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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: O BATISMO


Sinopse: Varsóvia, Polônia. Após deixar o mundo do crime, Michal (Wojciech Zielinski) consegue recomeçar do zero e levar uma vida honesta. Ele é casado com a bela Magda (Natalia Rybicka), acabou de ser pai e agora cuida dos negócios de sua própria empresa. Porém, Michal se vê assombrado por seu passado clandestino. A máfia o jurou de morte às vésperas do batizado de seu filho e ele terá de se proteger antes que seja tarde demais.
Assistir ao filme O Batismo se exige certa atenção por parte do cinéfilo que for assistir. No início da trama temos um rapaz chamado Janek, que por pouco não morre de afogamento, mas é salvo graças ao seu melhor amigo chamado Michal. Corta essa sequência e temos a seguir o mesmo Michal correndo no que parece ser os trilhos de um trem, mas é pego e espancado sem dó pela policia.
Nestas duas sequências inicias da trama, fica a dúvida do por que Janek ter quase morrido na água ou do por que Michal ter sido pego pela justiça. São raras as oportunidades de nós assistirmos um filme vindo da Polônia, mas quando vem é para não ser esquecido e O Batismo é um belo exemplo disso. Interessante observar que nesse primeiro ato não é muito explicando o que é jogado na tela, mas aos poucos vamos compreendendo e comprando a ideia sobre o que se passa naquele universo particular dos personagens.
Na trama os anos se passam e Michal se torna bem sucedido, sendo um vendedor de janelas, casando com uma linda mulher chamada Magda e se tornando pai de um bebê. Por sua vez Janet surge como um veterano (e meio atormentado) do exército que chega para vê-los, mas é surpreendido ao ser convidado para ser padrinho do recém nascido e que será batizado daqui a sete dias. Contudo, existe algo de pesado no ar no momento que Janet ressurge, dando a entender que algo de ruim está prestes a acontecer.
A partir daí, o filme se divide em capítulos, representando os dias antes do batismo. Em meio a isso, o filme se transforma, revelando o submundo da máfia Polonesa que demonstra não ter dó, tanto com relação as suas vitimas, como também para os olhos dos cinéfilos que assiste. Com a máfia em cena, o passado nebuloso da dupla de amigos é descascado gradualmente para nós, revelando o lado sombrio de cada um e como isso afetará fisicamente e psicologicamente ambos.
O cineasta Marcin Wrona surpreende ao não criar somente um retrato violento sobre a máfia daquele país, como também um mosaico sobre questões como amizade, irmãos não de sangue, fidelidade, família e a busca pela redenção, mesmo quando ela parece que não vem. Tudo isso moldado por uma fotografia azulada, fria e que sintética aquele mundo falsamente seguro perante o horror. O jovem elenco é outro ponto certeiro para a qualidade positiva do filme, pois os seus olhares e expressões já dizem tudo que nós precisamos saber e somente isso já é grande feito. 
Com um ato final que mais parece uma via-crúcis dos personagens centrais, O Batismo pode até possuir uma realidade um tanto que distante da nossa, mas que nos faz compreender as ações da dupla central e não querer julgá-los pelas escolhas que tomaram.

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