Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: PONTO ZERO

Sinopse: O adolescente Ênio (Sandro Aliprandini) tem um pai tempestuoso e uma mãe nervosa. Ele se vê entre os dois sem saber ao certo que rumo tomar em sua vida, tentando escapar de uma rotina claustrofóbica.

Adolecencia é uma faca de dois rumes, pois o adolescente em si segue em linha reta, ou se perde na curva da vida. Isso se deve pelo fato de que, querendo ou não, é preciso ter uma mão de apoio e faze-lo com que siga o caminho certo que venha a trilhar. No prólogo de Ponto Zero há uma comparação desse fato com os astronautas do espaço, que precisam um do outro para cumprir determinadas missões nos confins do universo, pois uma vez perdido não tem como mais econtra-lo por lá.
Em sua estréia em longa metragens, o cineasta José Pedro Goulart cria um retrato sobre adolecência contemporânea, através do olhar do jovem protagonista Ênio (Sandro Aliprandini): ridicularizado por seus colegas de escola, Ênio é um garoto quieto, que vai descobrindo o que chega junto com adolecencia, mas ao mesmo tempo tendo que encarar os atritos de seus pais, vividos pelos atores Eucir de Souza (O Gorila) e Patricia Selonk. Nesse cenário em que sua realidade se vê em estado de mudanças, o mundo em volta, por vezes, não faz nenhum sentido.
José Pedro Goulart  cria como ninguém uma cidade de Porto Alegre familiar, mas  com um olhar particular, do qual se extrai uma visão jamais vista. Por vezes, Ênio (e nós) enxergamos o ambiente da cidade distorcido, fora do lugar e um sinal de até mesmo retrocesso do mundo em que vivemos: a cena em que vemos pessoas e carros andando para trás sintetiza muito bem isso. Esse clima cria uma sensação de verdadeiro contraste quando é comparado com as lembranças do protagonista, sendo elas uma época mais dourada, mas já sinalizando pelos tempos dificieis que viria.
Embora atuando pela primeira vez num longa metragem, Sandro Aliprandini se sai muito bem como protagonista da trama, pois ele acaba nos transmitindo, mesmo que sem palavras, todo um conflito interno sobre não saber o que fazer nesse mundo caotico dentro e fora de sua casa. Com o marido ausente, a mãe recorre o filho numa cena , por exemplo, um pouco de carinho a muito tempo não sentido, mas Ênio não sabe como reagir sobre isso. Isso então se cria no jovem protagonista a sensação de não interesse pelas coisas que acontecem com as pessoas em volta e fazendo com que sua posição se desmorone perante o terceiro ato final que ele virá enfrentar.
Falando nesse ato, é preciso dar palmas para esse momento, pois o cineasta coloca o protagonista numa situação que nos faz lembrar aqueles terriveis pesadelos dos quais a gente não consegue acordar. Tudo isso moldurado numa Porto Alegre que sofre uma chuva torrencial insessante e que não deve nada a uma Los Angeles humida e perigosa como foi vista no clássico Seven de David Fincher. Porém, o cinéfilo irá reparar que há elementos  que lembram até mesmo a filmografia do cineasta  David Lynch (Mulholland Drive), pois nesse labirinto desconcertante que o personagem passa, surge personagem dos quais desafiam a sua propia sanidade.
Com um  epílogo que se casa muito bem com o prólogo do início do filme, Ponto Zero, é um pequeno mas grande filme do qual fala sobre pessoas x realidade e as consequências sobre falta de interesse delas de ajudar e ouvir o próximo, ou ente querido. 



Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Dica:Projeto Raros exibe filme político da Nouvelle Vague Japonesa

GOLPE DE ESTADO DE KIJU YOSHIDA NA SALA P. F. GASTAL

Na sexta-feira, 27 de maio, às 20h, o Projeto Raros da Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe o filme Golpe de Estado (Kaigenrei, 1973, 110 minutos), de Yoshishige "Kiju" Yoshida, um dos mestres da Nouvelle Vague Japonesa. Com projeção digital e legendas em português, a sessão tem entrada franca.

SINOPSE Sem motivo aparente, Heigo Asahi mata um poderoso homem de negócios e comete suicídio. Mesmo sem conhecer o homem, um escritor descobre que um de seus livros inspirou o assassinato. Golpe de Estado é a biografia livre de Ikki Kita, o intelectual ultranacionalista cujas ideias inspiraram uma tentativa de golpe militar no Japão em 1936.

