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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 26 de julho de 2016

Cine Dica: Filmes de Axelle Ropert em exibição

SALA P. F. GASTAL EXIBE A FAMÍLIA WOLBERG E MOSTRE A LÍNGUA, MOÇA
 
A partir de 26 de julho, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe os dois longas de Axelle Ropert, uma das mais instigantes realizadoras francesas da atualidade, A Família Wolberg (2009) e Mostre a Língua, Moça (2013).  Realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français. O valor do ingresso é R$ 4,00.

Ralé, novo filme de Helena Ignez, segue em exibição na sessão das 15h. Teobaldo Morto, Romeu Exilado, de Rodrigo de Oliveira, entra em cartaz na sessão das 16h30. O valor do ingressos é R$ 8,00.


TEOBALDO MORTO, ROMEU EXILADO
(Brasil, 2014, 118 minutos)
De Rodrigo de Oliveira
Elenco: Alexandre Cioletti, Rômulo Braga, Erik Martincues

Após ser dispensado pela esposa grávida, o músico João (Alexandre Cioletti) decide se isolar no meio do mato. Após três meses afastado, ele conclui que está pronto para voltar e acompanhar o nascimento do filho, mas é surpreendido pela aparição de Max (Rômulo Braga), antigo melhor amigo que ele pensava estar morto. Exibição em blu-ray.


MOSTRA AXELLE ROPERT

Axelle Ropert começou sua carreira como crítica de cinema e co-editora-chefe da revista La lettre du cinéma, e também escreveu para a revista Les Inrockuptibles. É a roteirista dos três filmes de Serge Bozon, L’Amitié, (1998), Mods (2003), no qual desempenha um papel, e La France (2007). Também apareceu nos filmes de Pierre Léon (Le dieu Mozart), de Judith Cahen (La révolution sexuelle n’a pas eu lieu) e de Benjamin Esdraffo (Le cou de Clarisse). Em 2005, Axelle Ropert apresentou seu média-metragem Etoile violette na Quinzena dos Diretores em Cannes. Em 2009, ela voltou com o seu primeiro longa-metragem, A Família Wolberg. Lançou o segundo longa, Mostre a Língua, Moça, em 2013. Seu novo filme, La prunelle de mes yeux, foi selecionado para a mostra principal do Festival de Locarno deste ano.


A FAMÍLIA WOLBERG

La Famille Wolberg (França 2009).
De Axelle Ropert. Com François Damien, Jocelin Quivrin. Em cores/82’.

Ele é capaz de fazer um discurso de tirar o fôlego sobre a alma americana para alunos boquiabertos, é capaz de interferir na privacidade de seus cidadãos ou ainda fazer a filha de 18 anos jurar que nunca deixará a casa da família. Simon Wolberg é o prefeito de uma pequena cidade da província, loucamente apaixonado por sua esposa, pai invasivo e um filho provocador. Este homem é conduzido pela obsessão com a sua família, que o leva a pôr à prova a força e a fragilidade de suas relações. Exibição digital com legenda em português.


MOSTRE A LÍNGUA, MOÇA

Tirez La Langue, Mademoiselle
(França 2013). De Axelle Ropert. Com Cédric Kahn, Louise Bourgoin, Serze Bozon. Drama em cores/100’.

Os irmãos Boris e Dimitri são médicos no 13º distrito de Paris. Eles sempre trabalham juntos e se dedicam integralmente aos seus pacientes. Um dia, eles começam a cuidar de uma criança com diabetes criada por sua mãe solteira, Judith. Boris e Dimitri se apaixonam perdidamente pela moça, o que irá desestabilizar o forte laço entre eles. Exibição digital com legenda em português.


26 de julho (terça)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
19h – A Família Wolberg

27 de julho (quarta)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
19h – Sessão Fechada

28 de julho (quinta)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
20h – Mostre a Língua, Moça

29 de julho (sexta)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
20h – Sessão especial de pré-estreia de Fome

30 de julho (sábado)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
19h – A Família Wolberg

31 de julho (domingo)
15h – Ralé
16h30 – Teobaldo Morto, Romeu Exilado
19h – Mostre a Língua, Moça

  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: MÃE SÓ HÁ UMA



Sinopse: A vida do adolescente Pierre vira de cabeça pra baixo quando ele recebe uma denúncia e é obrigado a fazer um teste de DNA. Após o resultado, ele descobre que sua mãe não é sua verdadeira mãe e é obrigado a trocar de família, de nome, de casa, de escola... e de gênero?

