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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Cine Dica: Retrospectiva Ulrike Ottinger: SOB A NEVE


Sinopse: As vilas Echigo, no Japão, ficam grande parte do ano cobertas de neve. Este fenômeno influencia na vida dos habitantes da região, que planejam suas rotinas de acordo com a quantidade de neve. Neste documentário, Ulrike Ottinger viaja na companhia de dois artistas kabuki para investigar os rituais dos moradores de Echigo.

Embora dirigido pela cineasta alemã Ulrike Ottinger, o filme é puramente sobre o Japão, mais precisamente sobre a região de Echigo aonde o inverno vai de dezembro a maio. O filme oferece cenário austero e incrivelmente branco para toda a história, que é um documentário sobre a região, o povo e seus costumes intercalados com folclore japonês, conto de fadas e teatro kabuki. Como você pode imaginar, é um filme muito inclinado artisticamente.
Faz fronteira com a linha do experimental, se é que se pode chamar assim. Assim como a trama começa no mundo real, ela gira para dentro da fantasia, enquanto em torno dela, a vida real na cidade continua inabalável. Não há neve suficiente lá para uma vida, mas uma história que começa com dois homens e termina com um homem e uma mulher e seu filho, é um pouco difícil de seguir e compreender plenamente.
No final, a história muda-se para uma ilha muito famosa no Japão, onde esta criança é banida, assim como muitas outras pessoas famosas da história japonesa. No entanto, a ilha é como hoje, enquanto o narrador narra a partir do período Edo. É um filme, que melhor será apreciado, como uma obra de arte para melhor ajudar na compreensão do que essencialmente uma peça muito oblíqua de trabalho. 
Vale destacar, que a obra é mostrada através da espiritualidade, que é uma ocorrência diária no Japão rural. Quando pensamos no Japão atual, imaginamos a sua cultura se alastrando nas paisagens urbanizadas com tecnologias que você mal pode acreditar, mas este filme foi filmado em uma região onde a vida rural ainda é uma parte muito importante do tecido social. Juntamente com as ofertas contínuas aos deuses pelo povo da cidade, é uma mudança refrescante e fascinante da visão que temos do Japão, que sempre nos vem na mente a cidade de  Tóquio, com os seus arranha céus e tecnologias de ultima geração inundando as ruas.  
Novamente, não é um filme fácil de entender, sendo uma obra muito melhor apreciada pela suas belas imagens. Mas, se nada é simples para tirar deste filme, é porque o Japão é um país cuja suas raízes são de origens genuínas, sendo diferente de muitos países do ocidente, onde cada região é de origem de inúmeros povos e que por vezes acaba não tendo uma identidade distinta. 

Mais informações e horários das sessões da mostra da cineasta Ulrike Ottinger você confere clicando aqui. 

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