Golpe de Estado é o terceiro filme da trilogia de Yoshida que encara a história política japonesa do século 20, completada por Eros + Massacre (1969), sobre a vida do pensador anarquista dos anos 1920, Sakae Osugi, e Purgatório Eroica (1970), reconstrução ultraexperimental dos anos radicais dos grupos estudantis na década de 1950. O filme foi considerado pelo próprio cineasta o ápice de sua obra em conteúdo e estilo. Depois de Golpe de Estado, Yoshida permaneceu treze anos sem realizar longas-metragens. 

Yoshishige Yoshida é um dos principais nomes da Nuberu Bagu, também conhecida como a Nouvelle Vague Japonesa, responsável pela ruptura no cinema japonês a partir do final dos anos 1950. Trabalhando em uma das produtoras mais tradicionais do país, a Shochiku, Yoshida realizou melodramas delicadíssimos, como o celebrado As Termas de Akitsu, sobre um amor impossível no pós-guerra. A partir de 1965, o diretor decide sair da produtora e realizar filmes independentes, movimento simultâneo a de vários nomes importantes de sua geração, como Nagisa Oshima, Shohei Imamura e Seijun Suzuki (esse último acabou demitido da produtora Nikkatsu por conta de sua guinada experimental).

Apostando cada vez mais na experimentação da linguagem cinematográfica, a fase independente de Yoshida é caracterizado em um primeiro momento pelos filmes sobre a libertação da mulher japonesa no contexto da modernização do país no pós-guerra, em uma impressionante parceria criativa e amorosa com a atriz Mariko Okada. No final dos anos 1960, busca os conflitos políticos da história recente do Japão e radicaliza aquilo que se tornou sua marca registrada: o desenquadramento, quando o protagonista deixa de ser o centro da imagem, esmagado entre paredes, tetos, objetos e pelos próprios limites do fotograma.

PROJETO RAROS
GOLPE DE ESTADO
27/05
(Kaigenrei, 1973, 110 minutos)
Direção: Yoshishige Yoshida
Elenco: Rentarô Mikuni, Yasuo Miyake, Akiko Kurano, Tadahiko Sugano.

Exibição digital com legendas em português
 

Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

terça-feira, 24 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: EXILADOS DO VULCÃO

Sinopse: Ela conseguiu salvar do incêndio uma pilha de fotografias e um diário com frases escritas à mão. Estas palavras e rostos são os únicos rastros deixados pelo homem que ela um dia conheceu e amou. Cruzando montanhas e estradas, ela tenta refazer os passos dele. Os lugares que ela visita carregam pessoas, gestos, lembranças e histórias que, pouco a pouco, se tornam parte de sua vida.

