ou do mundo dos sonhos, confiram as outras estréias
que chegam em nosso circuito.
BATMAN: O CAVALEIRO
DAS TREVAS RESSURGE
Sinopse: A última aventura é
ambientada oito anos após os eventos do filme anterior. O terrorista Bane está
de volta a Gotham City, causando pânico e desespero. Quem terá que lidar com a
situação, já que a polícia da cidade não tem forças para impedir o vilão
sedento por sangue, é Batman (novamente interpretado por Christian Bale);
porém, o herói é perseguido pela lei, acusado de ter matado Harvey Dent.
AQUI É O MEU LUGAR
Sinopse: Sean Penn interpreta
Cheyenne um ex-astro do rock, de 50 anos, milionário e deprimido. Afastado dos
palcos há mais de 20 anos, ele continua se vestindo como nos tempos em que era
um grande artista, mas não tem mais motivação para viver.Sua vida toma um novo
rumo quando descobre que o pai não está nada bem. O homem que ele não vê há
mais de 30 anos é um ex-oficial nazista refugiado nos Estados Unidos. Ele
parte, então, para Nova York, a fim de encontrar o pai novamente, mas chega
tarde demais.
Enquanto cuida de
todas as burocracias necessárias, Cheyenne fica sabendo que o pai buscava
vingança pela a humilhação que sofreu no passado e decide que vai retomar o
caminho de onde seu pai havia parado, decidido a encontrar o algoz do patriarca
nos tempos da guerra, no campo de concentração de Auschwitz.
ALÉM DA LIBERDADE
Sinopse: Na trama, Michelle
Yeoh interpreta Aung San Suu Kyi, a filha de um herói da independência da
Birmânia, que foi morar no exterior ainda jovem. Na Inglaterra, se casou com
Michael Aris (David Thewlis) e teve dois filhos. O contato que mantinha com seu
país era apenas por meio de livros e notícias locais. Isso até sua mãe ser
internada num hospital e Aung decidir voltar à Birmânia. Assim que chega ao
país, Aung é procurada por líderes locais que pedem que ela coopere com o
movimento pela implementação da democracia. Ela aceita o convite e acaba
tornando-se um ícone do movimento. Mas suas atitudes não agradam à ditadura
militar, que tenta impedi-la de promover as manifestações. Assim, o governo
ordena que Aung permaneça em prisão domiciliar por 15 anos.
Movimento Browniano
Sinopse: Charlotte (Sandra Hüller) e
Max (Dragan Bakema)vivem com seu jovem filho em Bruxelas. Quando Max descobre
que Charlotte tem se encontrado com alguns de seus pacientes homens em um
apartamento alugado, a relação deles é posta à prova. Charlotte concorda em
fazer terapia e é forçada a parar de trabalhar como médica. Quando se mudam
para a Índia, ambos voltam a ser felizes. No entanto, parece que o passado não
ficou completamente adormecido.
Sinopse:Merida é uma habilidosa e impetuosa arqueira,
filha do rei Fergus (voz de Billy Connolly) e da rainha Elinor (voz de Emma
Thompson). Determinada a trilhar seu próprio caminho, ela desafia um antigo
costume considerado sagrado pelos ruidosos senhores da terra: o imponente lorde
MacGuffin (voz de Kevin McKidd), o carrancudo lorde Macintosh (voz de Craig
Ferguson) e o perverso lorde Dingwall (voz de Robbie Coltrane).
Involuntariamente, os atos de Merida desencadeiam o caos e a fúria no reino e,
quando ela se volta para uma velha feiticeira (voz de Julie Walters), em busca
de ajuda, Merida tem um desejo mal-aventurado concedido. Os perigos resultantes
a forçam a descobrir o significado da verdadeira valentia para poder desfazer o
brutal curso dos acontecimentos antes que seja tarde demais.
Pixar
nos acostumou mal a assistir sempre uma obra prima no cinema, tanto, que se ao
assistirmos um filme menor do estúdio (vide Carros 2), achamos que finalmente a
coisa entrou em decadência por lá. Mais eis que surge Valente, que se por um
lado não se compara a obras máximas tipo UP e Toy Story 3, pelo menos cumpre o
dever de casa, de fazer entreter o publico de todas as idades de maneira certeira.
