Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: A família Bowen acaba de se mudar
para uma nova casa. O pai, a mãe e os dois filhos parecem se adaptar bem ao
novo lar, até começarem a perceber estranhas manifestações em casa, atingindo
principalmente a filha pequena. Um dia, ela é sequestrada pelas forças
malignas, fazendo com que os pais procurem a ajuda em especialistas no assunto,
para recuperar a criança antes que seja tarde demais.
O Vendedor de
Passados
Sinopse: O que você faria se pudesse alterar
erros ou lembranças dolorosas do passado? Esta é a profissão de Vicente (Lázaro
Ramos): ele vende passados às pessoas, criando documentos, fotos e outros
indícios necessários para reescrever a história. Esta trama é uma adaptação do
livro de mesmo nome, escrito pelo angolano José Eduardo Agualusa.
Crimes Ocultos
Sinopse: Durante o governo stalinista na União
Europeia, um oficial da segurança ouve falar de um país onde o número de
assassinatos de crianças é muito alto, a ponto de se considerar a existência de
um serial killer. O Estado não quer saber do caso, que pode ter conexões com
altos funcionários do governo, e exila o oficial para que ele não possa
prosseguir com a análise dos fatos. No entanto, este homem obstinado decide
chamar a sua esposa para investigarem o caso por conta própria.
Nick Cave - 20.000
Dias na Terra
Sinopse:Híbrido de documentário e ficção, um
perfil do cantor, escritor e compositor australiano Nick Cave. Numa abordagem
que contempla visões surpreendentemente francas e um retrato íntimo do processo
artístico, o filme examina o que faz de nós o que somos e celebra o poder
transformador do espírito criativo.
A Incrível História
de Adaline
Sinopse: Adaline Bowman (Blake Lively) nasceu
na virada do século XX. Ela tinha uma vida normal até sofrer um grave acidente
de carro. Desde então, ela, milagrosamente, não consegue mais envelhecer, se
tornando um ser imortal com a aparência de 29 anos. Ela vive uma existência
solitária, nunca se permitindo criar laços com ninguém, para não ter seu
segredo revelado. Mas ela conhece o jovem filantropo, Ellis Jones (Michiel
Huisman), um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade.
Nos dias 30 e 31 de
Maio eu estarei participando do curso História do Cinema Gaúcho, criado pelo
Cine Um e ministrada pela Doutora, jornalista e professora Miriam de Souza Rossini. Enquanto os dois
dias da atividade não chegam, estarei postando por aqui os filmes rodados em
nossa terra (de ontem e de hoje) e que eu tive o privilegio de assistir.
O Homem que Copiava
Sinopse: André
(Lázaro Ramos) é um jovem de 20 anos que trabalha na fotocopiadora da papelaria
Gomide, localizada em Porto Alegre. André mora com a mãe e tem uma vida comum,
basicamente vivendo de casa para o trabalho e realizando sempre as mesmas
atividades. Num dia André se apaixona por Sílvia (Leandra Leal), uma vizinha, a
qual passa a observar com os binóculos em seu quarto. Decidido a conhecê-la
melhor, André descobre que ela trabalha em uma loja de roupas e, para conseguir
uma aproximação, tenta de todas as formas conseguir 38 reais para comprar um
suposto presente para sua mãe.
A atuação do Lázaro
Ramos é impecável, sendo um ótimo ator, e ele não deixa a desejar nesse filme.
Pedro Cardoso (ele parece um clone do Agostinho, seu personagem 'A Grande
Família), Leandra Leal e Luana Piovani são os outros três componentes do
"quarteto fantástico" do filme. Um fator interessante é que não há
heróis nem vilões. Os personagens são pessoas reais, com dúvidas, medos,
ambições. Você acaba simpatizando com André mesmo sabendo que, suas atitudes
não são muito éticas.
Você compreende as
ações dele, mesmo não concordando com elas. O enredo mostra as causas, os atos
e as suas conseqüências. Apesar de ser bem realista, ainda é um filme. As
pessoas assaltam bancos, falsificam notas, mas não são presas E alguém nesse
país é? Talvez o filme seja mais realista do que eu imaginava ganham na loteria
e (é claro!) no fim os protagonistas terminam juntos. Não, eu não acabei com a
graça do filme. Quem ainda não sabia disso?
Nada que retire o
brilhantismo do filme. Uma mostra que o cinema nacional é muito melhor do que
os brasileiros imaginam.
