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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida


Sinopse: O menino Ted descobriu que o sonho de sua paixão a bela Audrey é ver uma árvore de verdade algo em extinção. Disposto a realizar este desejo ele embarca numa aventura por uma terra desconhecida cheia de cor natureza e árvores. É lá que conhece também o simpático e ao mesmo tempo rabugento Lorax uma criatura curiosa preocupada com o futuro de seu próprio mundo.
Dirigido por Chris Renaud e Kyle Balda (Meu Malvado Favorito), O Lorax, se diferencia dos filmes criados pela Pixar, pois é uma produção destinada somente para as crianças, mas não quer dizer que tenha uma trama bobinha. Do inicio ao fim, o filme carrega a mensagem sobre preservação do meio ambiente, e mesmo que o mundo inteiro esteja careca de saber sobre isso, a mensagem funciona como uma luva para os pequenos, que ainda estão a recém descobrindo sobre certo e o errado. Baseado num conto clássico de Dr. Seuss, a trama é bem convidativa, ao retratar a cidade de Thneed-Ville, onde tudo é artificial, inclusive as arvores, onde tudo é de plástico. Embora com todo esse colorido da cidade e com seus avançados recursos, as pessoas (embora, aparentemente felizes) se encontram desacordas com relação a suas verdadeiras necessidades, o que não deixa de ser um reflexo de nossa sociedade consumista atual. Com tantos recursos e meios de comunicação, será que é isso que realmente queremos? As pessoas não param para pensar nisso!
E é neste pensamento, que o filme volta no tempo, onde acompanhamos a jornada The Once-ler, e na sua busca de ficar rico, através dos cortes das arvores coloridas, as trúfulas, mas eis que surge então Lorax (voz de Dani DeVito), um simpático ser amarelo, que tenta  ensinar a ele, que o que está fazendo é errado, mas com o tempo, irá aprender da pior maneira possível, quando na realidade já é tarde demais. Embora a linguagem do filme seja mais voltada para as crianças, não deixa de ser interessante esse ponto da historia, onde se cria uma verdadeira critica contra nos mesmos, com relação ao que fazemos com o nosso meio ambiente. Como bom filme de animação direcionado para crianças, o filme passa mensagens positivas, embalado com diversas musicas engenhosas, chegando ao ponto, em fazer a criançada cantar junto (pelo menos foi isso aconteceu na sessão que eu fui),
Embora previsível do começo ao fim, a mensagem de Lorax, que passa aos pimpolhos, já vale o ingresso.    


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Cine Curiosidade: Anthony Perkins faria 80 anos hoje


Se estivesse vivo, Anthony Perkins completaria 80 anos vida. Perkins jamais se desvencilhou da imagem do atormentado Norman Bates, mas acredito que ele pouco tenha se importado com isso, já que após Psicose, o cinema jamais foi o mesmo. Muitos se lembram é claro, da famosa cena do assassinato no chuveiro, mas os segundos finais do filme, é que mostram como Perkins era um excelente interprete, confiram:   
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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: IMORTAIS

Leia minha critica, já publicada, clicando aqui.


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terça-feira, 3 de abril de 2012

Cine Especial: Cinema Japonês: Do Clássico ao Contemporâneo: Parte 2

Nos dias 14 e 15 de abril, estarei participando do curso “Cinema Japonês: Do Clássico ao Contemporâneo”, realizado no Santander Cultural, criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico de cinema Francis Vogner dos Reis. E enquanto o evento não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei, sobre grandes obras primas, que vieram do outro lado do mundo!