Dirigido pelo novato Mark Andrews (roteirista de John Carter), Valente se torna
a primeira produção do estúdio em que a trama não se passa em nosso presente e
sim num período desconhecido do passado da Escócia, e como os produtores adoram
ser perfeitos em detalhes, o filme já se inicia com belas imagens panorâmicas,
onde foca uma natureza intocada, como se fosse recém nascida, de um período distante.
Curiosamente,
estamos diante de um primeiro conto de fadas do estúdio e da primeira mulher
protagonista, que diferente das habituais princesas em apuros do estúdio Disney,
Merida (voz de Kelly Mcdonald) não é nenhuma pouco indefesa e quer mais é ser
livre e fazer o que bem entender, desde a caçar sozinha com o seu arco e flecha,
como também ter o direito de não querer escolher um pretendente. Isso acaba
gerando o conflito da trama, mais precisamente entre ela e a sua mãe (voz de Emma Thompson), que
deseja que a filha cumpra as regras de uma princesa de boa educação e que tenha
um marido de um dos clãs. Esse conflito de ambas gera momentos inusitados, em que elas irão finalmente conhecer um lado, até então desconhecido de uma da outra, gerando
momentos emocionantes, até o ultimo momento da historia.
Entre
situações que lembram elementos de outros filmes como Irmão Urso e (obviamente) Coração Valente, o
filme nos brinda com inúmeros momentos engraçados, com boas piadas e que nos
fazem rir facilmente. Sendo que na maioria dos casos, esses momentos hilários
são protagonizados pelo rei Fergus (Billy Connolly) e pelos pequenos irmãos de
Merida, que fazem da produção nunca cair do monótono, agradando tanto os pequenos
como os adultos.
Embora
não seja um dos melhores filmes do estúdio, saímos da sala satisfeitos e com um
gostinho bem doce na boca, que tão cedo não passa.
Nos
dias 28 e 29 de Julho, estarei participando do curso DAVID LYNCH: O LADO ESCURO
DO SONHO, criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor e critico de cinema
Rafael Ciccarini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo
um pouco sobre o que eu sei desse
cineasta, que é o melhor que sabe mexer com as nossas mentes.
Coração Selvagem
Sinopse: Numa estranha
homenagem ao filme "O Mágico de Oz", Sailor e Lula são dois amantes
que vivem intensamente a vida e a paixão. Tentando fugir das garras da mãe da
garota, os dois caem na estrada para uma viagem violenta e psicodélica, uma vez
que a mãe de Lula contrata um grupo de assassinos profissionais para matar
Sailor.
Vencedor da Palma de Ouro no
Festival de Cannes, o filme é outra homenagem de Lynch á violência
escatológica, ao grotesco e com pitadas de bizarrice, que desta vez, é
temperada com o gosto pela caricatural. Existe uma versão original de quatro
horas e meia de duração, sendo que os cortes contribuirão para realçar a
obsessão pelas imagens fortíssimas, marcadas pela presença do fogo e pela
trilha sonora de Angelo Badalamenti. A todo o momento, o filme faz referencias
ao clássico de O Mágico de Oz, em momentos imaginativos e muito bem amarrados.
Destaque para monstruosa participação de Willem Dafoe, cujo destino de seu
personagem é grotesco, porém hilário. Um final inesperado, mesmo parecendo
convencional para alguns.
Estrada Perdida
Sinopse: Fred Madison (Bill
Pullman) é acusado, sob misteriosas circunstâncias, de matar sua esposa Renee
(Patricia Arquette). Ele logo se vê transformado em um outro homem, Pete Dayton
(Balthazar Getty), possuindo uma vida completamente diferente. Quando Pete é
solto no seu corpo e na sua mente, as coisas ficam cada vez mais misteriosas e
intrigantes.
