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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 5 de março de 2015

Cine Curiosidade: Capitão America 3: Poster feito por fã chama atenção pela qualidade

Sabendo que o terceiro filme do bandeiroso será baseado na saga Guerra Civil, um fã criou um criativo e poderoso poster que deu o que falar hoje na rede. E vcs o que acham?   


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quarta-feira, 4 de março de 2015

Cine Dica: Dia internacional da mulher no CineBancários

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL PARA O DIA INTERNACIONAL
DA MULHER NO CINEBANCÁRIOS
O CineBancários segue a tradição de celebrar o Dia Internacional da Mulher promovendo uma programação especial para a data. Esse ano, a sala de cinema do Sindicato dos Bancários antecipará a pré-estreia do filme "Violette", de Martin Provost, em três sessões exclusivas e com entrada franca no dia 8 de março (domingo), às 15h, 17h e 19h. O longa entra em cartaz no dia 9 de abril (quinta-feira).
Passando-se em Paris, meados do século XX, Violette (interpretada por Emmanuelle Devos) se vê como uma mulher feia e desinteressante. Porém se por um lado a ausência de autoestima domina a sua vida, por outro a faz refletir sobre as relações entre as pessoas e, em especial, sobre a condição feminina. São essas reflexões que ela passa para o papel. Até que um dia conhece a autora por quem tem a maior admiração: Simone de Beauvoir (Sandrine Kiberlain). Simone elogia a força e interpidez de Violette e a encoraja a desenvolver o talento, não se conter e desafiar todos os limites. No meio dessa relação, elas acabam se envolvendo em vários níveis.

FICHA TÉCNICA:
Direção: Martins Provost
Roteiro: Martins Provost, Marc Abdelnour, René de Ceccatty
Produção: TS Productions, France 3 Cinéma, Climax Films
Fotografia: Yves Cape
Edição: Ludo Troch
Gênero: Drama
País: França
Ano: 2013
COR
Tempo: 139 minutos
Classificação: 14 anos.

Elenco: Emmanuelle Devos, Sandrine Kiberlain, Olivier Gourmet, Catherine Hiegel, Jacques Bonaffé, Olivier Py.

 
MAIS INFORMAÇÕES:
     - Baseado na vida da grande escritora Violette Leduc e sua mentora/objeto de desejo Simone de Beauvoir

     - Seleção Oficial – Festival Internacional de Toronto

CRÍTICA:
Um drama de época muito bem realizado” – The Hollywood Reporter

A pioneira escritora feminista Violette Leduc recebe uma biografia digna de sua vida” - Variety

Emmanuelle Devos nos oferece o papel mais apaixonante e exageradamente louco de toda a sua carreira” - IndieWire
TRAILER:
Leiam a minha critica já publicada clicando aqui.  
C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro - Porto Alegre | Fone: (51) 34331204 
  

