Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 16 de abril de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Uma Historia de Amor e Fúria



Sinopse: Um homem (Selton Mello) com quase 600 anos de idade acompanha a história do Brasil, enquanto procura a ressurreição de sua amada Janaína (Camila Pitanga). Ele enfrenta as batalhas entre tupinambás e tupiniquins, antes dos portugueses chegarem ao país, e passa pela Balaiada e o movimento de resistência contra a ditadura militar, antes de enfrentar a guerra pela água em 2096.

Muitos acreditam que o cinema nacional é dominado por comedias Globais dispensáveis atualmente, mas sempre existe aqui e ali, um filme que vai contra á essa corrente e Uma Historia de Amor e Fúria pertence a essa minoria. Filme de estréia na direção do roteirista Luiz Bolognesi, a trama nos apresenta as várias vidas de um guerreiro indígena (Selton Mello), que ganha o dom de vivenciar muitas épocas, para então combater a opressão que se alastra em diversos períodos de nossa historia e tendo sempre a oportunidade de voltar a rever o seu grande amor Janaina (Camila Pitanga) em outras reencarnações da moça. Embora o gênero fantástico esteja impregnado no roteiro, o filme vai mais para o lado critico, onde não freia em nem mesmo retratar personagens históricos como Duque de Caxias, como um dos muitos opressores de nossa historia, que foram contra as minorias, seja negros, índios e revolucionários que tanto brigaram pelo direito de ir e vir ao longo de nossa historia.  
Tudo isso, criado numa animação feita à mão, mas enlaçada com o melhor dos efeitos visuais que existem no mercado e que faz com as cenas se tornem um verdadeiro mosaico cheio de detalhes, onde cada cena poderia ser muito bem moldada num quadro de parede para ser apreciado. Além disso, o filme da mais um novo passo em termos de mixagem de som do nosso cinema: Alessandro Laroca, Eduardo Virmond e Armando Torres Jr, criam um trabalho de som digno de nota, pois não me lembro da ultima vez em que eu ouvia um som de um filme e me sentia dentro da historia. Esses efeitos sonoros, alias, fazem um belo casamento com as cenas, assim como também a dublagem dos personagens (feitas antes da criação dos desenhos), onde se destaca novamente o ótimo trabalho de Selton Mello, que sempre encarna com perfeição os personagens de desenhos que dublou ao longo da carreira (como em A Nova Onda do imperador).     
O ato final, onde a trama se passa no Rio de Janeiro de 2096, fará com que o cinéfilo de plantão perceba referencias de inúmeros clássicos, como Metrópoles, Blade Runner, Matrix e de outras animações, como o clássico Japonês Fantasma do Futuro. É nestes momentos finais do filme, em que toda parte técnica explode em nossos ouvidos e encanta os nossos olhos, sendo que é uma pena, que quando estamos pra lá de eufóricos, o filme termina de uma forma tão brusca e deixando em aberto inúmeros pontos que poderiam ter sido melhor  trabalhados.
Embora tenha esse deslize, Uma Historia de Amor e Fúria é um belíssimo trabalho, que infelizmente nem todos irão velo na tela grande, pois boa parte do publico está mal acostumada em assistir filmes brasileiros convencionais e não um filme como esse, que traga tamanha reflexão e conteúdo de imagens até então inéditos do nosso cinema.

  
Me Sigam no Facebook e Twitter: 

3 comentários:

disse...

Esse filme parece ser, de fato, muitíssimo interessante. É mesmo uma pena que nem sempre bons filmes brasileiros tenham espaço nas salas de cinema.
Abraços!

Marcelo Castro Moraes disse...

Dito e feito Lê

Bússola do Terror disse...

Esse aí eu realmente fiquei muito curioso pra ver.