Três anos depois de ser premiado no Festival de Brasília, finalmente chega na capital gaúcha o imprevisivel Exilados do vulcão, primeiro longa de Paula Gaitán, que no passado criava ensaios documentais Diário de Sintra (em torno dos últimos anos de Glauber Rocha), Vida (sobre a atriz Maria Gladys) e Agreste (sobre Marcélia Cartaxo).
Há algo de diferente no ar em Exilados do vulcão, uma qualidade cinematografica incomum se anuncia em suas primeiras imagens em cena: uma longa panorâmica das montanhas de Minas sob uma espessa névoa. É o foco principal de que será feita essa trama, de acordo como ficamos descobrindo pelas palavras em off, ou seja: memória ou mesmo antes da tentativa de renascer a memória.
O ponto de partida, é um incêndio em que se destruiu  tudo o que constituía a identidade e a história de um fotógrafo (Vincenzo Amato). Sobraram um diário e uma inumeras fotos. É a partir desses poucos fragimentos que seu amor (Clara Choveaux) se embrenha em uma cruzada para montar a trajetória do desaparecido.
A mulher, se aproximará então de lembranças, lugares e imagens registradas em palavra ou do rosto da pessoa que amou. No longa, a busca faz com que o passado e o presente se fundem em inumeras cenas e criando um verdadeiro mosaico de som e imagem que soltam aos nossos olhos e fazendo com que montemos as inumeras possiblidades sobre o que realmente acontece na tela.
Nesse jogo de quebra cabeça, em que não por acaso são frequentes as referências à mineração, à prospecção, à escavação, a apresentação das cenas se dá de uma forma pessoal, como se todo o trabalho autoral que a  cineasta fez no passado se juntasse aqui e formasse algo que pretende acima de tudo nos querer dizer algo. O mundo do qual a protagonista caminha, por vezes, parece um limbo, ou de um lugar que um dia já foi melhor, mas que não esconde a vida que ainda se encontra por lá. Há uma ligação forte da pele do ser humano com o barro, como o fato da possiblidade de termos nascido da terra e termos que então retornar as nossas raizes.
É um filme experimental, autoral, mas acima de tudo um cinema de arte, do qual dificilmente o que é visto na tela poderia ser visto em qualquer outro lugar, seja num teatro ou tão pouco na tv. Luzes e sombras formam um uníco mosaico, cuja a câmera, por vezes tremula propositalmente, remete um cinema amador, mas de qualidade e genialidade. Um belo exemplo é a cena em que a protagonista pega o homem que ela ama (ou assim como é em sua mente) com a sua amante numa sala de revelação de fotos em meio a uma forte luz vermelha.
Transtornada ela se afasta e se adentra em meio as sombras e diminuindo a sua luz até desaparecer por completo nas trevas. Desde já uma das melhores cenas do filme. ´Há em Exilados do Vulcão uma atmosfera poética, da qual poesias em off se casam com perfeição com as cenas e fazendo delas algo ainda mais precisoso para ser pensado e sentido.
Como em suas obras anteriores, a cineasta Paula Gaitán parece obsecada com relação ao tempo e espaço entre os obejtos e a imagem dos objetos em si. Sobre um horizonte recortado de montanhas, a mulher estende uma fotografia do mesmo local. Diante do pedaço de afresco (Piero della Francesca) numa parede em ruínas, um jovem casal reproduz com seus gestos a cena pintada.
Claro que o cinéfilo mais atento irá sentir e enxergar de cara que há referencias ao já clássico Arvore da Vida, mas Exilados do Vulcão  possui uma identidade própia e uma forma de fazer com que saiamos do cinema e termos a absoluta certeza que  assistimos um filme fora dos padrões normais do cinema convencional.


Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Dica: Sessão especial de destaque do cinema alemão na Sala P. F. Gastal

PROJETO ACADEMIA DAS MUSAS EXIBE FILME DE MAREN ADE NA SALA P. F. GASTAL

Na quinta-feira, 26 de maio, às 19h30, o grupo de pesquisa Academia das Musas exibe na Sala P. F.Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) o filme Todos os Outros (Alle anderen, 2009, 120 minutos), da diretora alemã Maren Ade. A sessão é uma parceria com o Goethe-Institut de Porto Alegre. Projeção em blu-ray. Entrada franca.

SINOPSE: Chris e Gitti estão em um aparente idílio amoroso durante férias na Sardenha. Porém, em meio às brincadeiras, rituais íntimos e hábitos fúteis, esconde-se uma tensão. Cheia de entusiasmo, ela não teme expressar seu amor por Chris, enquanto ele é mais reservado em relação à exposição de sua vida pessoal e profissional, demonstrando certa insegurança. Numa tola tentativa de viver perigosamente, Chris começa a revelar seu gênio voluntarioso, querendo mostrar à namorada quem domina a relação. Com isso, a confiança que ela tinha por ele sofre um duro golpe. Gitti tenta se conformar com o novo comportamento de Chris, mas o que começara como uma experiência lúdica logo se transforma numa luta contra sua própria personalidade. Enquanto ele se afirma como o mais forte da relação, ela começa a perder a cabeça.

Maren Ade nasceu em 1976 em Karlsruhe, na Alemanha. Estudou Produção e Direção na Universidade de Televisão e Cinema de Munique. Dirigiu seu primeiro curta, Ebene 9, em 2000. Seu longa-metragem de estreia, Forrest for the Trees (2003), filme de graduação na universidade, ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Sundance em 2005. Lançado em 2009, Todos os Outros ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Berlim. O novo filme de Ade, Toni Erdmann, é uma das sensações do Festival de Cannes deste ano.

Promovendo sessões e debates, o projeto Academia das Musas pesquisa obras realizadas por mulheres ao longo da história do cinema. Os encontros acontecem quinzenalmente na Sala P. F. Gastal, nos sábados, às 10h30.