terça-feira, 3 de março de 2015

Cine Especial: A Noviça Rebelde: 50 Anos depois


Sinopse:No final da década de 1930, na Áustria, quando o pesadelo nazista estava prestes a se instaurar no país, uma noviça (Julie Andrews) que vive em um convento mas não consegue seguir as rígidas normas de conduta das religiosas, vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp (Christopher Plummer), que tem sete filhos, viúvo e os educa como se fizessem parte de um regimento. Sua chegada modifica drasticamente o padrão da família, trazendo alegria novamente ao lar da família Von Trapp e conquistando o carinho e o respeito das crianças. Mas ela termina se apaixonando pelo capitão, que está comprometido com uma rica baronesa.
Se pedirmos a um cinéfilo que cite cinco filmes clássicos marcantes para o cinema, sempre existirá a possibilidade de um deles ser A Noviça Rebelde.  São inúmeros os fatores que o alçaram ao patamar de “Clássico”, ou melhor, um conjunto de acertos que o colocam mais próximo de uma obra perfeita: boas interpretações, roteiro simples mais capaz de despertar a atenção de quem assiste, fotografia, direção, trilha sonora, etc.. Ainda hoje conseguimos nos encantar com Maria (Julie Andrews), o Sr. Trapp (Christopher Plummer) e as sete crianças. Entretanto, é verdade que dos anos 60 até nossos dias o cinema mudou bastante, tornou-se mais rápido, dinâmico, elétrico, ás vezes barulhento e até ensurdecedor, e aos poucos nos acostumamos a este novo cinema. Assim, aos incautos filhos dos anos 80 e 90, diminuam a velocidade antes de sentarem na poltrona para assistir este filme.
Maria é uma jovem noviça que não consegue se adaptar ao mundo recheado de disciplina do convento para freiras, então, é com grande sabedoria que sua madre superiora a encaminha para uma temporada fora dos muros daquela instituição, para, quem sabe assim, a jovem reconhecer a verdadeira “vontade de Deus”. Maria não poderia ter ido para um lugar mais desafiante do que a casa do Capitão Trapp, local em que o riso, as brincadeiras, e a diversão deram lugar a disciplina, tão rígida quanto a de um navio. Esta era a forma daquele chefe de família apagar as lembranças alegres que pairavam naquela casa antes de sua esposa falecer. Assim, na primeira parte do filme veremos as aventuras de Maria para trazer a alegria de volta aquela casa, contrariando e ao mesmo tempo encantando ao Sr. Trapp, com suas belas canções alegrando toda a família, menos, é claro, a Baronesa Schraeder(Eleanor Parker), que almejava casar com Sr. Trapp.
A segunda e última parte da obra mostra esta família fugindo do Estado Nazista, pois a trama é ambientada na Áustria pré-ascensão de Hitler. E, como o Capitão Trapp é um nacionalista fervoroso e não aceitava aquela ofensiva alemã, só lhe restava fugir, mesmo que isto significasse abandonar sua amada terra natal, porém, era a única forma de salvar sua família, decisão difícil também tomada por muitos europeus naqueles tempos sombrios.
Um filme adorado por inumeras gerações e não é a toa que foi belamente homenageado no ultimo Oscar comemorando então os seus 50 anos de vida. 


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Cine Dica: Horror surrealista de Giulio Questi no Raros


Na sexta-feira, 6 de março, às 20h, o Projeto Raros da Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe Arcana (1972), de Giulio Questi, um dos filmes mais singulares do horror italiano dos anos 1970. Com entrada franca, a sessão terá projeção em DVD com legendas em inglês. Após a exibição, haverá um debate com os críticos e pesquisadores do cinema de gênero italiano Carlos Thomaz Albornoz, César Almeida e Cristian Verardi. 
“Este filme não é uma história. É um jogo de cartas. Por isso que o começo e o fim não são verossímeis. Vocês são os jogadores. Joguem bem e vençam”. É com essas palavras que Giulio Questi introduz Arcana, seu terceiro longa-metragem. Na trama, uma viúva siciliana ganha a vida como clarividente em Milão e ajuda o filho com poderes sobrenaturais a se tornar um grande feiticeiro. No elenco de Arcana estão Lucia Bosé e Tina Aumont, divas de diferentes períodos do cinema italiano.  
 Nos anos anteriores, Questi já havia introduzido seu surrealismo particular em gêneros populares do cinema italiano. Em O Pistoleiro das Balas de Ouro (1967), também conhecido no Brasil como Django Vem Para Matar (numa tradução internacional oportunista com o sucesso do filme de Sergio Corbucci), subverte as narrativas de vingança típicas do faroeste, apresentando uma cidade repleta de figuras inusitadas. Em A Morte Fez um Ovo (1968), aproxima-se do giallo para criar uma trama política bizarra que entrelaça assassinatos de prostitutas e experiências científicas com frangos. 
O fracasso comercial do experimental Arcana abreviou a trajetória cinematográfica de Questi, um dos poucos a conseguir equilibrar-se entre as premissas narrativas do cinema de gênero e as invenções radicais das rupturas pós-1960. Entre meados da década de 1970 e os anos 1990, o diretor realizou filmes e séries para a televisão italiana. Nos anos 2000, retomou a produção pessoal com elogiadíssimos filmes experimentais, feitos com câmera digital em seu próprio apartamento. Giulio Questi morreu em dezembro de 2014. 

