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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Agradecimentos, resistência e um feliz 2018




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Cine Especial: Retrospectiva 2017: Cine Um e HQ


Você não nasce sabendo, mas sim com a missão de descobrir o mundo e ter que saber qual será o seu verdadeiro  caminho. No meu caso não levou muito tempo para me dar conta que o meu prazer era o cinema e escrever sobre o assunto. O problema foi saber enxergar o filme além de sua proposta, conhecer mais sobre a história do cinema e, acima de tudo, saber escrever.
Confesso que até hoje ainda não estou 100% com relação a escrita, mas se tem uma coisa que eu aprendi é que quanto mais você escreve menos você irá errar. Ao longo do percurso, sempre me dediquei em pelo menos fazer um texto por dia nesse meu blog, para não somente deixa-lo mais popular, como também sendo uma forma de aprendizado e muito prazeroso. E falando de aprendizado eis que sempre tenho o Cine Um para me ajudar a ter melhor conhecimento com relação a sétima arte.
Criado por Jorge Ghiorzi, o Cine Um até hoje é a melhor forma para mim ter um melhor conhecimento sobre o cinema, conhecer pessoas da área e por me fazer dar conta que sempre terá algo a mais para aprender sobre essa arte. Em sete cursos nesse ano, fui para Itália conhecer Ettore Scola; me aprofundei na literatura policial sendo adaptada para o cinema; ter um novo olhar sobre o mestre Martin Scorsese; viajei no tempo e fui conhecer as raízes do cinema de horror inglês; conhecer melhor o nosso cinema independente; atravessar a cortina e conhecer o mundo do sonhar dentro do cinema e dar umas boas risadas e conhecer melhor o gênero da comédia.
Portanto tenho mais do que agradecer ao Jorge, ao elaborar esses cursos, trazer os melhores ministrantes no assunto e para então termos boas horas de estudo cinematográfico. Gostaria também de agradecer aos organizadores do Filosofia e Arte, que me deram um dia de boas aulas na Cinemateca Capitólio, ao me fazer viajar um pouco entre a ficção e filosofia dentro do cinema. Abaixo uma lista de minhas conquistas desse ano e que o próximo eu encare um novo patamar que vai ser no matar ou morrer, mas essa é uma outra história para ser contada.

1º Ettore Scola - Um cineasta muito especial: ministrado pela Fatimarlei Lunardelli
2º A queima Roupa - A literatura policial americana no cinema: ministrado por Cesar Almeida 
3º Martin Scorsese - O Lobo de Hollywood: ministrado por Robledo Milani
4º Horror Britanico - Uma orgia de sangue e pavor: ministrado por Carlos Primati
5º Cinema Independente brasileiro hoje: ministrado por Daniel Feix
6º Filmes e Sonhos - A Psicanálise no cinema: ministrado por Leonardo Della Pasqua  
7º Filme Comédia - O Cinema que faz rir: ministrado por Flávia Seligman 

A tela que Pensa: Filosofia, Cinema e Ficção Cientifica: ministrado por Ana Beatriz Antunes e Luame Cerqueira. 

E HQ como ficou para mim nesse ano?  

Quem me acompanha nessa pagina já sabe que sou grande fã de HQ. Nessas últimas décadas, essa arte de conhecer histórias está tendo um casamento duradouro com a sétima arte e pelo visto tão cedo não haverá um divorcio. Claro que haverá um dia um esgotamento no gênero, mas até lá, temos mais que desfrutar. 
Infelizmente 2017 foi um ano que, definitivamente, não tive tempo de escrever sobre nenhuma HQ que eu li. Eu tenho hábito de, ao invés de ser que nem os outros que não largam o celular durante a viagem de trem, desfrutar de uma boa leitura ao longo do percurso até o trabalho.  E mesmo com a crise pós golpe que assolou o nosso país nesse ano, é impressionante como as editoras tem investido pesado nos mais diversos tipos de histórias e formatos do mundo dos quadrinhos. 
Abaixo uma lista das principais HQ que eu li nesse ano e quem puder vai a caça.