GRADE DE HORÁRIOS
24 a 29 de maio de 2016

24 de maio (terça)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 1 – O Inquieto
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado

25 de maio (quarta)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado

26 de maio (quinta)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – Academia das Musas: Todos os Outros, de Maren Ade

27 de maio (sexta)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado
17h15 – Exilados do Vulcão
20h – Projeto Raros – Golpe de Estado, de Yoshishige Yoshida

28 de maio (sábado)
10h30 – Academia das Musas (Sessão Primeiro Cinema – Alice Guy e Lois Weber)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 1 – O Inquieto
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado

29 de maio (domingo)
15h – As Mil e Uma Noites: Volume 2 – O Desolado
17h15 – Exilados do Vulcão
19h30 – As Mil e Uma Noites: Volume 3 – O Encantado
 
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro

Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: X-MEN: APOCALIPSE

Sinopse: O Apocalipse (Oscar Isaac) é o primeiro e mais poderoso mutante do mundo. Ele tem planos de mergulhar o mundo em um apocalipse para garantir a supremacia. Para isso, Apocalipse recruta uma equipe de mutantes, como Magneto (Michael Fassbender). Do lado oposto estão o Professor Xavier (James McAvoy) e Raven (Jennifer Lawrence).

E lá se vão mais de 15 anos desde que Bryan Singer (Os Suspeitos) introduziram os heróis mutantes para o cinema e que deu início a febre das adaptações das HQ. Foram cinco filmes com a equipe e mais dois filmes solo com o seu personagem popular Wolverine.  Mesmo com as suas perfeições, houve claro algumas irregularidades ao longo desse percursso na saga e o pouco desses dois mundos se encontra em X-Men: Apocalipse, mas que o resultado final diverte e não desanima.
Dez anos se passaram desde que o  mundo descobriu que os mutantes realmente existem. Estamos em 1983, onde a sociedade oitentista convive com os mutantes, mesmo ainda existindo o preconceito acalorado contra eles. Porém, o primeiro mutante do planeta desperta e deseja que a sua raça se torne os donos do planeta.
Pois bem, para começar, uma coisa que eu sempre me preocupou (desde X-Men: O Confronto Final) foi a insistencia dos produtores colocarem inúmeros personagens na tela, que  além de prejudicarem o ritmo da trama, poderiam ser facilmente descartados, pois nada acrescentam. Felizmente não é o que acontece exatamente aqui, pois além de velhos conhecidos como Ciclope (Tye Sheridan), Fenix (SophieTurner), Tempestade (Alexandra Shipp) e Noturno  (Kodi Smit-McPhee) serem reentroduzidos na saga, os demais personagens surgidos na segunda trilogia, como Mistica (Jennifer Lawrence) e até mesmo Destrutor (Lucas Till) tem suas presenças respeitadas e tendo tempo necessário para o melhor desenvolvimento de cada um deles. O mesmo não pode se dizer de personagens como  Psylocke (Olivia Munn) e Jubileu (Lana Condor), que embora tenham visuais fieis se comparado as HQ, por outro lado pouco elas são desenvolvidas, sendo que essa última poderia facilmente ser descartada da trama.
Falando em trama, Singer novamente foi esperto em focar o principal elemento de sucesso da franquia: mutantes vs preconceito, sendo que isso é muito bem representado novamente pelo personagem Eric/Magneto (Michael Fassbender),que sofre novamente o duro golpe vindo de pessoas que simplesmente tem medo ou não querem entender as pessoas que são diferentes como ele. Fassbender novamente dá um show de interpretação e uma vez que ocorre esse ato protagonizado por ele nós já estamos mais do que fisgados pela trama.
Já sua contraparte Charles Xavier / Professor X (James McAvoy) demonstra um amadurecimento definitivo e fazendo a gente crer que realmente ele venha se tornar o professor X interpretado por  Patrick Stewart   da trilogia original. Embora o seu desempenho visto no filme anterior  (Dias de um Futuro Esquecido)  ainda seja o melhor, McAvoy demonstra segurança e uma dose de seriedade dentro desse gênero fantástico. Como não poderia deixar de ser, as cenas de MacAvoy e Fassbender sempre se torna um aperetivo a mais na trama.
Sendo que o preconceito sempre foi o principal vilão da franquia, eu sempre achei que introduzir um vilão poderoso como Apocalipse seria um tanto que desnecessário, mas eis que ele finalmente surge. Intepreado por Oscar Isaac (Star Wars: O Despertar da Força), Apocalipse tem uma única ambição: devastar a terra e fazer com que os mutantes dominem o novo mundo reerguido por eles. Ou seja, tipico plano de vilão megalomaníaco e que somente não se tornou caricato graças ao esforço de Issaac, mesmo com todo o peso da maquiagem em seu rosto.
Se as intenções do vilão não convencem, pelo menos elas rendem inúmeras cenas de ação que, embora virtiginosas em alguns momentos, elas rendem bom entreterimento. Cada um dos personagens usa os seus poderes ao máximo e gerando um verdadeiro contraste se comparado ao que foi visto lá atrás em X-Men: O filme. Porém, nada se compara a maravilhosa cena em que Peter / Mercúrio (Eva Peters) novamente usa a sua velocidade ao máximo para fazer uma boa ação e nos brindando com a melhor e mais divertida cena de todo o filme.
Tendo ainda uma bela participação de um velho mutante conhecido nosso, X-Men: Apocalipse cumpre o seu dever de encerrar essa segunda trilogia dos mutantes com dignidade, mesmo com todos os percalços e que poderia gerar um desastre total. 


