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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Os Meninos que Enganavam Nazistas



Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, a França está ocupada pelos nazistas. Em meio ao medo, os irmãos judeus Joseph e Maurice se separam da família. Os dois têm de encontrar coragem para fugirem dos alemães, enquanto tentam reencontrar seus pais.

Se existe um tema do qual não é preciso criar personagens ou situações fictícias esse tema é a Segunda Guerra Mundial. Tantas situações, em momentos indescritíveis, aconteceram com tantas pessoas, que não há duvidas que nem todas ainda foram contadas. Algumas virão sempre à tona, seja em adaptações para o cinema ou contada em livros, mas outras permanecerão no limbo.
Porém, quando surge uma adaptação dessas histórias para o cinema, por exemplo, devemos voltar as nossas atenções a ela, pois mais uma trama conseguiu sair do limbo, mais uma dramática história, mais um exemplo para que seja lembrado e que certas atrocidades jamais aconteçam novamente. O filme dirigido por Christian Duguay (Hitler - A Ascensão do Mal, 2003) cumpre o seu dever ao retratar na tela mais uma visão de um dos momentos mais críticos da história. Curiosamente, o filme possui um teor leve, talvez porque a obra seja protagonizada por dois meninos, dos quais terão que amadurecer mais cedo perante o mundo do qual vivem.
Assistimos a realidade através de seus olhos e faz com que os horrores da guerra sejam ainda mais cruéis, pois fazem um contraste muito maior com a inocência ainda impregnada nesses dois jovens. O gradual amadurecimento dos dois irmãos impressiona, mesmo quando não temos certeza se algumas dessas passagens da trama são realmente verídicas, pois quando a gente menos espera, nós já estamos mais do que envolvidos emocionalmente e torcendo para que eles consigam chegar ao fim desse túnel. Como todo filme do qual contem nazista, os vilões são retratados da maneira habitual da qual a gente imagina.
Não apenas são imprevisíveis em suas ações hediondas, como passam também a ideia de que gostam com relação ao que fazem contra aqueles que eles oprimem. Os soldados que surgem na trama são amedrontadores, aparentam certo grau de loucura, ou até mesmo desejo em perseguir judeus. Se alguns momentos isso pode soar inverossímil, basta então hoje você ligar a TV, ou acessar a internet, para dar de encontro com pessoas intolerantes e cruéis em suas palavras.
Porém, é preciso levar em conta que houve pessoas que estavam somente cumprindo ordens, ou que achavam cegamente que aquilo era o certo. Devemos levar em conta também que, ao final do conflito, os vencedores não demonstraram piedade com os que perderam principalmente com relação aqueles que trabalharam em escritórios ou como o dono da livraria onde Joseph trabalhava e taxado como simpatizante. Mulheres tiveram seus cabelos raspados, foram estupradas e mais homens acabaram sendo mortos. 
Como se o horror justificasse o outro. A posição nobre de Joseph ao tentar intervir que machucassem mais o seu patrão é o que falta nos homens que decidem criar um conflito internacional inconsequente. Obras como essa vêm para fortalecer sobre o que aconteceu no passado e ecoar para que não se repita em nosso presente. Infelizmente, ainda é preciso de mais histórias vindas do passado para podermos usá-las de exemplo, para então conter a intolerância e a crueldade do homem de hoje. 

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