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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cine Especial: FILME NOIR: CINEFILIA & SEXUALIDADE: Parte 4



Nos dias 24 e 25  de Outubro eu estarei me encaminhando para minha 40ª participação nos cursos do Cena Um. Na próxima aula o tema será sobre o gênero Noir, que será ministrado pelo Doutor de Cinema Fernando Mascarello. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei postando sobre os filmes que eu assisti desse cinema inovador, corajoso para a época e que se não fosse por eles, não existiria filmes como Pulp Fiction ou Sin City.

 

CREPÚSCULO DOS DEUSES 


sinopse: No início um crime é cometido e uma voz em off começa a narrar que tudo começou quando Joe Gillis (William Holden), um roteirista fugindo de representantes de uma financeira que tentava recuperar o carro por falta de pagamento e se refugia em uma decadente mansão, cuja proprietária, Norma Desmond (Gloria Swanson), era uma estrela do cinema mudo. Quando Norma tem conhecimento que Joe é roteirista, contrata-o para revisar o roteiro de Salomé, que marcaria o seu retorno às telas. O roteiro era insuportável, mas o pagamento era bom e ele não tinha o que fazer. No entanto, o que o destino lhe reservava não seria nada agradável.

Hollywood é alvo direto desse filme, onde se faz uma verdadeira critica a essa indústria do entretenimento, onde deixa a carreira da pessoa no auge, mas depois o mastiga e deixa ao esquecimento. Isso o que acontece com os personagens principais da trama, principalmente para Norma Desmond, interpretada magistralmente pela atriz Gloria Swanson, que curiosamente tem algo de muito em comum com a personagem, já que ambas eram da época do cinema mudo e foram esquecidas com o tempo. Sempre quando a atriz surge com o seu personagem ela simplesmente rouba a cena, com jeito de louca excêntrica e ao mesmo tempo esperançosa, acreditando completamente que irá voltar a fazer filmes.
Destaco também a convincente interpretação de William Holden, no modo como ele vai sendo envolvido por Norma é fabuloso. Talvez o único defeito do filme seja um pouco sua previsibilidade, mas o diretor em nenhum momento se mostra interessado em esconder o que vai acontecer, principalmente pelo início do filme, que já cria todo o clima pesado que a história proponha e já prepara o público para algo pior (o filme começa pelo final), que está por vir. O grande trunfo da história está mesmo no seu desenvolvimento perfeito e na denúncia grave do lado podre de Hollywood, que Wilder já enxergava bem à frente de seu tempo.
Fato curioso também é a participação do personagem, o empregado Max, interpretado pelo ator e diretor Erich von Stroheim, ele foi por algum tempo diretor de filmes mudos, mas acabou fracassando na carreira. O diretor Wilder o chamou para ser o mordomo da personagem e curiosamente tanto o passado do personagem como do ator na vida real ambos tem muito em comum.
Claro que todo bom clássico tem suas cenas clássicas, destaco o inicio, onde vemos o personagem de William Holden já morto na piscina e começa a contar a sua historia do porque estar ali. O espectador, é claro, é pego imediatamente pela previsibilidade, sabendo que o protagonista da trama irá morrer no final, mas como ele chega ali? Porque foi morto? Essas perguntas e mais outras são respondidas ao longo da projeção até o seu epilogo final, que é trágico, triunfante e talvez, para mim, uma das imagens mais perturbadoras que eu já vi na historia do cinema. Como prova de que como Wilder era um diretor a frente do seu tempo e corajoso, pois simplesmente estava dando uma mordida na mão que o alimentava com esse filme.
Antes que eu me esqueça, uma curiosidade: Cecil B. DeMille diretor de grandes épicos como Os Dez Mandamentos, fez uma participação especial como ele mesmo, na parte onde ele está filmando em estúdio o filme Sanção e Dalila e acaba recebendo a visita da Norma Desmond, acreditando que ele lhe dara uma nova chance para retornar ao cinema.

Enfim, assim como Cidade dos Sonhos (2001), Wilder criou uma obra máxima que mostra todo esse lado podre de Hollywood, e por mais que alguns quisessem que o filme caísse no esquecimento, o publico e a critica jamais se esqueceu dessa obra máxima que colocou o dedo no nariz e disse: "Você me da tudo e depois tira tudo de mim"... Essa para mim é a melhor frase que o filme diz ao espectador que assisti essa obra  inesquecível, deslumbrante e arrebatador.

 

A MARCA DA MALDADE



Sinopse: Ao investigar um assassinato, Ramon Miguel Vargas (Charlton Heston), um chefe de polícia mexicano em lua-de-mel em uma pequena cidade da fronteira dos Estados Unidos com o México, entra em choque com Hank Quinlan (Orson Welles), um corrupto detetive americano que utiliza qualquer meio para deter o poder.

Visão crua de um mundo corrupto e racista das cidades fronteiriças, baseada no romance de Whit Masterson. Complexo e instigante, um filme com vários subtemas, sendo que um deles relacionado a uma gangue de narcóticos, cujo chefe é representado pelo ótimo Akim Tamiroff. Musica notável de Henry Macini e fotografia antológica de Russel Metty. Preste atenção na maravilhosa entrada de Marlene Dietrich e as aparições não creditadas de Joseph Cotten e Mercedes McCambridge. Tendo se tornado apenas um relativo sucesso na época, o filme rapidamente se tornou um Cult ao longo dos anos.



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