Saneamento Básico: O Filme
Sinopse: Os moradores de
Linha Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos localizada
na serra gaúcha, reúnem-se para tomar providências a respeito da construção de
uma fossa para o tratamento do esgoto. Eles elegem uma comissão, que é
responsável por fazer o pedido junto à sub-prefeitura. A secretária da
prefeitura reconhece a necessidade da obra, mas informa que não terá verba para
realizá-la até o final do ano. Entretanto, a prefeitura dispõe de quase R$ 10
mil para a produção de um vídeo. Este dinheiro foi dado pelo governo federal e,
se não for usado, será devolvido em breve. Surge então a idéia de usar a
quantia para realizar a obra e rodar um vídeo sobre a própria obra, que teria o
apoio da prefeitura. Porém a retirada da quantia depende da apresentação de um
roteiro e de um projeto do vídeo, além de haver a exigência que ele seja de
ficção. Desta forma os moradores se reúnem para elaborar um filme, que seria
estrelado por um mostro que vive nas obras de construção de uma fossa.
Um filme bastante divertido,
com uma história que poderia ter sido filmada em qualquer pequena cidade do
interior do país. Os atores são excelentes, a trilha sonora, em sua maioria de
música italianas, é emocionante, a fotografia cuidadosa. Jorge Furtado, diretor
que já é sinônimo de qualidade, construiu uma obra leve e divertida, e ao mesmo
tempo profunda. É um filme sobre como fazer cinema, um filme sobre mobilização
de um grupo em prol de uma causa, sobre o modo como nossos políticos reagem a
essas mobilizações, e também sobre o relacionamento entre pais e filhos, marido
e mulher, irmão e irmã. Enfim, Saneamento Básico é uma demonstração de que o
cinema brasileiro é capaz de produzir grandes obras.
Nesta semana acontecem duas sessões especiais dentro da mostra 8x André Téchiné. Na quarta-feira, 20 de maio, às 20h, a
CinematecaCapitólio recebe o crítico e pesquisador Luiz Carlos Oliveira Jr. para conversar com o público sobre a obra do realizador francês, após a exibição de um de seus filmes mais recentes,
As Testemunhas (2007). Na sexta-feira, 22 de maio, às 20h, acontece uma edição especial do
Projeto Raros da Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) com uma das obras mais importantes da fase inicial de Téchiné,
Barroco, o Jardim do Suplício (1976). A
mostra é uma realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
e da Vai & Vem Produções Culturais e Cinematográficas,
com apoio da Embaixada da França no Brasil, o Consulado da França em
São Paulo e do restaurante Atelier de Massas.
A
conclusão das obras da Cinemateca Capitólio representa um momento
histórico na vida cultural de Porto Alegre. Iniciado
em 2004, o longo e complexo processo de restauração do Cine-Theatro
Capitólio, uma das mais luxuosas salas de cinema da cidade, além de
recuperar a vocação original do espaço como sala de exibição, também
teve o objetivo de transformar o prédio em um local
destinado à preservação da memória audiovisual do Rio Grande do Sul. O
projeto de restauração e de ocupação do espaço foi patrocinado pela
Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e
Ministério da Cultura. O projeto também contou
com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e
realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE
LUIZ CARLOS OLIVEIRA JR.
Doutorando
em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes
da Universidade de São Paulo (ECA-USP),
sob orientação do Prof. Dr. Ismail Xavier. Autor do livro "A mise en
scène no cinema: do clássico ao cinema de fluxo" (Papirus, 2013). Atuou
como crítico de cinema na revista eletrônica Contracampo no período
2002-2011, participando do corpo editorial de 2004
em diante. Curador das mostras de cinema "Vincente Minelli - Cinema de
Música e Drama" (CCBB-RJ e SP, 2011) e "Jacques Rivette - Já Não Somos
Inocentes (CCBB-RJ e SP, 2013). Como professor convidado, lecionou a
disciplina Crítica Cinematográfica no curso de
Cinema e TV da Faculdade de Artes do Paraná (segundo semestre de 2008).
Autor do artigo De volta para o futuro: a nova era do cinema
sul-coreano publicado em Cinema Mundial Contemporâneo, Campinas, SP:
Papirus, 2008. Participou do Trainee Project for Young
Film Critics do Festival Internacional de Cinema de Roterdã de 2008.
Integrou o programa Collegium, para jovens pesquisadores de cinema, da
27ª e da 28ª edições da Giornate de Cinema Muto de Pordenone (Itália),
em outubro de 2008 e de 2009, respectivamente.