Como se trata de um filme de
David Lynch, a pessoa não deve procurar uma historia convencional e muito menos
lógico em alguns momentos. A trama é delirante, com verdadeiros desafios ás
leis da física e da realidade. Usando um clima de pesadelo sobrenatural, Lynch
oferece uma fantasia sombria, que se por um lado incomoda o marinheiro de primeira
viagem, por outro agrada o fã de carteirinha do diretor que não tem o que
reclamar, com direito de belas imagens e sempre o bom uso da trilha sonora. Foi
mais a partir desse, que Lynch começou a explorar o uso de “duplo”, ou seja,
personagens que se apresentam num primeiro momento, para depois serem
apresentados de uma forma completamente diferente. Algo que ele usaria
muitíssimo em Cidade dos Sonhos e em seguida em Império dos Sonhos, dando a
entender, que apartir de Estrada Perdida, ele formaria uma espécie de trilogia
do "duplo" ou então do universo dos sonhos.
É uma obra autoral
instigante, que ame ou odeie, que tem com um dos seus atrativos o elenco,
encabeçado por um paranóico Bill Pullman e uma maliciosa Patrícia Arquette. Um
dos melhores filmes dos anos 90, que rapidamente se tornou Cult e conquistou a
critica.
Historia Real
Sinopse: O filme é sobre
Alvin Straight, um senhor idoso com uma vida tranquila no campo. Quando seu
irmão, com quem não conversava há muito tempo, fica muito doente, ele decide
colocar suas diferenças de lado e encontrá-lo com o único meio de transporte de
que dispõe: um velho trator. Com ele, Alvin atravessará centenas de milhas até
seu destino final, não sem antes encontrar diversos personagens que farão de
sua viagem uma verdadeira jornada sentimental.
Em um primeiro momento, esse
filme não parece ser de David Lynch, mas esse modesto drama realista foi uma
surpreendente guinada na carreira do diretor na época, que provou que sabe
fazer um ótimo filme, mesmo deixando um pouco de lado a sua forma pessoal de se
fazer cinema. Ele revela ter domínio da narrativa convencional, e conduz com
acentuada emoção, uma historia pequena e cativante. O filme deve muito de sua
força á irreparável atuação do veterano Farnsworth (Louca Obsessão), que
recebeu a sua única indicação ao Oscar pelo seu impecável trabalho. O filme se
destaca também pela presença magnética de Sissy Spacek em que interpreta a
filha do protagonista. Infelizmente, Richard Farnsworth sofria de câncer de
próstata já na época do filme e para não sofrer mais, decidiu cometer suicídio.
Ele
foi enterrado com sua esposa Margaret, no Forest Lawn, em Hollywood Hills
Cemetery , em Los Angeles, Califórnia.
Sinopse:
Capitão (Martin Sheen) tem a missão de encontrar e matar coronel (Marlon
Brando), que aparentemente enlouqueceu e se refugiou nas selvas do Camboja,
onde comanda um exército de fanáticos.
Mais de 30 anos depois, filme de Francis Ford Coppola não é sobre o
Vietnã, o filme é o Vietnã. Uma odisséia que mostra de forma muitas vezes
surrealista a devastação e o horror da guerra, com um final bastante sombrio e
marcante. Nas comemorações dos 25 anos do filme, foi lançada uma versão com mais
de três horas de duração, dando mais detalhes da trama e explorando pontos
antes inexplicáveis. Para a surpresa de muitos da época, o filme se tornou
muito mais ágil, mesmo com a longa duração e provando ainda mais o talento de Coppola.
Desempenhos magistrais de Martin Sheen e Marlon Brando. Palma de Ouro no
Festival de Cannes
Curiosidades:
O cronograma original de Apocalypse Now previa filmagens de apenas 6 semanas,
mas a produção terminou se estendendo para 16 meses. O motivo de tamanho atraso
foi um furacão, que destruiu todos os sets de filmagens.- O ator Martin Sheen
teve um ataque cardíaco durante as filmagens, aumentando ainda mais o atraso
para a conclusão do filme enquanto o diretor Francis Ford Coppola ameaçou por
diversas vezes se suicidar..
Nos dias 28 e 29 de Julho, estarei participando do cursoDAVID LYNCH: O LADO ESCURO DO SONHO,
criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor e critico de cinema Rafael
Ciccarini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um
pouco sobre o que eu sei desse cineasta, que é o melhor que sabe mexer com as
nossas mentes.
Twin Peaks
A SÉRIE:
Sinopse: A trama
central da série girava em torno de uma investigação do FBI, liderada pelo
agente Dale Cooper, para descobrir a verdade sobre o brutal e chocante
assassinato da adolescente Laura Palmer.
Se não fosse por Twin Peaks,
talvez nunca fôssemos posteriormente curtir Arquivo X ou até mesmo Lost. A
série foi pioneira por apresentar uma trama, com situações que fugia do
convencional das séries da época, onde tudo não era bem o que aparentava ser. A
primeira temporada foi comandada de cabo a rabo pelo mestre David Lynch e
consagrou a atriz Shery Lee, que interpretou a vitima Laura Palmer, que já no
inicio da série surgia morta no rio, mas graças às idéias criativas do diretor,
ela surgia sempre quando podia no decorrer da trama.
Quem já acompanhava a visão
autoral do cineasta no cinema, reconhecem de longe todas as características dos seus
filmes anteriores impregnados na série, desde á personagens bizarros, sonhos,
delírios e as tão famosas cortinas vermelhas, que fazia parte de uma sala, que
servia de encontro para o agente Dale Copper (Kyler Maclachlan, Veludo Azul),
com misterioso anão (Michael J. Anderson, que voltaria a trabalhar
com Lynch em Cidade dos Sonhos),que falava de traz pra
frente, dando pistas sobre a investigação, sobre quem matou Laura Palmer. O curioso,
é que esse momento se passava sempre num sonho, onde Copper se encontrava tanto
com o anão, como também com a própria Laura Palmer.
O mistério sobre quem matou
Laura só seria revelado durante a segunda temporada, que infelizmente após a
revelação, a série acabou perdendo o interesse do publico e David Lynch também
não teve total liberdade criativa nos episódios, sendo que somente retornou a
comandar no ultimo episódio, mas deixando mais perguntas do que respostas.
O FILME:Twin Peaks:
Os Últimos Dias
de Laura Palmer
Sinopse: Prelúdio para a
famosa série de TV homônima. Vemos primeiramente as investigações do agente
especial do FBI Chester Desmond no caso Teresa Banks. Então saltamos no tempo
para uma semana antes do início da série, e acompanhamos todos os
acontecimentos de Laura Palmer durante o eterno pesadelo até a hora de sua
morte.
Inicialmente, a trama sobre os últimos
dias de Laura Palmer, serviria como uma espécie de terceira temporada da série
de TV, mas que jamais aconteceu. Com a trama em mãos, Lynch decidiu levar a
trama para o cinema e tendo muito mais liberdade artística, dosando um lado
muito mais sombrio e sem restrições. A trama se inicia com o assassinato de
Teresa Banks, desencadeando então o interesse do FBI pelos eventos que andam
acontecendo em Twin Peaks. Mas a historia deixa de lado as investigações sobre
Teresa e investe sobre os últimos dias de Laura Palmer, interpretada de forma
magistral pela atriz Shery Lee, que jamais escapou da imagem da famosa
personagem.
Em seus últimos dias que
antecedem os eventos da série, conhecemos um lado mais obscuro de Palmer, que é
assombrada por uma estranha figura assustadora que se chama Bob (Frank Silva),
que a visita em seu quarto à noite para molestá-la. Devido a conflitos, tanto
em suas relações amorosas, como os atritos que tem com o seu pai (Ray Wise),
que começa agir de uma forma hostil contra a filha, Palmer mergulha no submundo
do sexo e drogas, além de ter estranhos sonhos (e pesadelos) onde ela adentra
na já conhecida sala vermelha. E é ai que todas as características de David
Lynch transbordam na tela, desde as situações bizarras, personagens bizarros e inúmeros
símbolos com algum significado.
Com um final arrasador e que
monta o que seria visto na série de TV, Twin
Peaks - Os Últimos Dias de Laura Palmer é David Lynch puro e tudo que ele não
pode fazer com a historia na TV, aqui ele faz de tudo e muito mais.
Sinopse: A louca perseguição de Scrat sempre à caça de sua noz inquieta
perseguição à qual ele tem se dedicado desde os primórdios dos tempos tem
consequências que mudam o mundo e causam um cataclismo continental que leva
Manny Diego e Sid a viverem a maior aventura de todos os tempos. Nessa maré de
mudanças Sid acaba reencontrando sua Avó turrona e o bando ainda tem de lidar
com uma horda de piratas decididos a impedi-los de voltar para casa.
Quando o primeiro filme daEra do Gelofoi lançado, muitos viram certas
semelhanças na historia, como aquela vista em Monstros SA, o que acabou
dividindo a opinião da critica. Mas a partir do segundo e terceiro filme, a cine-serie ganhou personalidade própria, principalmente com a direção segura e
muito bem humorada de Carlos Saldanha, que soube injetar, tanto humor na dose
certa, como também boas cenas de ação, que no terceiro filme alias, atingem
doses acavales e fazendo da aventura a maior bilheteria da franquia. Com um final
que encerrava a trilogia com chave de ouro, uma quarta aventura era mais que desnecessária,
mas ambição falou mais alto nos estúdios da Fox filmes e vendo a possibilidade
do cofre ficar mais cheio, decidiram investir neste filme, mais sem o talento
de Saldanha.
O resultado é uma trama dispensável, que os heróis se vêem forçados a se
separarem da outra parte do bando, por causa da divisão dos continentes
(forçadamente por culpa do esquilo Scrat). Se por um lado Manny, Diego e Sid são os velhos personagens de
sempre, o que falta aqui é um personagem coadjuvante de peso e que roubasse a cena em momentos
chaves da trama, assim como aconteceu no terceiro filme, em que a doninha
caçadora Buck dava um verdadeiro show em cena, e aqui nesta quarta aventura,
faz enorme falta. Salto a vista, o filme também não me fez conseguir rir em
nenhum momento, sendo que as piadas são repetidas de outros filmes, que alias,
escancaradamente fazem referencias a produções como Piratas do Caribe e Coração
Valente, mas que não ajudam a melhorar na narrativa.
Pode agradar o pequeno publico infantil que não é nenhum pouco exigente,
mas não é um filme que irá conquistar todas as idades.
Sinopse:Heleno de Freitas é a figura do Rio de Janeiro de
1940, quando a cidade era cheia de glamour, sonho e promessas. Primeiro galã do
futebol, Heleno defendia o Botafogo e tinha tudo para ser o maior jogador do
Brasil. No entanto, a guerra mundial da época e a libertinagem que guiava sua
vida mudaram seu brilhante destino, abandonado em um sanatório e vítima da
sífilis aos 39 anos de idade.
Se em território americano,
Rodrigo Santoro ainda não achou o seu papel que o consagrasse por lá, em território
nacional pelo menos ele se entrega sem restrições, criando personagens maiores
do que a vida e em Heleno não é diferente. Ao interpretar um dos maiores ídolos
do futebol, que pertencia ao Botafogo em meados dos anos 40, Santoro se entrega
no que ouso dizer ser o seu melhor momento no cinema. Ao encarnar Heleno,
Santoro cria uma verdadeira entidade impulsiva, que não se restringe a nada que
esta em seu caminho, fazendo de tudo para conseguir os seus objetivos, seja
para fazer do seu time que tanto ama campeão, como se entregar os vícios como
mulheres, sexo, bebidas e cigarros.
O diretor José Henrique da
Fonseca foi feliz na escolha de Santoro, mas o cineasta também merece credito,
pois não é todo dia em que vemos um Rio de Janeiro, que solta na tela com exatidão,
como era a cidade carioca dos anos 40. O que também contribui com essa
verossimilhança, é graças a bela fotografia em preto e branco, criada por
Walter Carvalho, que foi corajoso nesta escolha, mas que convenhamos, fazia
todo o sentido, para combinar com a atmosfera daquele tempo. Com um elenco de
peso, que inclui uma Alinne Moraes inspirada. Heleno pode não ter feito muito
barulho na estréia ou durante o tempo que esteve no cinema, mas é um filme
corajoso e mais puramente cinema.