No filme “Que horas ela volta?”, a cineasta Anna Muylaert retira as máscaras da relação entre empregada e patrão e escancara o fato de que a sociedade brasileira ainda convive com a hipocrisia e tentando esconder a realidade com relação à divisão de classes que perdura até hoje. A proposta daquele filme pode ser vista também como uma forma de sintetizar os males do país de hoje que, cada vez mais, se encontra numa situação da qual não há dialogo, mas sim uma promessa superficial e pálida e que nunca dará em nada. Em seu mais novo filme, Mãe só há Uma, a cineasta coloca frente a frente os conflitos de gerações, através da relação conflituosa entre pais e filhos, mas em uma situação ainda mais delicada e da qual ninguém quer estar nela.
Acompanhamos a história de Pierre ( Naomi Nero), um adolescente comum, do qual está numa fase de descobertas e que vive com a mãe (Dani Nefussi) e com a sua irmã mais nova. Certo dia recebe a bombástica notícia de que sua mãe havia lhe sequestrado no hospital de onde nasceu e que seus pais verdadeiros Matheus (Matheus Nachtergaele) e Gloria (também interpretada pela atriz Dani Nefussi) estavam lhe procurando todo esse tempo. De um dia para o outro Pierre se encontra em uma nova realidade e da qual não sabe ao certo como administrá-la. 
A trama vista no filme é algo que nos soa familiar, já que a todo o momento assistimos e ouvimos situações semelhantes, desde no rádio como na TV. O caso é que, por meios da comunicação temos somente contato  com a superfície, mas não temos uma base de como será essa nova realidade para as pessoas envolvidas numa situação como essa. Anna Muylaert escancara o fato de que ninguém está preparado para isso, tanto os adultos, como também as crianças. 
Achar o filho do qual sempre procurou pode soar até fácil, principalmente se for comparado ao peso da situação que virá depois, onde os protagonistas terão que construir uma relação que nunca existiu. É aí que se encontra o cenário dos mais absurdos, porém humanos, em que os pais biológicos tentam criar um quadro de harmonia a tanto sonhado: a cena em que vemos todos reunidos em um restaurante para comemorar a vinda de um desorientado Pierre demonstra a total falta de preparo e a falta de sintonia (ou nenhuma) que eles têm com o rapaz.
Em meio a esse redemoinho do qual o protagonista enfrenta, temos também a sub-trama de seu irmão mais novo, sendo que esse último não deseja ter uma aproximação com o a recém chegado Pierre. Porém, percebemos que o jovem não tem somente esse problema, como também ele a recém está entrando na fase adolescente e tendo que enfrentar as mudanças das quais ela trás, desde saber se entrosar com a turma da escola como também saber dialogar com as meninas. Percebemos que ambos os jovens são dois lados da mesma moeda, mas que irão somente perceber que possuem algo em comum nos segundos finais da trama. 
A situação desses jovens simboliza o embate dessa geração (pais e filhos) uma contra a outra, da qual o diálogo para saber compreender um ao outro é nulo, desejando somente a perfeição da superfície, mas esquecendo de que há as ondulações na água. Uma vez em que essas ondulações quebram a superfície se tem o surgimento da frustração, incompreensão e hostilidade, da qual todas vindas de uma só vez geram um tsunami de sentimentos feridos sendo transbordados todos para fora. Tudo isso se encontra no ato final da trama, onde todos perdem suas máscaras dos quais se protegiam e revelando então suas reais faces.
O elenco todo está excepcional, ao começar por Naomi Nero que, mesmo com poucas palavras ditas, sua expressão de tristeza, fúria e frustração que ele cria para o seu personagem se tornam a alma do filme. Porém, não podemos deixar de elogiar a sempre competente interpretação Matheus Nachtergaele, cujo seu personagem tenta ter uma relação paternal com o seu filho, mas na qual realmente nunca começou. Contudo, a grande surpresa fica por conta do assombroso desempenho da atriz Dani Nefussi, que aqui faz tanto a mãe de criação do protagonista, como também a mãe biologia, mas com uma interpretação tão distinta uma da outra, que não percebemos que ambas são á mesma atriz.
Com um final em aberto com relação ao futuro desses personagens, Mãe só há Uma escancara o despreparo das pessoas na construção de relação familiar de hoje, principalmente numa situação delicada, da qual não se pode da noite pro dia desconstruir uma realidade já enraizada dentro de cada um de nós. 




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Cine Curiosidade: Abraço da Serpente sai vitorioso na noite do Prêmio Platino de cinema mas Que Horas ela volta? ganha o prêmio surpresa da noite.




Foram anunciados na noite de hoje (24) os vencedores do Prêmio Platino de Cinema Iberoamericano. Neste ano, a cerimônia de premiação aconteceu em Punta Del Este, no Uruguai. O grande vencedor da noite foi o longa O Abraço da Serpente, que levou o prêmio de melhor filme, direção e foi o grande destaque nas categorias técnicas, levando os prêmios de montagem, direção de fotografia, som, direção de arte e música original.
O Platino é o primeiro prêmio cinematográfico que engloba toda a produção de cinema iberoamericana. Hoje, são 23 os países participantes. Nesta edição, a participação brasileira nas principais categorias se restringiu a coprodução com a Argentina Paulina, vencedor na categorias melhor atriz e indicado a de melhor som. O único representante de língua portuguesa na lista final de indicados foi o filme português As Mil e Uma Noites: Volume 2, O Desolado.
O longa-metragem Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, foi lembrado e levou para casa o Platino Cinema e Educação em Valores. Ao receber o prêmio ao lado da cineasta, a atriz karine Teles soltou o verbo dizendo “Fora Temer” e se tornado um dos melhores e mais políticos momentos da noite da premiação. 