PROJETO RAROS
06/03
ARCANA
Direção: Giulio Questi
1972
102 minutos
Elenco: Lucia Bosé, Tina Aumont e Maurizio Degli Esposti
Exibição em DVD com legendas em inglês
  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

segunda-feira, 2 de março de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Nostalgia da Luz



Sinopse: Grande Prêmio da Academia Europeia de Cinema 2010 melhor documentário nos festivais de Guadalajara México Toronto Canada e Yamagata Japão. Prêmio da Crítica de Nova York.Em outubro de 2010 Patricio Guzmán recebeu no Festival do Rio o prêmio Fipresci pelo conjunto da obra. Em Atacama lado a lado os grandes observatórios que examinam o universo e os abandonados acampamentos de mineiros de cobre na época de Pinochet transformados em cárcere para presos políticos. Em Atacama o tão distante que quase escapa à vista e só pode ser visto pela lente do telescópio e o tão perto que igualmente quase escapa à vista e só pode ser visto por quem se dispõe a examinar cada grão da areia do deserto. Alexander Kluge criou certa vez no final da década de 1970 no filme A patriota(Die Patriotin) uma imagem da relação do indivíduo com a história: uma professora insatisfeita com a história da Alemanha no século 20 decide com uma pá abrir um buraco no meio do Congresso e escavar até encontrar a verdadeira história de seu país. Guzmán encontrou no deserto de Atacama uma imagem real ainda mais forte: com pequenas pás de jardinagem parentes de presos políticos que morreram nos cárceres que a ditadura de Pinochet montou no deserto vasculham a areia em busca de fragmentos de ossos para por meio de um exame de dna comprovarem que o filho ou o marido ou o irmão que o familiar desaparecido morreu ali nas prisões do deserto de Atacama.




O documentário chileno Nostalgia da Luz nos brinda como cenário principal o Deserto do Atacama, onde astrônomos se utilizam da transparência do céu para explorar a infinitude do universo em busca de vida extraterrestre. Paralelamente, ocorre outro tipo de busca. O longa-metragem também debate a procura, por um grupo de mulheres, de corpos de parentes desaparecidos durante o período da severa ditadura do general Augusto Pinochet. Também é neste cenário que arqueólogos pesquisam os vestígios das civilizações pré-colombianas, como pinturas rupestres e fósseis. 
Nostalgia da Luz utiliza-se de composições poéticas, explorando, de maneira singular,  metáforas e comparações. O documentário explora constantemente o paradoxo existente entre o moderno e o passado. Isso é evidenciado pela própria composição do ambiente cinematográfico, marcado pelo Deserto do Atacama que, carrega o passado das antigas civilizações e elementos modernos inseridos nesse cenário, isto é, os centros de observações astronômicas. Percebe-se, nitidamente, o emprego de planos estáticos e meditativos que realçam a beleza de objetos prosaicos. Além disso, o filme lida com a obsessão humana pelo passado e discute a contradição que há no fato de ignorarmos, comumente, nossa História recente.
Valendo-se de composições de imagens que prendem a atenção do espectador, Nostalgia da Luz surpreende através de planos inspiradíssimos, marcados pela representação ímpar do espaço sideral, bem como de fotografias justapostas dos desaparecidos políticos. É importante lembrar que, assim como o conteúdo do filme, as imagens também se comunicam através das metáforas e das comparações. Ao trazer a superfícies da Lua em uma das tomadas, Guzmán sugere a representação de um crânio humano.
O filme é espetacular e fundamental para a reflexão de todas as sociedades humanas. Os constantes questionamentos, aos quais o ser humano está submetido, são evidenciados ao longo do documentário. Ademais, o filme oferece uma fantástica visão filosófica sobre a existência e a condição humana, a qual é, durante todo o longa-metragem, comparada com a infinitude, as dúvidas e o mistério do cosmos. 
A produção cinematográfica chilena faz uso de uma sensibilidade única, que permeia tanto a narração pausada e cuidadosa como a própria composição fotográfica e sonora do longa. Nostalgia da Luz abre portas para a discussão, para a reflexão e, sobretudo, para problematizar o verdadeiro sentido da nossa existência e preocupações como seres humanos.




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Cine Dica: Ficcao Cientifica dos Anos 50



APRESENTAÇÃO

O curso apresenta a produção de filmes de ficção científica da década de 1950, que surge pela primeira vez como gênero cinematográfico substituindo o horror nas telas e originando obras que exploravam as principais preocupações da época, como a conquista do espaço, viagens interplanetárias, invasões alienígenas, ataques de discos voadores e as consequências desastrosas de uma iminente guerra nuclear. Também mostra como o cinema se apropriou do clima paranoico motivado pela Guerra Fria entre EUA e URSS e o confronto entre as ideologias capitalista e comunista para criar filmes perturbadores e sensacionalistas, retratos pertinentes de uma era de medos e incertezas, nos quais a ameaça da perda da individualidade era um pesadelo frequente.

