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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cine Especial(HQ): VERTIGO 51: O FIM DE UMA ERA




No inicio da década passada, eu comecei a reler e comprar nos sebos algumas HQ de super heróis para pegar o embalo das adaptações do cinema. Naquele tempo tivemos grandes sucessos de qualidade como às cines séries Blade, Homem Aranha, X-Men e produções mais corajosas como a visão pessoal de Ang Lee com relação ao Hulk. Contudo, foi o filme Constantine de 2005 que fez me interessar muito em ler, não somente sobre esse personagem, como também outras séries do selo adulto da DC...Vertigo.
Foi graças a Vertigo que o meu interesse de ler HQ continuou até hoje, mas nem sempre foi tarefa fácil ser fã dessas historias adultas. Anos atrás a Vertigo sofria sempre na cruzada em ter suas historias publicadas de forma regularmente em nosso país. Quem pegou essa novela bem de inicio, sabe dos altos e baixos que tinha que se enfrentar para acompanhar as historia de Preacher por exemplo.
Pulando de uma editora pra outra, eu somente fui conhecer a obra máxima de Garth Ennis e Steve Dillon quando ela começou a ser publicada em encadernados pela Devir. Na mesma época conheci Sandman pela Conrad e Constantine somente em sebos. Quando todas as séries do selo foram parar na editora Pixel (com exceção Sandman) parecia que as coisas estavam estabilizadas, principalmente com a boa resposta do publico com relação ao mix Pixel Magazine, o primeiro mix adulto que eu comprava mensalmente.
Infelizmente em pouco mais de dois anos, a Pixel ficou mal das pernas e novamente o selo Vertigo ficou sem casa no Brasil por algum tempo. Então veio a Panini, que embora conhecida pelos seus atrasos, nos brindou com um ótimo trabalho, lançado diversas séries, tanto em encadernados econômicos nas bancas (Y: O ultimo homem, 100 balas, Fabulas, Loveless) como também encadernados especiais de capa dura nas livrarias (Sandman, Preacher, DMZ). Em meio a isso tudo, surgiu no inicio o mix Vertigo, cujo carro chefe era obviamente a série de Constantine. 
Mas para a surpresa de alguns, quem comandou do começo ao fim o mix foi realmente a série policial Escalpo, sendo talvez a melhor HQ adulta desse gênero desde 100 Balas. Do inicio ao fim, Escalpo (criada por Jason Aaron e R.M. Guéra) nos brindava com tramas imprevisíveis, onde os protagonistas sempre se encontravam na corda bamba e prontos para cair. Aquela velha frase, “foi jogada merda no ventilador”, se casava muito bem com as tramas da série e que nos levava a beira da aflição a cada pagina que se lia.
Com Escalpo liderando o mix, as outras séries comiam nas beiradas: Constantine já viveu fazes melhores. Apesar de gostar muito Casa de Mistérios, acabou que meio dividindo a opinião do publico e da critica. Vampiro Americano começou fantástico, mas terminou em lugar nenhum.
Em meio a essas séries que ficaram do inicio até o fim do mix, surgiram outras curtas ao longo do tempo para ocupar espaço, como Joe, O Bárbaro, Lugar Nenhum, O Homem do Espaço, Vikings e Punk Rock Jesus. Com a proximidade do encerramento das principais séries dentro do mix, a editora então decidiu encerrar as atividades na edição 51, devido às baixas vendas e o interesse do leitor em se dedicar mais aos encadernados com arcos completos.
Embora com os seus altos e baixos, o mix Vertigo vai deixar saudades, pois quem comprava como eu, sabia que sempre encontraria umas duas ou três historias de boa qualidade e que não ofendia de momento algum a nossa mentalidade. Resta agora esperar para ver se a Panini irá lançar ou não um novo mix com essa mesma proposta para atrair um leitor mais exigente com relação às tramas.  



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2 comentários:

LEO disse...

Mais uma encarnação da "Vertigo" em formato mix q se vai.... acho q toda essa linha devia seguir apenas em encadernados daqui pra frente (e q deixem esses mixes pros gibis de super-heróis, rs)!

Seja como for, é sempre lamentável qdo cancelam gibis cuja qualidade é acima da média geral... tipo, tinha TANTA coisa mais irrelevante q poderia ter rodado no lugar da Vertigo: mas quem manda nesses casso são os nº de venda mesmo: e qto à números não há argumentos!

Abs!

Marcelo Castro Moraes disse...

Embora tenha terminado o mix, pelo menos ainda temos os encadernados, nos quais a Panini está fazendo um bom trabalho, apesar do atrasos.