01º Black Hole -  de Charles Burns
02º Meu Amigo Dahmer - de Derf Backderf
03º Paciência - De Daniel Clowes
04º Ghost In The Shell - de Shirow Masamune
05º O Xerife da Babilônia - de Tom King, Mitch Gerads
06º Un Follow - de Rob Wiluams
07º Corpos - de Si Spenser
08º Coleção Histórica Marvel  - Wolverine - de Chis Claremont
09º Mulher Maravilha - de George Perez
10º Batman - Louco Amor - Paul Dini, Bruce Timm


Cine Dicas: Estreias do final de semana (29/12/17)

Roda Gigante

Sinopse: A atriz Ginny (Kate Winslet), casada com Humpty (James Belushi), acaba se apaixonando pelo salva-vidas Mickey (Justin Timberlake). Mas quando sua enteada, Carolina (Juno Temple), também cai de amores pelo rei da praia, as duas começam uma forte concorrência.

O Rei do Show

Sinopse: A história de P.T. Barnum (Hugh Jackman), showman empreendedor conhecido como "Príncipe das falcatruas". Entre suas criações estão um museu de curiosidades e um circo próprio, em que eram apresentados animais, freaks e fraudes de todo tipo. Lá ele inventou o “O Maior Espetáculo da Terra”, em cartaz até hoje no Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus.

A origem do dragão
Sinopse: A história do lutador e ator Bruce Lee e de suas divergências com o mestre de Kung Fu Wong Jack Man.


A Ópera de Paris

Sinopse: A história da vida nos bastidores de uma das mais prestigiosas instituições de arte no mundo, o Ópera de Paris.

Fala sério, mãe!

Sinopse: Que ser mãe é padecer no paraíso todo mundo está cansado de ouvir. Mas... e os filhos? Será que eles também não sofrem sua dose de martírio nessa relação? Em “Fala Sério, Mãe!”, Angela Cristina (Ingrid Guimarães) e Malu (Larissa Manoela) vivem juntas esse aprendizado. Malu quer fazer tudo do seu jeito, enquanto a mãe não perde uma oportunidade de pagar mico. Mas Angela diz que Malu "não é todo mundo", mesmo que as mães sejam todas iguais. Com muito humor, elas mostram que a relação mãe x filha vai do conflito à amizade, em uma intensa relação de cumplicidade. As habituais – e saudáveis – discordâncias entre mães e filhas são o ingrediente principal desse relato fiel e divertido da convivência, por vezes selvagem, entre criadora e criatura.

O Jovem Karl marx

Sinopse: Aos 26 anos, Karl Marx embarca com a mulher, Jenny, para o exílio. Em Paris, eles conhecem Friedrich Engels, filho do dono de uma fábrica que estudou o nascimento do proletariado inglês. Engels traz a Marx a peça que faltava para o quebra-cabeça de sua visão de mundo. Juntos, em meio à censura, greves e agitação política, eles vão liderar uma completa transformação política e social do mundo.

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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Cine Especial: Retrospectiva 2017: Top 10 das melhores séries de tv

O ano de 2017 foi novamente um período em que assisti inúmeros filmes no cinema. Por conta disso, não tive muito tempo em escrever sobre as séries de tv, das quais eu aprecio muito também. Contudo, antes tarde do que nunca, pois deixo abaixo a minha lista das melhores séries desse ano e das quais cada uma prova que a qualidade dessas produções se comparada a produções cinematográficas está praticamente igual.    

The Handmaid's Tale 

Baseado no conto da canadense Margaret Atwood que havia sido escrito nos anos 80, a trama é assustadoramente contemporânea, onde num futuro as mulheres perdem todos os seus direitos e são unicamente usadas para servir e procriar para os homens da igreja que tomaram o governo dos EUA. Em tempos em que o conservadorismo está cada vez mais se alastrando na política, seja ela aqui ou no mundo a fora, The Handmaid's Tale é uma série obrigatória e que serve de alerta. 

2º'Twin Peaks: O Retorno 

Quando Laura Palmer disse ao agente Cooper no final da segunda temporada  que os dois voltariam a se ver após 25 anos ela não estava brincando. David Lynch criou a proeza de retornar aquele universo criado por ele e pelo produtor Mark Frost e fazer tudo o que ambos não puderam fazer no início dos anos 90. O resultado é uma obra de arte do começo ao fim, intrigante, revolucionária e que, como de costume, levanta mais perguntas do que respostas com relação que testemunhamos. 

O episódio 08 ainda nos perturba. 