Me sigam no Facebook, twitter e Google+

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Cine Dicas: Estreias do final de semana (20/05/16)

X-Men: Apocalipse

Sinopse: Apocalipse (Oscar Isaac) é o primeiro e mais poderoso mutante do mundo. Ele tem planos de mergulhar o mundo em um apocalipse para garantir a supremacia. Para isso, Apocalipse recruta uma equipe de mutantes, como Magneto (Michael Fassbender). Do lado oposto estão o Professor Xavier (James McAvoy) e Raven (Jennifer Lawrence).


Vizinhos 2 

Sinopse:Mac (Seth Rogen) e Kelly (Rose Byrne) enfrentam um novo problema. A dupla se depara em um novo embate com vizinhos depois que uma nova irmandade se muda para a casa ao lado. O casal então resolve pedir a ajuda de Teddy (Zac Efron), universitário que também os atormentou tempos atrás.


Os Anarquistas

Sinopse: Paris, 1899. O militar Jean Albertini (Tahar Rahim) deve se infiltrar num grupo anarquista e caso se sai bem na força-tarefa, ele conseguirá uma promoção. Mas o problema é que Jean se apaixona por uma integrante, Judith (Adèle Exarchopoulos), e fica amigo dos outros membros da organização, passando a questionar a sua missão e colocando suas ideologias e vida em risco.


Amores Urbanos

Sinopse:Em São Paulo, os amigos Micaela (Renata Gaspar), Diego (Thiago Pethit) e Júlia (Maria Laura Nogueira) têm muitos sonhos e vivem intensamente o presente. Todos eles compartilham seus desejos e medos, enquanto encaram desventuras amorosas e profissionais em busca de autoconhecimento.


Pais e Filhas

Sinopse:O escritor Jake Davis (Russell Crowe) é brilhante na carreira e chegou a ser reconhecido com o prêmio Pulitzer de literatura. Mas a vida pessoal fica em frangalhos quando descobre estar com alzheimer. Consequentemente, a relação com a filha, Katie, fica abalada. Mais de 20 anos depois, ela ainda luta para lidar com o que sofreu no passado por causa do pai.


A VINGANÇA ESTÁ NA MODA

Sinopse: Uma jovem retorna a sua pequena cidade na Austrália e vai revolucionar o local. Com sua maquina de costura e muito estilo, ela vai influenciar toda uma geração local.


Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Dica: Curso Neorrealismo Italiano


Apresentação

Fim da Segunda Guerra Mundial, 1945. Numa Itália ainda sob escombros materiais, políticos e emocionais, cineastas como Roberto Rossellini, Luchino Visconti e Vittorio de Sica saem às ruas para, longe dos estúdios, fazer a “crônica do dia”: crônica da fome, do desemprego, da orfandade, das desigualdades sociais, regionais e de gênero que assolavam o país. E para entrar para a história do cinema.


O Neorrealismo Italiano, como ficou conhecido o movimento, viria a ser o ponto de origem, a referência sempre posta para todos os cineastas que a partir daí se interessariam por acessar a realidade de modo mais direto, reapresentando-a ao espectador ora em sua versão mais crua e objetiva, ora em outros registros e variações possíveis, como os dos cinemas intimista e realista subjetivo, político, alegórico etc. Antonioni, Fellini, Godard, Truffaut, Rohmer, nos anos 1950 e 1960, já acusam abertamente essa inspiração, algo que se repetiria em Glauber, Pasolini, Bertolucci, Wenders, Fassbinder, Herzog e tantos outros expoentes do cinema moderno. Seria o caso igualmente do cinema indie estadunidense de Cassavetes, já nos 1960, e de seus herdeiros contemporâneos como Spike Lee, Gus Van Sant ou Sofia Coppola. Ou ainda dos chineses, taiwaneses e iranianos dos Novos Cinemas asiáticos dos anos 1980 e 1990, de que são exemplo Zhang Yimou, Hou Hsiao-Hsien, Tsai Ming Liang e Kiarostami. E de uma enorme diversidade de cineastas atuais, por todos os continentes.


