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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: O CLUBE



Sinopse: Um grupo eclético de sacerdotes convive com Mónica, uma freira, em uma casa na costa chilena. Quando não estão orando e expiando seus pecados, eles treinam seu cachorro para a próxima corrida. O que será que os levou até ali, praticamente no meio do nada, onde o vento sopra forte frequentemente? Quando um novo sacerdote muda-se para lá, um homem começa a lhe fazer fortes acusações. Sua voz aumenta mais e mais até que um tiro soa. O padre evita as acusações dizendo ser suicídio. A igreja envia um investigador, mas será que ele realmente tem a intenção de descobrir a verdade ou apenas garantir que a aparência santa seja mantida?
 

A Trama se passa num local onde seria uma espécie de refugio dos padres pedófilos. Esse é o mote principal do filme chileno O Clube, de Pablo Larrain, mostrando o que a Igreja Católica faz com os seus sacerdotes pedófilos, aplicando um exílio para assim evitar mais escândalos. Embora seja uma ficção, o filme beira ao realismo cru, quase um documentário e, segundo as próprias palavras do cineasta, se inspirou em refúgios dos padres localizados na Suíça.
Em síntese, um mundo sórdido que o filme vai revelando, pouco a pouco, na linguagem de um homem revoltado, Sandokan, que ao reconhecer o padre que o molestou quando criança, se coloca diante da casa santuário de pedófilos e conta, de maneira brutal e crua, como esse padre lhe fazia chupar seu pau e depois lhe enfiava no anus e como envolia o semen depositado na sua boca, como se fosse dádiva divina. Esse repertório cru das ações sacerdotais, depois da missa, coloca em polvorosa todos os padres pedófilos acantonados nesse refugio, pois se por um momento a imprensa for informada seria uma catástrofe para a Igreja. Dirigidos pela governanta fanática religiosa, todos decidem que o padre deve matar o protestante  que, na opinião deles, deveria se confessar no confessionário, mas ao invés disso grita em alto bom som para todos do local ouvirem. As consequências desse ato acabam se tornando imprevisíveis e criando um caminho sem volta para os que vivem no local.
O Vaticano, que prefere resolver esses assuntos polêmicos na maior discrição, envia ao local uma espécie de delegado da igreja, do qual irá interrogar cada um que vive no local. Mesmo a gente vivendo em um dos países mais católicos do mundo, o filme foi exibido, mesmo que em pouco tempo em nossos cinemas e conquistando inúmeras boas críticas pela sua corajosa crítica que a obra faz. O final é de uma extrema hipocrisia, pois querendo ou não, o horror é colocado por baixo de panos quentes para que se evite o pior, mas com um alto preço e gerando em nós um verdadeiro soco no estômago.
Em uma entrevista, o cineasta Pablo Larrain diz ter tido educação e ter conhecido padres corretos na sua infância, mas que existem outros dos quais a Igreja quer tirar do mapa e esconde-los em lugares de difícil acesso para a imprensa. Como um todo, o filme é uma crítica contra a igreja que, embora poderosa, tenta resolver situações como essa em surdina, mesmo em pleno século 21. Não é um filme que veio para questionar a sua fé, mas sim para você pensar sobre situações como essa com a mente mais aberta. 



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