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Uma centena de filmes estadunidenses e ingleses, realizados entre 1950 e 1959, foram selecionados para representar o período, assim como uma análise da contraparte oriental, representada pela produção japonesa Gojira (1954), um dos mais poderosos filmes sobre as consequências da energia nuclear e seu poder destrutivo. O curso exibirá também filmetes produzidos por órgãos do Governo dos Estados Unidos no período da Guerra Fria, legendados em português com exclusividade, ajudando a reconstituir o clima da época e resgatar os valores culturais e sociais que influenciaram o surgimento e evolução da ficção científica cinematográfica.


OBJETIVOS

O curso Ficção Científica dos Anos 50 – O temor da bomba atômica e os horrores da era nuclear, ministrado por Carlos Primati, vai fazer uma análise do cenário sócio-político que propiciou a expansão da Ficção Científica no cinema da década de 1950. O curso também exibirá trechos selecionados das obras mais representativas do gênero naquele período marcado pela Guerra Fria, pelos temores do holocausto nuclear e o medo das invasões alienígenas.



CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Aula 1 (06/Abril)
Anos 50: Explosão da era nuclear e da ficção científica
Duck and Cover: aprenda a sobreviver à bomba atômica.
* O que é e o que não é ficção científica?
* Segunda Guerra Mundial: horror pior do que a ficção.

Aula 2 (07/Abril)
Corrida espacial, discos voadores e invasores alienígenas
* Ao espaço e além: exploração espacial e viagens interplanetárias.
* Ameaça vinda do espaço: a epidemia dos discos voadores.
* Homenzinhos verdes: as invasões alienígenas.

Aula 3 (08/Abril)
Inimigos infiltrados, mutantes e monstros gigantes
* Viemos em missão de paz: visitas de seres amigáveis.
* Paranoia anticomunista: a silenciosa invasão humanoide.
* Efeitos colaterais da energia nuclear: os monstros gigantes.

Aula 4 (09/Abril
Hecatombe nuclear: outros universos da ficção científica
Gojira(1954): reflexões sobre uma força incontrolável.
* Voando sozinho: a ficção científica a partir dos anos 1960.
* O futuro não é mais como costumava ser: o gênero nos dias atuais.

Ministrante: CARLOS PRIMATI

Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial.
Publicou artigos em livros sobre a obra do cineasta José Mojica Marins e sobre o Horror no Cinema Brasileiro. Colaborou no livro Maldito, de André Barcinski e Ivan Finotti, e co-produziu a Coleção Zé do Caixão em DVD, vencedor do 1º Prêmio DVD Brasil como melhor coleção do ano. 
Publicou textos nas edições especiais O Livro do Horror (Herói), O Super Livro dos Filmes de Ficção Científica (Superinteressante) e A História do Rock (Bizz). Criou e editou a revista Cine Monstro,
e trabalha na organização de uma monumental enciclopédia sobre filmes de horror.
Já ministrou pela Cine UM os cursos A Obra de Alfred HitchcockHistória do Cinema de Horror;
Expressionismo Alemão: Uma Sinfonia de Luzes e Sombras e Zé do Caixão: 50 Anos de Terror.


Curso

FICÇÃO CIENTÍFICA DOS ANOS 50

de Carlos Primati


DATAS
Dias 06, 07, 08 e 09 / Abril (segunda a quinta)

HORÁRIO
19h30 às 22h

LOCAL
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
(Rua dos Andradas, 1223 - Porto Alegre - RS)

INFORMAÇÕES
cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714

REALIZAÇÃO
Cine UM Produtora Cultural

PATROCÍNIO
Sapere Aude Livros
Editora Aleph
APOIO CULTURAL
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo

PARCERIA
Espaço Vídeo
Rádio Putzgrila
Papo de Cinema

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Cine Especial: SAM MENDES



São poucos as pessoas que ingressam na carreira de cineasta e logo na estreia se consagra, mas Sam Mendes pertence a essa minoria. Com uma  carreira sólida como diretor de teatro, o talentoso britânico tentou a sorte no estúdio Dreamworks em 1999 que, na época, a recém estava começando pelas mãos do cineasta Steven Spielberg. A estreia como diretor de cinema não poderia ser mais do que bem sucedida e abaixo conferimos a sua trajetória, com poucos títulos, mas que tem muito a dizer cada um deles.   