Rossellini & Cia. criaram com sua estética realista uma alternativa clara e incrivelmente eficaz ao naturalismo (aparência, ilusão de realidade) imperante em Hollywood, e, de quebra, opções também às duas grandes escolas anteriores do chamado cinema de arte: o Expressionismo Alemão e a Montagem Soviética. Seu conceito de cinema baseado no uso de locações naturais e luz ambiente, planos longos e abertos, mescla de atores profissionais
não-profissionais, aliados à abertura ao improviso, tudo de modo a gerar uma imagem de caráter mais “documental”, serviu como matriz para o desenvolvimento das inúmeras vertentes de realismos cinematográficos vistos desde então.


Objetivos

O curso Neorrealismo Italiano: O Movimento e Seu Legado, ministrado por Fernando Mascarello, vai apresentar os principais filmes e diretores, enfatizando as suas importantes inovações históricas de estilo e temática e situando-as no contexto da Europa pós-Segunda Guerra Mundial. A proposta é compreender o movimento como uma sistematização do realismo cinematográfico e ponto de origem da vertente realista em cinema, até hoje um dos pilares centrais do chamado “cinema de arte”. O curso também vai examinar as principais subvertentes dessa tradição realista, desde o realismo subjetivo de Antonioni e Fellini, nos anos 1950, passando pela Nouvelle Vague francesa e chegando, no contemporâneo, a fenômenos como os Novos Cinemas asiáticos (Taiwan, China, Irã), o cinema indie americano, o Novo Cinema Argentino e cineastas brasileiros atuais.


Conteúdos

O Neorrealismo Italiano

1. Principais filmes e diretores.
2. A tríade Rossellini, Visconti e De Sica.
3. A estética neorrealista.
4. O contexto histórico pós-Segunda Guerra Mundial.

Compreendendo o realismo cinematográfico

1. Por que realismo?
2. O Neorrealismo como alternativa a Hollywood, ao Expressionismo Alemão e à Montagem Soviética.
3. Realismo do cinema de arte x naturalismo hollywoodiano: por que essa diferença é tão crucial?

A vertente realista em cinema

1. O realismo subjetivo italiano dos anos 1950.
2. A influência realista sobre a Nouvelle Vague e os Novos Cinemas dos anos 1960.
3. Anos 1980 e 1990: China, Taiwan, Irã.
4. Realismo made in USA: o cinema indie estadunidense.
5. Realismos contemporâneos argentinos e brasileiros.


Ministrante: Fernando Mascarello
Professor e pesquisador com atuação nas áreas de Teoria do Cinema, História do Cinema, Análise Fílmica, Crítica Cinematográfica, Estudos Culturais e Gênero e Sexualidade. Seu livro "História do Cinema Mundial é adotado na maior parte dos cursos de graduação em Cinema e Audiovisual do país. Como crítico de cinema, também foi responsável pela criação da revista Teorema - Crítica de Cinema, de Porto Alegre. Coordena o curso de Especialização em Cinema da UNISINOS. Atua, desde 2003, como professor das disciplinas de História do Cinema Internacional e Teoria do Cinema do curso de Realização Audiovisual. É doutor em Cinema pela Universidade de São Paulo (2004). Já ministrou os cursos 'Filme Noir: Cinefilia & Sexualidade" e "Cinema de Autor" pela Cine UM.


Curso
NEORREALISMO ITALIANO: O MOVIMENTO E SEU LEGADO
de Fernando Mascarello

Datas: 04 e 05 / Junho (sábado e domingo)

Horário: 9h30 às 12h30

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
(Rua dos Andradas, 1223 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento: 
R$ 80,00
(Valor promocional de R$ 70,00 para as primeiras 10 inscrições por depósito bancário)
Formas de pagamento: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

Informações
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714

Realização
Cine UM - Produtora Cultural

Patrocínio
Sapere Aude Livros / Editora Aleph / Loja Back in Black / Quentin's Bar / Cine Victória

Parceria
Espaço Vídeo

Apoio cultural
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo