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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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domingo, 9 de junho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Killer Joe - Matador de Aluguel


Sinopse: O jovem Chris Smith (Hirsch) é um traficante de drogas azarado que consegue deixar as coisas ainda piores quando contrata um surpreendentemente charmoso matador de aluguel, Killer Joe Cooper (McConaughey), para matar sua própria mãe. Sem dinheiro algum, Chris concorda em oferecer sua irmã mais nova, Dottie (Temple), como garantia sexual em troca dos serviços de Joe até receber o dinheiro do seguro de vida da mãe. Isso, é claro, se ele conseguir botar as mãos no dinheiro...

William Friedkin se tornou que nem o vinho, que ficou melhor depois de velho. Essa é a melhor definição que posso dizer sobre ele, pois depois de ter feito sua obra prima O Exorcista na década de 70, parecia que a criatividade havia lhe escapado pelos dedos após aquele estrondoso sucesso. Mas eis que após estar numa idade em que alguns cineastas se aposentam, ele nos surpreende com o genial Possuídos na década passada e agora nos crava uma pequena perola que é Killer Joe e que será discutido por anos a fio.
Se fossemos resumir o filme como um todo, seria na realidade uma representação da degradação familiar texana, que somente mantém laços familiares por interesse, e quando existe dinheiro no meio, os laços de sangue se tornam meros detalhes. A partir do momento que Chris (Emile Hirsch, Natureza Selvagem) deseja que a sua mãe morra, para daí então ganhar uma grande quantidade de dinheiro para escapar de uma enrascada, se inicia  uma teia de eventos em que muitos personagens (querendo ou não) saírão do armário. Seu maior erro é contratar os serviços de Joe Cooper (McConaughey na melhor interpretação de sua carreira), um policial, mas matador profissional nas horas vagas, que além do dinheiro que irá cobrar pelos serviços, almeja também a irmã de Chris, Dottie (Juno Temple).
Falar mais seria estragar as surpresas que o filme apresenta, sendo o que eu posso dizer, é que Friedkin simplesmente descasca cada personagem principal da trama como se fosse uma cebola e revelando a verdadeira face da vida desregrada de cada um deles e que faz com que sejam levados para um caminho sem volta. Em meio há isso, o personagem de Cooper sempre se revela uma pessoa segura de si, agindo de forma profissional, mas jamais escondendo as camadas doentias que ele revela gradualmente ao longo da projeção. O ato final é de uma explosão só, onde a violência quase explicita e o terror psicológico que ele provoca, nos faz a gente se apertar na poltrona e ficar sempre imaginando qual serão o seu próximo ato ou grande perola que ele falara.
Embora pequeno, o elenco possui atores talentosos, pois além dos já citados, ainda inclui  Gina Gershon (Ligadas Pelo Desejo), como uma megera e interesseira madrasta da família e  Thomas Haden Church (Homem Aranha 3), um pai sem noção, mas que não esconde suas ambições. Por fim,  William Friedkin cria cenas impactantes, mesmo aquelas mais simples, como quando toda a família famigerada estão jantando numa mesma mesa, mesmo todos eles estando em frangalhos e com suas mascaras caídas e destruídas pelos seus atos. 

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