Big Little Lies

Dirigido por Jean-Marc Vallée (Clube de Compras Dallas), a série nos brinda com as melhores interpretações das carreiras de Nicole Kidman, Reese Witherspoon e Shailene Woodley (A Culpa é das Estrelas). Ao colocar as três protagonistas numa cidade comum, mas da qual esconde o pior vindo do homem, ambas demonstram força quando sempre estão juntas em cenas  esplêndidas e muito bem dirigidas. A cena final do último capitulo é sem sombra de dúvida um dos melhores momentos da tv nesse ano.  

Better Call Saul  (3ªtemporada)

A cada nova temporada a série vai melhorando de uma forma absurda e provando ser digna como a verdadeira sucessora de breaking bad. Gradualmente testemunhamos a queda do personagem Saul para dentro do mundo do crime e cada vez mais se aproximando daquela personalidade crua da qual nós havíamos conhecido. Novamente os atores Bob Odenkirk e Jonathan Banks dando um show de interpretação. 

Mindhunter 

David Fincher novamente surpreende. Após largar o barco antes de afundar da série House Of Cards, o cineasta decide se aventurar nos anos 70 e testemunhar as investigações de dois agentes do FBI para compreender cada mente dos piores assassinos daquele tempo. Já com a segunda temporada engatilhada,  Mindhunter é prato cheio para os fãs do diretor e para aqueles que curtem uma trama policial pé no chão.  

Feud 

Deliciosa produção da HBO ao retratar umas das maiores rivalidades que o cinema americano já presenciou. Jessica Lange e Susan Sarandon dão vida aos ícones Joan Crawford e Bette Davis e nos passando a ideia da colossal rivalidade que ambas tinham o tempo todo durante as gravações no set do filme que viria a se tornar clássico O que terá acontecido com Baby Jane? 

StrangerThings (2ª temporada)

Se não supera o primeiro pelo menos mantém o pique e os mesmos ingredientes que fizeram da primeira temporada um dos maiores fenômenos recentes da Netflix. E se algumas passagens desse segundo ano deixa um pouco a desejar, o último episódio nos brinda com uma espécie de síntese sobre a difícil passagem de uma fase inocente para o início da vida adulta. Tudo embalado com músicas de sucesso dos anos 80 como uma clássica cantada por Cyndi Lauper.
     
Game of Thrones (7ª temporada)

Sinceramente pensei muito em colocar ou não esse último ano na lista, já que ele é inferior se comparado a temporada anterior, mas não significa que seja ruim. Ao meu ver essa temporada é um grande prelúdio para ato final e do qual promete ser inesquecível.   

Dark

Essa produção alemã estreou no último  minuto do segundo tempo mas já conquistou uma leva de fãs e a opinião da crítica. Embora tenha sido comparado a StrangerThings, o conteúdo é mais voltado para os adultos, mas ao mesmo tempo tendo ingredientes do gênero fantástico, como no caso de viagens no tempo e proporcionando inúmeras reviravoltas imprevisíveis. É uma série que requer bastante atenção, mas que logo vai lhe conquistando facilmente.  

10º Ozark 

No principio essa série foi comparada inevitavelmente a Breaking Bad, mas ela possui uma identidade própria. A crítica situação de um simples contador que, achando que se envolvendo com um cartel de drogas se sairia bem, acabou lhe proporcionando inúmeros problemas e fazendo com que a sua própria família ficasse em perigo. Não falta momentos absurdos, mas dos quais fazem todo o sentido nas situações de desespero dos quais os personagens se encontram.  

Para não serem esquecidas: Vikings (4ª temporada), Bates Motel (5ª temporada), Orange Is the New Black (5ª temporada), Alias Grace, The Sinner, Narcos (3ª temporada). Fargo (3ª terceira temporada)

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Cine Especial: Retrospectiva 2017: O Top 10 dos Melhores Fimes Estrangeiros e Nacionais

Estrangeiros:

1º Blade Runner 2049

Blade Runner 2049 é um filme sobre nós, sobre a preservação do que nos faz realmente humanos e na busca pelos sonhos que podem ser realizados. Leia mais aqui. 

2º Mãe!

“Mãe!” talvez venha se tornar o melhor filme em que sintetiza a situação do mundo atual em que vivemos e que, infelizmente, anda se fazendo muito pouco para se mudar esse quadro.Leia mais aqui.      

3º Dunkirk 

Dunkirk é uma prova absoluta de que as velhas técnicas de filmagens ainda são eficazes para o nascimento de um belo espetáculo cinematográfico.  Leia mais aqui. 

4º Logan 

 LOGAN, um filme que entrará facilmente na lista dos melhores filmes de adaptação de HQ dos últimos anos, por ter a coragem de quebrar os alicerces firmes e previsíveis do gênero e nos presentear com algo corajoso e inesquecível. Leia mais aqui. 

5º  Mulher Maravilha

 Mulher Maravilha é o melhor filme da Warner/DC desde o Cavaleiro das Trevas, pois nos passa uma ar revigorante, moldado de coração e com uma boa dose de esperança para todos nós. Leia mais aqui. 

6º Corra!

CORRA! nos surpreende pela sua originalidade, mas ao mesmo tempo, sabendo usar velhas fórmulas de sucesso para se criar um belo filme de terror contemporâneo.   Leia mais aqui. 
  
7º Personal Shopper

Personal Shopper é aquele tipo de filme do qual não termina quando as luzes se ascendem, mas sim continua em nossas mentes. Leia mais aqui. 

8º  Na Praia na noite sozinha
 

Na Praia à Noite Sozinha é um filme que se divide entre sonhos e pensamentos e dos quais personifica o lado mais intimo de um cineasta super criativo. Leia mais aqui. 

9º Manifesto

Manifesto definitivamente não é um filme do qual será compreendido por todos, mas é graças a sua originalidade, além da contribuição e o esforço surpreendente vindo de Cate Blanchett, é o que torna o filme uma experiência incomum e que foge por completo do convencional. Leia mais aqui. 

10º  Bom comportamento 

Bom Comportamento é um belo exemplo cinematográfico, do qual ecoa o melhor do cinema do passado e sintetizando o potencial dessa arte a ser melhor explorada em nosso presente. Leia mais aqui. 

Para não serem esquecidos: PatersonIt: A Coisa,  Atômica,  Guardiões da Galáxia Vol.2, Homem Aranha: De Volta ao Lar, Em Ritmo de Fuga, A Criada,  La La Land, A Vilã,  Manchester à Beira-Mar,  A Qualquer Custo,  Jackie,  Star Wars: Os Últimos Jedi, Eu Não Sou Seu Negro, Fragmentado, Moonlight: Sob a Luz do Luar, Ornitólogo, Planeta dos Macados: Guerra, Thor: Ragnarok.


Nacionais: 

1º Martírio 

 Martírio é um filme denúncia, pois não somente revela as represálias que os indígenas sofrem todos os dias no país, como também escancara o lado podre e golpista dos políticos de ontem e hoje. Leia mais aqui. 

2º Central: O Filme

Central é um verdadeiro soco no estômago, não só pelo fato de testemunharmos um cenário de horror, mas  também por nos darmos conta que o estado criou um monstro e do qual até hoje não consegue controlá-lo.  Leia mais aqui. 

3º Bingo 

Bingo - O Rei das Manhãs é um filme brasileiro perfeito, do qual retrata uma década de 80 cheia de luzes, cores e de uma aura politicamente incorreta e sedutora.  Leia mais aqui. 

 4º Era o Hotel Cambridge

Era o Hotel Cambridge é um filme sobre a resistência  do Brasil de hoje, da qual não merece ser calada, mas sim ouvida e  refletida.  Leia mais aqui

5º Rifle 

Rifle é uma pequena experiência sensorial sobre a realidade contemporânea, da qual cada vez mais se encontra indefinida e movida pela incerteza sobre o nosso real papel no mundo atual.  Leia mais aqui. 

6º Pendular

Pendular comprova o grande talento da cineasta  Júlia Murat, onde soube criar momentos tanto sutis, como também momentos de forte impacto e nascendo então um mosaico sobre os relacionamentos contemporâneos e com alto teor crítico visual. Leia mais aqui. 

7º Redemoinho 

Redemoinho é um verdadeiro soco no estômago por saber criar um reflexo de nossa sociedade, por vezes, oprimida e cada vez mais perdida em seu dia a dia.  Leia mais aqui. 

8º Divinas Divas 

Divas Divinas é um registro histórico de um período, onde a intolerância desenfreada não impedia que o talento aflorasse nesse grupo de artistas e para que assim conseguissem a sua luz própria. Leia mais aqui. 

9º Joaquim 

 Joaquim é uma visão corajosa com relação a um personagem histórico tão conhecido e que com certeza irá reacender inúmeros debates pelo Brasil como um todo.  Leia mais aqui. 