OS SETE SAMURAIS
Sinopse: Durante o Japão feudal do século XVI, um velho samurai chamado Kambei (Takashi Shimura) é contratado para defender uma aldeia indefesa que é constantemente saqueada por bandidos. Contando com a ajuda de outros seis samurais, Kambei treina os moradores para resistirem à um novo ataque, que deve acontecer muito em breve.
Mesmo sendo um filme longo (3horas e 21minutos), o filme não cansa em nenhum momento e nos prende do começo ao fim. Talvez, com certeza a cena mais marcante é a batalha final na chuva que é inesquecível. É fato que Akira Kurosawa fez do seu cinema, uma janela para o mundo descobrir as tradições milenares da cultura nipônica. Mas Os Sete Samurais deixou de ser um filme, para se tornar um ponto de referência entre os demais e plagiado incansavelmente por inúmeras escolas cinematográficas (inclusive Hollywood em "Sete Homens e um Destino") ao longo do tempo.
A trama é tão simples, porém, sublime como o seu idealizador. Um grupo de camponeses tem a sua aldeia saqueada constantemente por uma gangue de samurais ronins. Cansados de serem assaltados freqüentemente, o grupo decide contratar samurais que disponibilizem a segurança de sua colheita. Eis que conhece Takashi Shimura (Kambei Shimada) em uma visita a cidade. Shimura decide formar uma força de defesa, a fim de proteger a vida destes camponeses e pulverizar os ronins que assolam a aldeia.
Dos seis samurais que Shimura iria designar, um merece um comentário em especial. Estamos falando do grande Toshirô Mifune, que nesta obra interpreta Kikuchiyo, um samurai atrapalhado, dotado de um apelo humano incomensurável. Mifune fez uma parceria inesquecível ao lado de Kurosawa, mas esteve irradiante em cena nesta obra. Mifune tem uma presença marcante e da uma força colossal, que prende a atenção, para todos os gestos e falas, dominando totalmente a condução da trama. Vale salientar, que Mifune já tinha trabalhado em quatro obras (destaque para "Rashomon") de Kurosawa, antes de atuar em Os Sete Samurais e ainda faria mais seis filmes (destaque para "Yojimbo- O Guarda Costas) ao lado do mestre.
Ao ler a sinopse, você deve estar achando que se trata de mais um filme recheado de sangue e criaturas de olhos oblíquos dando gritos e golpes de karate. Engana-se completamente, pois Kurosawa foi um gênio e não é a toa que ele ganhou este adjetivo, sendo que, sempre priorizou as relações humanas. É bem verdade, que como todo o filme oriental, Os Sete Samurais exibe cenas de combate, mas tais cenas apenas diferem uma faceta do perfil nipônico. O que torna Kurosawa especial diante dos demais, é a sua sensibilidade para retratar de forma fiel conceitos e valores morais, que até então, eram desconhecidos da grande maioria das pessoas.
Os Sete Samurais foi filmado em 1954, e só pela data já assusta. Pois somente um diretor de inspiração única poderia produzir uma obra extremamente soberba, a partir de recursos tão irrisórios da época. Ao longo de 208 minutos, o filme é tecnicamente primoroso, mas razão pelo longa ser tão extenso deve-se a Kurosawa ser perfeccionista e usar de detalhes que abrangem um ritmo lento e uma sincronia construtiva impecável dos personagens e da trama em si.
Clássico do cinema japonês; Os Sete Samurais é uma aula de direção e interpretação. Uuma experiência indescritível para quem sabe compreender a sua proposta. Kurosawa ganhou o Leão de Prata no festival de Veneza através desta obra prima. Mas muito mais do que isto, Kurosawa ganhou o prestígio e a imortalidade na memória dos fiéis apaixonados pelo bom e velho cinema de qualidade!


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Cine Dica: Em Cartaz: JOGOS VORAZES


AVENTURA FUTURÍSTICA, ESTRÉIA NO CINEMA DE UMA FORMA CORRETA E SEM OFENDER A INTELIGENCIA DE NINGUÉM! 
Sinopse: Num futuro distante, boa parte da população é controlada por um regime totalitário, que relembra esse domínio realizando um evento anual - e mortal - entre os 12 distritos sob sua tutela. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição e acaba contando , com a companhia de Peeta Melark (Josh Hutcherson), desafiando não só o sistema dominante, mas também a força dos outros oponentes.
O mais novo sucesso do momento (mais de 200 milhões dólares nas duas primeiras semanas nos EUA), Jogos Vorazes, é com certeza, o melhor sucessor (em termos de franquias), para acolher os órfãos de Harry Potter, que acabaram amadurecendo ao longo dos anos, junto com a saga do jovem bruxo, e que buscam algo mais criativo para se assistir. Muito melhor do que aturar a saga Crepúsculo, que mais ofende a nossa inteligência, do que passar algum significado. Mas o filme dirigido por Gary Ross (Alma de Herói) entra num território já bem explorado, tanto na literatura, como para o cinema (leia mais aqui), entretanto, em direções diferentes e que se comunica com a realidade atual na qual vivemos.  
Ao criar um futuro, em que um regime totalitário, usa jovens de 12 distritos, para se digladiarem em uma floresta artificial, o filme não só entra num território sobre os direitos da liberdade de expressão, oprimida, por uma ditadura fascista, como também faz uma critica a mania “big brother”, que se alastra em todo mundo, já que na trama, as lutas são todas exibidas na TV, em um grande show de entretenimento. Com isso, percebemos a total falta de bom senso nos dominantes daquele mundo, ao tratarem jovens como gados e sem darem muita opção com relação ao futuro para eles. Gary Ross é habilidoso ao retratar esse inquietante futuro. Há primeira hora alias, é digna de nota, onde o cineasta retrata o dia a dia daquelas pessoas, de uma forma bem gradual e sem pressa, fazendo da pessoa que assiste já compreender, se sintonizar com  aquele tipo de mundo e sem dar muitas explicações, apesar delas existirem nos primeiros segundos do filme.
Ross também mostra ares de diretor autoral, principalmente em momentos em que sua câmera esta sempre em movimento, com ângulos muitas vezes impressionantes e até então inéditos, principalmente para uma franquia que nasceu para conquistar jovens e que não estão exatamente acostumados dessa forma de se ver um filme. Tecnicamente eficaz, o filme também não falha com relação a sua protagonista Katniss, interpretada de uma forma correta pela mais nova sensação jovem do momento, Jennifer Lawrence. Indicada para o Oscar de Inverno da Alma e tendo surpreendido em X-Men: Primeira Classe (como a jovem Mística), Lawrence nos convence em vários momentos da trama, seja quando nos faz emocionar, quando parte para o sacrifício para salvar a irmã (e na perda de uma companheira, num momento mais tocante da obra), ou quando surpreende seus algozes com o arco e a flecha, demonstrando total controle no que está fazendo. Até mesmo na previsível relação amorosa que nasce entre ela e o personagem Peeta, ela nos agrada. E se ator Josh Hutcherson não convence muito nestes momentos, pelo menos não atrapalha no desenvolvimento.
O filme ainda tem tempo, de saber apresentar muito bem outros personagens secundários da trama, como no caso do treinador dos protagonistas, Haymitch Abernathy, interpretado de uma forma genial por Woody Harrelson (Assassinos por Natureza). Embora o ator esteja numa super produção, sua forma de interpretar não é muito diferente se comparada a outros momentos de atuação ao longo da carreira dele (como no caso de seu desempenho de O Mensageiro). Sendo assim, Harrelson não se intimidou em estar numa produção como essa, e com isso, criou mais um personagem inesquecível, para sua galeria de personagens translocados e geniais. Do resto, podemos citar Donald Sutherland como coadjuvante de luxo e sem muito que acrescentar na trama, embora tenhamos certeza, que seu personagem possa crescer ainda mais numa eventual seqüência.
Com um visual que lembra clássicos como Laranja Mecânica e Brasil: O filme, Jogos Vorazes foi uma bem vinda surpresa neste inicio de temporada de filmes norte americano. E se a intenção desde o inicio era para começar uma franquia para gerar (novamente) um grande lucro, pelo menos, os engravatados souberam ir para o caminho certo, que não seja para ofender a inteligência desta nova geração de jovens, e sim, entretê-las com uma historia de qualidade e que nos faz pensar!    