Beleza Americana
 

Em sua estreia como diretor, Mendes desconstrói por completo a família perfeita norte americana e tirando do armário todos os esqueletos guardados. Kevin Spacey (Oscar de melhor ator) é um personagem que já de cara nos diz que está morto, mas nem por isso irá deixar de nos contar quais foram os eventos que o levaram a morte. O cinéfilo mais atento irá reparar que esse início lembra de cara o clássico Crepúsculo dos Deuses, mas as comparações param por ai, pois a trama não é uma critica sobre Hollywood, mas sim sobre a vida suburbana de uma cidade comum que, por vezes, as pessoas se encontram meio que alienadas em suas vidas normais.
Vencedor de 5 Oscar, incluindo melhor filme, Beleza Americana lidera a lista de ótimos filmes de 1999 que, para alguns, foi um dos melhores anos do cinema das ultimas décadas. 




Estrada para Perdição  

Na época do seu lançamento, o estúdio Fox fazia questão de esconder o fato de o filme ser uma adaptação de uma HQ, pois naquele tempo (2002) as adaptações dessa arte para o cinema anda não era bem vistas. Anos se passaram e os filmes baseados em HQ se tornaram lucrativos para os estúdios e provaram também que o mundo dessa arte não se vivia apenas de heróis. Passou-se o tempo e se percebe como Estrada para Perdição estava à frente do seu tempo, mesmo o cinema já tendo tido inúmeros filmes de gângster, mas Mendes fez a diferença.

Tom Hanks interpreta um dos seus primeiros anti-heróis do cinema, onde interpreta um matador a serviço de um chefão poderoso (Paul Newman), mas que devido a eventos trágicos que atingiram a sua família, os fazem ficar um contra o outro. O filme marca a despedida de Newman do cinema e sua ultima cena da carreira cinematográfica faço questão de posta-la aqui.



Soldado Anônimo

Existem no cinema inúmeros tipos de filmes de guerras, mas Mendes quis fazer algo extremamente inusitado, narrando um dos inúmeros eventos durante a guerra do Golfo. Aqui, o maior inimigo não são os Iraquianos dos quais os soldados americanos deveriam enfrentar, mas sim eles mesmos, enfrentando as suas próprias frustrações, medo e impaciência. Jake Gyllenhaal (Suspeitos) faz questão de ser um soldado assim como seu pai foi, mas mal sabendo que sua guerra interna e a espera pela guerra de fora seria o seu principal inimigo.   

Com altas doses de humor negro e que faz até mesmo referências á clássicos como Nascido Para Matar e Apocalipse Now, Soldado Anônimo é um daqueles filmes que você deseja assisti-lo inúmeras vezes só para se deleitar.



Foi Apenas Um Sonho

Após o sucesso retumbante de Titanic, Leonardo DiCaprio e Kate Winslet retornam novamente como casal, mas diferente do épico de Cameron, Mendes novamente retorna sobre mesmo tema visto em Beleza Americana e coloca a dupla em situações imprevisíveis e melancólicas. O filme se passa na década de 50, onde as mulheres cada vez mais se sentem presas no seu dia a dia familiar, ao ponto de explodirem internamente. Winslet representa essa geração sufocada, desejando um futuro melhor, mas que não consegue encontrar uma saída para tal feito.

Com a participação de uma das primeiras boas interpretações de Michael Shannon (O Homem de Aço), Foi Apenas Um Sonho é um filme para poucos, principalmente devido ao seu final imprevisível.



007 - Operação Skyfall

Mais do que um encerramento da trilogia reboot de 007 no cinema, o filme dirigido por Mendes é a união do novo e do velho da cine série, usando formulas desgastas dos filmes anteriores, mas que incrivelmente se tornam frescas nas mãos do diretor. Em pouco mais de duas horas, assistimos toda a mitologia do espião inglês reunidas num único filme, gerando em nós uma verdadeira nostalgia quando a gente assiste. O filme marca a despedida de Judi Dench da cine série e recomeço para uma nova leva de filmes do protagonista.

Com um vilão imprevisível, interpretado por Javier Bardem (Onde Os Fracos não tem Vez)  007 - Operação Skyfall foi o primeiro filme de grande orçamento dirigido por Sam Mendes, mas nem por isso deixando de lado o seu lado autoral e criando então uma aventura inesquecível.




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