10º Mulher do Pai

 Mulher do Pai é um belo exemplo de cinema autoral gaúcho, mas que sabe dialogar com um público que vai ao cinema em busca de se identificar com a proposta principal da trama.  Leia mais aqui. 

Para não serem esquecidos: Fale Comigo, Como nossos pais, Gabriel e a Montanha, Corpo Elétrico, Duas Irenes, Filme da minha vida, A cidade onde envelheço, Animal Politico, O Rastro, Quem é Primavera das Neves, Elon não Acredita na Morte.   


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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: Mulheres Divinas

NOTA: filme exibido para os sócios  do Clube de Cinema de Porto Alegre no último sabado (23/12/17)

Sinopse: Suíça, 1971. A jovem dona de casa Nora (Marie Leuenberger) vive com seu marido e seus dois filhos numa pequena aldeia. Até então sua vida era tranquila e não tinha sido afetada com as grandes revoltas sociais e o movimento de 1968, mas, é aí que Nora começa a fazer campanha pelo direito de voto das mulheres.

Em 2015, o filme A Sufragistas retratava a luta de mulheres do Reino Unido em conseguir o direito de votar pela primeira vez em suas vidas. O filme serviu de exemplo para as mulheres de hoje, em buscarem os seus direitos, pois a igualdade entre homens e mulheres é o primeiro passo para a extinção do preconceito em todas as formas. Mulheres Divinas segue uma rota similar, ao mostrar que o conservadorismo tentou frear de todas as formas a liberdade das mulheres, quando na verdade só estavam cada vez mais ficando para trás. 
Dirigido pela cineasta Petra Biondina Volpe, acompanhamos a história da dona de casa Nora (Marie Leuenberger), que vive numa aldeia da Suiça. Sua vida se resume nos trabalhos de casa, desde a cuidar dos filhos, como também do marido e ter que aguentar os pensamentos retrógrados do seu sogro. Porém, os movimentos de 1968 serviram de ponto de ignição para que Nora revele sua outra faceta que estava a tempos adormecida.
Já na abertura do filme demonstra ser primorosa, onde mostra diversos movimentos acontecendo naquele momento, seja na frança ou em outros países e dos quais provava que os ventos da mudança pelo mundo estavam acontecendo com força. Porém, a aldeia onde se passa a história parou no tempo, como se alguém tivesse criado uma redoma de vidro e fizesse com que essas mudanças jamais afetassem os velhos costumes daquele lugar. Esses costumes, aliás, era unicamente manter os homens no controle, acreditando que deveriam ser os únicos a trabalharem fora, terem o controle do dinheiro em casa, enquanto as mulheres tinham como o único papel trabalhar em casa e obedecer os maridos. 
O filme escancara o fato de que, os homens daquele tempo, pelo menos os que viviam no cenário principal da trama, eram na realidade incapazes de fazer qualquer outra coisa com relação aos afazeres de casa. A partir do momento em que as mulheres decidem lutar pelos seus direitos, além de por novas regras no jogo, observamos homens que, antes os donos do poder, acabam por então perder as suas máscaras e revelando suas verdadeiras facetas, não somente como machistas e  retrógrados, como também limitados em seus próprios mundos. Um verdadeiro efeito borboleta, onde mostra que as mudanças vindas da liberdade de expressão e pela igualdade dos direitos iguais veio para fazer de uma sociedade presa aos velhos costumes tendo que encarar  que está mais do que na hora de mudar e amadurecer. 
Marie Leuenberger como a protagonista Nora é a verdadeira alma do filme. Começando como uma mulher com mente aberta, mas presa nos afazeres e nas regras impostas pelo homem, gradualmente testemunhamos ela começar a mudar a partir do momento que toma uma iniciativa consigo própria. Isso é mais do que o suficiente para influenciar as demais mulheres da trama, das quais demonstravam desejo por maior liberdade, mas nunca tinham um pingo de coragem. Contudo, embora boa parte dos homens da trama demonstrem estarem dispostos a irem contra essa mudança, é singelo o desempenho de Maximilian Simonischek ao interpretar o marido de Nora que, gradualmente, vai lidando com as ondas da mudanças e descobrindo um lado de si próprio que até então desconhecia. 
Embora com alguns momentos previsíveis, Mulheres Divinas é uma deliciosa produção de época, cuja sua mensagem soa forte em nossa realidade contemporânea. 


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