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Cine Dica: Mostra Michelangelo Antonioni



Do dia 2 a 20 de Abril, a sala da Redenção (Av. Eng. Luiz Englert, s/n – Farroupilha - 90040-060 - Porto Alegre/RS) exibe uma maratona gratuita, com os maiores clássicos do cineasta Michelangelo Antonioni. Filmes como Aventura (1960), Eclipse (1962) e A noite (1961) serão um dos destaques. A mostra serve como grande aquecimento, para quem busca conhecimento sobre a carreira do diretor, como também uma forma de estar mais preparado, para aqueles que forem participar do curso (criado pela CENA UM) sobre Antonioni, que será realizado (provavelmente) em maio.
Mais informações sobre a maratona, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.


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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cine Especial: Cinema Japonês: Do Clássico ao Contemporâneo: Parte 1

Nos dias 14 e 15 de abril, estarei participando do curso “Cinema Japonês: Do Clássico ao Contemporâneo”, realizado no Santander Cultural, criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico de cinema Francis Vogner dos Reis. E enquanto o evento não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei, sobre grandes obras primas, que vieram do outro lado do mundo!

ERA UMA VEZ EM TÓQUIO
Sinopse: Casal de idosos viaja a Tóquio, onde pretende visitar os filhos que há anos não vêem. Porém, todos são muito atarefados e não têm tempo para dar-lhes atenção. Quando sua mãe fica doente, os filhos vão visitá-la junto com a nora de seu falecido filho mais novo, e complexos sentimentos são revelados entre eles.


Se Akira Kurosawa era considerado como um diretor japonês, que mais fazia filme com uma linguagem semelhante ao do ocidente, Yasujiro Ozu era o melhor diretor que poderia levar as telas, o universo contemporâneo do Japão dos anos 50. Sendo que na época, o Japão vivia em tempos de mudança, tanto de costumes, como também estava se reerguendo, após as feridas que adquiriu aos eventos da segunda guerra mundial.
Das melhorias, sempre surgem às mudanças, como o avanço do progresso (visto em panorâmicas em algumas cenas), e com isso, surgem às mudanças dos costumes daquele povo. E isso é muito bem retratado no filme, ao focar a jornada de um casal de idosos, ao visitar seus filhos, onde cada um tem a sua vida e responsabilidade. Atarefados e pouco tempo para os pais, acompanhamos o cotidiano movimentado, tanto dos filhos, como dos pais, que buscam uma forma de se encaixar naquele universo, cujo tempo nunca para. O filme gradualmente nos conquista, devido aos personagens carismáticos, onde cada um possui uma personalidade diferente da outra, assim como os sentimentos com relação ao casal de idosos, que por sua vez, são protagonistas das melhores cenas do filme.  
Yasujiro Ozu tem uma visão particular em apresentar essa historia. As cenas que nos assistimos, são com a câmera para baixo, dando a impressão, que estamos assistindo a uma cena, pela perspectiva de uma criança. Essa forma de filmar, com certeza influenciaram inúmeros cineastas, como no caso de Steven Spielberg, ao criar sua maior obra prima que foi ET.
Um filme sobre mudanças, sobre o medo delas, mas acima de tudo, um filme sobre qual é o significado, sobre a união familiar e o desejo de manter essa união!


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