Já colaborou para as revistas Bravo!, Cult, Interlúdio, Paisà e Foco e
para o Guia Folha Livros, Discos e Filmes. Ministrou cursos e oficinas
em espaços como Centro Cultural Banco do Brasil, CineSESC, Cine Humberto
Mauro e Fundação Getúlio Vargas. Diretor
e roteirista de O dia em que não matei Bertrand , curta-metragem 35 mm
adaptado do conto homônimo de Sérgio Sant’anna.
AS TESTEMUNHAS
(Les Témoins, França, 2007, 112')
Com: Michel Blanc, Emmanuelle Béart, Sami Bouajila, Julie Depardieu, Johan Libéreau
Desde
que conhece o jovem Manu (Libéreau), o médico Adrien (Blanc) fica
completamente apaixonado. Manu porém prefere
preservar a relação apenas no nível da amizade. Adrien apresenta-o
então à sua melhor amiga, Sarah (Béart), que acabou de ter um filho e
vive uma relação aberta com o marido (Bouajila). Passado em meados dos
anos 1980, o filme tem como contexto o momento da
descoberta e disseminação da Aids na Europa. Exibição em 35mm.
Terceiro
longa-metragem realizado por André Téchiné. Samson, um lutador de boxe
(Depardieu), tem informações que podem acabar com a carreira de um
conhecido político
cuja candidatura às eleições presidenciais será lançada nos próximos
dias. A fim de impedir que essas revelações venham à tona, o partido do
candidato suborna Samson e impõe como condição que ele deixe o país
imediatamente com sua namorada (Adjani). Exibição
em Blu-ray / Legendagem eletrônica em português
GRADE DE HORÁRIOS
CINEMATECA CAPITÓLIO
19 a 24 de maio de 2015
19 de maio (terça)
15:00 – Cuba Libre
16:30 – Era uma Vez na Anatólia
20:00 – Os Ladrões
20 de maio (quarta)
15:00 – Cuba Libre
16:30 – Era uma Vez na Anatólia
20:00 – As Testemunhas + debate com o crítico Luiz Carlos Oliveira Jr.
21 de maio (quinta)
15:00 – Cuba Libre
16:30 – Era uma Vez na Anatólia
20:00 – As Irmãs Brontë
22 de maio (sexta)
15:00 – Cuba Libre
16:30 – Era uma Vez na Anatólia
20:00 – Projeto Raros: Barroco, o Jardim do Suplício
(Sessão na Sala P. F. Gastal/Usina do Gasômetro)
23 de maio (sábado) 15:00 – O Local do Crime 17:00 – Rosas Selvagens 19:00 – Rendez-vous
24 de maio (domingo) 17:00 – As Testemunhas 19:00 – Hotel das Américas
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133 www.salapfgastal.blogspot.com
Sinopse: Um guerreiro das estradas deve resgatar um grupo
de garotas envolvidas em uma guerra mortal iniciada pela Imperatriz Furiosa.
Em 2002, eu estava
trabalhando como promotor de venda de consórcios e na hora do almoço meus
colegas e eu começamos a conversar sobre filmes de ação. Uma colega minha da
época, chamada Patrícia, disse que o melhor filme de ação para ela de todos os
tempos era Velozes e Furiosos. Eu como conhecedor de filmes, disse a ela que,
se pensa uma coisa dessas é porque não havia conhecido a trilogia Mad Max de
George Miller.
Tudo o que me lembro
é que quase saímos no braço, pois ela defendia o filme com unhas e dentes de
forma absurda e sem querer compreender a minha opção sobre Mad Max. Quando vejo
cada capítulo da cine série protagonizada por Vin Diesel, ou da famigerada “a
lá vídeo clipe” franquia de Transformes, percebo que o público jovem de hoje
esta mal acostumado com filmes que, não passam de uma pálida imagem do que eram
os filmes de ação de verdade dos anos 70 e 80. Mad Max - Estrada da fúria, não só coloca todos esses filmes de ação de
hoje no chinelo, como também vai fazer com que muitos cineastas pensem na
melhor maneira possível de reinventar o gênero de novo e a tarefa não será fácil.
Mesmo com mais de 60
anos de vida, George Miller retorna a cadeira de cineasta nesse mais novo capítulo
e demonstra total liberdade e controle no que sabe fazer de melhor. Nada do que
é mostrado em Mad Max é visto hoje em dia, mas sim da maneira como era feito
antigamente. Os efeitos especiais aqui são mínimos, mas quando eles são usados,
são unicamente para melhor aprimorar o ritmo da trama.
