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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Cine Dica: Clássico Paixão dos Fortes no Cine AURORA

Neste sábado, 17 de outubro, às 19h, a Sessão Aurora exibe na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) o faroeste Paixão dos Fortes (My Darling Clementine, 1946, 92 minutos), uma das obras-primas de John Ford. Com projeção digital em alta definição, a sessão tem entrada franca. Depois do filme, acontece um debate com os editores do Zinematógrafo, fanzine de crítica de cinema de Porto Alegre. 
SINOPSE: Wyatt Earp (Henry Fonda) é o lendário xerife de Dodge City, mas hoje ele se limita a viajar com seus irmãos carregando gado. Em uma das viagens, ele deixa seu irmãos mais novo tomando conta do rebanho enquanto vai ao saloon. Quando volta, encontra o pequeno morto e decide aceitar trabalhar no cargo de xerife da cidade, tentando trazer a justiça ao local.
A exibição faz parte do ciclo Histórias do Cinema Americano, que propõe ao longo do ano uma reflexão sobre o cinema realizado nos Estados Unidos, exibindo filmes de diferentes tempos, gêneros e autores. A partir de Paixão dos Fortes, a ideia é debater a obra e o legado do maior nome do cinema americano: John Ford.
“Ao lado de Fomos os Sacrificados e Domínio dos Bárbaros, Paixão dos Fortes forma uma sombria trilogia de tristeza, esperança, resistência e ansiedade (...). Aproxima-se da alegoria sobre as experiências na Segunda Guerra Mundial. Wyatt Earp (Estados Unidos) desiste de controlar Dodge City (Primeira Guerra Mundial), mas vai à guerra novamente para combater os Clantons (Segunda Guerra Mundial), para deixar o mundo seguro. A vitória é horrível, e Wyatt precisa voltar ao deserto, a seu pai (confissão, reconstrução), deixando a inocência, a esperança e a civilização (Clementine) para trás, “lost and gone forever”, uma memória distante (a grande estrada) em Tombstone (o mundo de 1946)”. Tag Gallagher (John Ford, The Man and His Films).

“Terceiro faroeste falado de Ford (depois de No Tempo das Diligências e Ao Rufar dos Tambores). O filme contribuiu significativamente para dar notoriedade ao gênero, especialmente pela solenidade plástica que instala uma aura mítica suplementar em torno de personagens já célebres: cada um de seus gestos, seus deslocamentos no espaço do plano, adquirem infinita importância, como já acontecia na evocação de Ford da juventude de Lincoln. Com No Tempo das Diligências Ford forneceu a ilustração mais brilhante do faroeste clássico. Na época de Paixão dos Fortes, começa a era do faroeste moderno (Canyon Passage, Pursued, I Shot Jesse James, Winchester 73). Ford dificilmente pode ser relacionado a esse movimento geral de renovação. Ele se contenta em ser, por assim dizer, moderno comparado a si mesmo (...) Recusando toda continuidade linear na estrutura dramática, o filme muitas vezes parece ser uma sequência indiferente de digressões”. Jacques Lourcelles, Dictionnaire du Cinéma: Les Films.
“Eu conheci Wyatt Earp – ele me contou sobre a luta no O. K. Corral. Então em Paixão dos Fortes nós fizemos exatamente do jeito que foi. Eles não caminharam pela rua e começaram a se bater, foi uma manobra militar muito inteligente”. John Ford em entrevista a Peter Bogdanovich.

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