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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: FILHA DISTANTE


Sinopse:Um homem de 50 anos de idade e ex-alcoólatra decide que chegou o momento de mudar de vida. Ele quer restabelecer os vínculos com sua filha Ana (Victoria Almeida) e para isso viaja até a Patagônia argentina para procurá-la, só que ele não sabe onde ela mora. Além de viajar para ganhar a filha de volta, ele quer pescar, fazer um pouco de turismo, e é claro, mudar de vida. 
Na nova onda do cinema Argentino Carlos Sorín surgiu como aquele que conta historias mínimas e curtas, para usar da expressão que deu título a um de seus primeiros longas-metragens, numa cada vez mais rara conversão de um cinema mais comercial para outro de um tom de reflexão. Encontrar um modelo de trama no qual chame o cinéfilo para fazer pensar muito além do que a historia apresenta pode ser considerado corajoso e A Filha Distante, seu novo filme em cartaz fortalece essa ideia. Há no geral o mesmo partido do pouco dito, como em O Cachorro ou O Desaparecimento do Gato, e a condição atípica.
Entre econômicas informações, esta fica clara de início, quando Marco (Alejandro Awada) estaciona num posto de gasolina e anuncia uma longa viagem. Ele é um ex-alcoólatra de 52 anos que parte em busca de uma pesca perfeita de tubarões na Patagônia, cenário habitual de Sorín, e quer rever a filha. Da primeira das intenções logo iremos saber que é falsa, pois Marco não sabe nenhum pouco como pescar. 
Menos clara é a visita à filha, de sugestiva dubiedade. Entre esta e a atividade esportiva há revelações trazidas por metáforas bem engendradas pelo roteiro. Isto a quem se propuser buscar a sutileza, a construção lacunar das situações e diálogos. Mostrando paisagens tão belíssimas quanto desoladas da Patagônia, o longa apresenta um cenário de encher os olhos. E, excetuando-se os dois atores que interpretam Marco e sua filha, todos os outros membros do elenco não são profissionais, fato que impressiona pela qualidade das atuações, todas muito naturais.Com menos de 80 minutos de duração, acaba sendo também bastante rápido e, quando você se dá conta, já acabou. Ainda que isso ajude a não deixar o ritmo lento demais, também poderia ter buscado um desfecho menos abrupto, ainda que seja totalmente coerente com o tom da película. 
Filha Distante é um pequeno filme sobre a luta de renascer das cinzas um relacionamento que talvez não tenha mais solução, sendo totalmente centrada em seu protagonista e em sua relação com o meio onde se encontra. Não é um trabalho para todo mundo, mas para quem gosta do cinema argentino atual, fica mais fácil de recomendar.

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