Falando em ritmo, o
cinéfilo terá um prólogo para se situar (caso não tenha visto os capítulos
anteriores), mas logo é jogado junto com o protagonista Max (Tom Hardy) ao
inferno de uma seita. Em poucos minutos, o cineasta deixa a gente sem fôlego,
mas não usa inúmeros cortes rápidos nas cenas, mas sim usando momentos rame
rate mais baixo do que os 24 quadros por segundo habituais e que provocam uma
sensação de movimento acelerado (algo como ocorre quando vemos, hoje em dia, os
filmes da época do Cinema mudo, rodados a 16fps). O momento é de tirar o
fôlego, mas nada que a gente não compreenda o que tenha acontecido em cena
(aprenda Michael Bay).
Após a apresentação,
descobrimos que o protagonista esta servindo de saco de sangue para seguidores
de um tirano que auto se proclama um Deus chamado Immortan Joe (Keays-Byrne,
que também viveu um dos vilões do original) e que usa as mulheres para gerar novos seguidores e dar leite como alimento. Ou seja: mulheres usadas unicamente para procriar e
dar alimento para os desesperados da terra devastada que, ainda clamam pela
pouca água que o vilão dá para eles. A coisa muda de figura quando Furiosa
(Charlize Theron, espetacular) decide fugir com as jovens esposas do tirano e
levá-las para uma possível terra prometida que ela conhece.
Claro que, em meio a
corridas, mortes e loucura, não demora muito para ela e o anti-herói se
cruzarem, mas antes disso, testemunhamos novamente um pouco mais desse dia a
dia apocalíptico. Num universo aonde a esperança se torna mínima, tudo que
talvez reste para desesperados seja acreditar em algo para ganhar um lugar ao
sol. É nesse cenário de crença cega (algo muito bem visto hoje em dia no mundo
real) é que conhecemos o crente suicida Nux (Nicholas Hoult de X-Men:
Primeira Classe) que, não hesita em se sacrificar em nome de Immortan Joe, mas
descobrirá da pior (ou melhor) forma possível de que estava errado.
Tanto esse
personagem, como a forma que as mulheres são tratadas no filme, são na verdade
uma espécie de metáfora que os roteiristas e o cineasta usam contra as igrejas
conservadoras de hoje e com relação a homens que ainda acreditam que tem o
direito de usarem as mulheres como gado. Num cenário onde o estado é nulo e o
lado bom da humanidade cada vez mais raro, ou você usa todos os métodos para
sobreviver contra a insanidade, ou perece antes mesmo de começar a tentar. Não
há lugar para sutileza no universo de Mad Max.
Tanto Max como
Furiosa são dois seres marcados pelo horror, sendo que o primeiro só se importa
em sobreviver e ficar sozinho. Porém, no momento em que dá de encontro com a
causa de Furiosa, gradualmente o seu egoísmo é deixado de lado, buscando
através de sua missão uma espécie de redenção, para assim se livrar do seu
passado que lhe atormenta (visto em poucos flashback). Uma vez feito o acordo,
o grupo parte para a missão, mesmo sabendo que é um suicídio certo.
No percurso, George
Miller capricha ainda mais naquele cenário opressivo, onde o horror se mistura
com a beleza vinda do deserto, embalado com uma das mais belas fotografias do
ano. Sabiamente tons de cores são muito bem distintos comparados uns ao outro,
sendo que ao cair da noite no deserto, o cenário muda, para então saborearmos
belas cenas na luz do luar. Além disso, isso ocorre justamente num momento em
que os personagens buscam um momento de fôlego, para então partirem em busca de
uma terra de paz.
Infelizmente estamos
falando do universo de Mad Max, e se vocês se lembrarem de que, todo o sacrifício
que o protagonista passou no final do segundo filme foi inútil, verá que aqui
isso não deixa de ser diferente. O ato final entrega tudo o que é Mad Max é:
carros em velocidade, batidas, explosões, sangue, sacrifício e morte. Tudo
embalado com uma trilha sonora pesada e que se casa muito bem com cada seqüência
de ação que explode em cena.
Se inspirando de forma
explicita ao clássico A GENERAL de Buser Keaton e Clyde Bruckman, George Miller
fez em Mad Max: Estrada da Fúria o que nenhum outro cineasta fez no gênero de
ação nestes últimos dez anos e provando que cinema espetáculo, com apenas um
fio de roteiro, pode sim se criar uma verdadeira obra prima da sétima arte.