A próxima edição da premiação acontece em Madri, na Espanha.



Confira abaixo a lista de vencedores:



Melhor filme de ficção

O Abraço da Serpente (Colômbia/Venezuela/Argentina)



Outros indicados

O Clã (Argentina/Espanha)

O Clube (Chile)

Ixcanul (Guatemala)

Truman (Argentina/Espanha)



Melhor direção

Ciro Guerra, por O Abraço da Serpente (Colômbia/Venezuela/Argentina)



Outros indicados

Alonso Ruiz Palacios, por Güeros (México)

Cesc Gay, por Truman (Argentina/Espanha)

Pablo Larraín, por O Clube (Chile)

Pablo Trapero, por O Clã (Argentina/Espanha)



Melhor Roteiro

Pablo Larraín, Guillermo Calderón e Daniel Villalobos, por O Clube (Chile)



Outros indicados

Cesc Gay e Tomás Aragay, por Truman (Argentina/Espanha)

Ciro Guerra e Jacques Toulemonde, por O Abraço da Serpente (Colômbia/Venezuela/Argentina)

Jayro Bustamante, por Ixcanul (Guatemala)

Salvador del Solar, por Magallanes (Peru/Colômbia/ArgentinaäEspanha)



Melhor atriz

Dolores Fonzi, por Paulina (Argentina/Brasil)



Outros indicados

Antonia Zegers, por O Clube (Chile)

Elena Anaya, por A Memória da Água (Chile/Argentina/Espanha)

Inma Cuesta, por A Noiva (Espanha)

Penelope Cruz, por Ma Ma (Espanha)



Melhor ator

Guillermo Francella, por O Clã (Argentina/Espanha)



Outros indicados

Alfredo Castro, por O Clube (Chile)

Damián Alcázar, por Magallanes (Peru/Colombia/Argentina/Espanha)

Javier Cámara, por Truman (Espanha/Argentina)

Ricardo Darín, por Truman (Espanha/Argentina)



Melhor animação

Atrapa la bandera (Espanha)



Outros indicados

Don Gato 2: El inicio de la pandilla (México)

El americano (México)

El secreto de Amila (Argentina/Espanha)

Un gallo con muchos huevos (México)



Melhor documentário

O Botão de Pérola (Chile/Espanha)



Outros indicados

Allende, Meu Avô Allende (Chile/México)

Chicas nuevas 24 horas (Espanha/Argentina/Paraguai/Colômbia/Peru)

La once (Chile)

The Propaganda Game (Espanha)



Melhor primeiro filme de ficção (Prêmio Platino Camilo Vives)

Ixcanul (Guatemala)



Outros indicados

600 Milhas (México)

El desconocido (Espanha)

El patrón: Radiografia de un crimen (Argentina/Venezuela)

Magallanes (Peru/Colômbia/Argentina/Espanha)



Melhor montagem

Etienne Boussac e Cristina Gallego, por O Abraço da Serpente (Colômbia/Venezuela/Argentina)



Outros indicados

César Díaz, por Ixcanul (Guatemala)

Eric Williams, por Magallanes (Peru/Colômbia/Argentina/Espanha)

Jorge Coíra, por El desconocido (Espanha)

Pablo Trapero e Alejandro Carrillo Penovi, por O Clã (Argentina/Espanha)



Melhor direção de arte

Angélica Perea, por O Abraço da Serpente (Colômbia/Venezuela/Argentina)



Outros indicados

Bruno Duarte e Artur Pinheiro, por As Mil e Uma Noites: Volume 2, o Desolado (Portugal)

Jesús Bosqued Maté e Pilar Quintana, por La novia (Espanha)

Pilar Peredo, por Ixcanul (Guatemala)

Sebastián Orgambide, por O Clã (Argentina/Espanha)



Melhor direção de fotografia

David Gallego, por O Abraço da Serpente (Colômbia/Venezuela/Argentina)



Outros indicados

Arnaldo Rodríguez, por A Memória da Água (Chile/Argentina/Espanha)

Luis Armando Arteaga, por Ixcanul (Guatemala)

Miguel Ángel Amoedo, por La novia (Espanha)

Sergio Armstrong, por O Clube (Chile)



Melhor música original

Nascuy Linares, por O Abraço da Serpente (Colômbia/Venezuela/Argentina)



Outros indicados

Alberto Iglesias, por Ma Ma (Espanha)

Federico Jusid, por Magallanes (Peru/Colombia/Argentina/Espanha)

Lucas Vidal, por Nada quiere la noche (Espanha)

Pascual Reyes, por Ixcanul (Guatemala)



Melhor direção de som

Carlos García e Marco Salaverría, por O Abraço da Serpente (Colômbia/Venezuela/Argentina)



Outros indicados

David Machado, Jaime Fernández e Nacho Arenas, por El desconocido (Espanha)

Eduardo Cáceres e Julien Cloquet, por Ixcanul (Guatemala)

Federico Esquerdo, Santiago Fumagalli e Edson Secco, por Paulina (Argentina/Brasil)

Vicente D’Elía e Leandro Loredo, por O Clã (Argentina/Espanha)