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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Cine Especial: CINEMA COREANO: OUSADIA, ESTILO E INOVAÇÃO: Parte 6


POESIA

Sinopse: Mija tem mais de 60 anos e vive com o neto adolescente numa pequena cidade do interior. Ela trabalha acompanhando um senhor deficiente e gosta de se vestir com roupas elegantes e coloridos chapéus. Sua atração por coisas simples e belas a leva a se inscrever em um curso de poesia onde se torna uma estudante aplicada. Sua sensibilidade parece estar afiada como nunca e sua visão do mundo não poderia ser mais positiva. Mas quando o neto se envolve no suicídio de uma colega a leveza com que Mija encara a vida entra seriamente em crise. Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2010.

Em um mundo onde o espaço para a comunicação, mais precisamente para o dialogo uns com os outros, esta cada vez em menor grau, uma personagem tenta buscar comunicação através do mundo ao seu redor, através das coisas que passam no decorrer da sua vida e ao longo do percurso tenta acima de tudo não se esquecer de si própria. Assim é Poesia, do diretor coreano. Chang Dong Lee que cria aqui a saga de Mija (Yoon Hee-jeong ótima) que a partir do ponto que sabe que tem o  mal de alzheimer, busca um modo de frear a doença através da poesia, mas ao mesmo tempo que sofre por não conseguir encontrar uma inspiração para escrever um texto, enfrenta um grave problema vindo do seu neto. Esse, aliás, possui ou  tem alguma dificuldade em saber ter afinidade com a sua própria avó.
Colocamo-nos ao lado de Mia em seu trajeto e nos simpatizamos com ela perante um mundo hostil, que por muitas vezes ignora ela, seja pelo fato dela estar velha, seja pelo fato de ela ter um problema grave, isso é o que menos importa. É as pessoas que se esqueceram ou deixaram de ver o que tem de bom no mundo. Já a protagonista, mesmo com os problemas, esta viva e tenta achar algum significado no mundo em que vive, nem que para isso se arrisque em determinados momentos.
Chang Dong Lee cria aqui então o retrato do humano atual, de que ele está morto, ou cego ou sem tato para sentir o lugar ou a pessoa próxima, ou então simplesmente foi o sistema que fizeram nos tornarmos frios com relação a tudo ou a nos mesmo. Um bom exemplo disso é a reunião de pais que junto com Mia tentam de uma forma política e ao mesmo tempo fria sobre o assunto, tentar achar um modo de livrar seus filhos de um crime que eles cometeram e a única pessoa que demonstra uma reação desconcertada com relação à situação e a própria protagonista que por muitas vezes parece ignorar ou esquecer-se da situação que presenciou ou que terá que encarar.
Com o prêmio de melhor roteiro recebido no festival de Cannes, Poesia é uma produção simples, mas cheia de conteúdo que nos faz fazer uma breve reflexão de nós mesmos se estamos ou não cada vez mais nos desligando do mundo. Pelo menos esse filme é um pequeno belo exemplo para se fazer acordar.
 
O CAÇADOR

sinopse: Joong-ho Eom (Kim Yun-seok) é um detetive que se tornou cafetão por problemas financeiros, mas está de volta a ação, quando percebe que suas meninas desaparecem uma após a outra. Uma pista o faz perceber que todas elas estavam com o mesmo cliente, identificado pelos últimos dígitos do celular. Então, o ex-detetive embarca numa caçada feroz ao homem, convencido de que ele ainda possa salvar Kim Mi-jin (Seo Yeong-hie), a última menina desaparecida e acabar com este mistério.

A primeira vista parece um típico filme policial, mas nos não estamos falando de um previsível filme americano e sim de um filme Coreano que de uns tempos para cá, esse mercado tem surpreendido pelas suas qualidades em sempre impressionar com tramas imprevisíveis desde Old Boy. Em sua estreia como diretor, Na Hong-jin impressiona na direção com inúmeros momentos com movimentos e truques de câmera impressionantes. Isso sem falar numa trama que diferente dos filmes policiais americanos, possui uma imprevisibilidade impressionante com relação ao destino dos personagens. Fugindo do clichê e impressionando o publico, o mercado cinematográfico Coreano vai longe.



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