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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Cine Especial: EXPRESSIONISMO ALEMÃO - UMA SINFONIA DE LUZES E SOMBRAS: EXTRA

O curso ministrado por Carlos Primati já começou, mas me peguei vendo mais dois filmes do período neste final de semana. Portanto solto ai mais dois grandes clássicos do expressionismo.   


A Caixa de Pandora
  
Sinopse: Louise Brooks, neste audacioso e magistral melodrama, que se tornou uma obra prima indiscutível do cinema, ela interpreta Lulu, a amante de um editor de jornal que depois de casar-se com ele, uma série de acontecimentos trágicos rondarão sua vida.

Muitos consideram o expressionismo alemão, como a semente que deu a origem a diversos gêneros, desde ficção, terror e filmes noir. Esse ultimo, aliás, é um gênero que ficou marcado por suas lindas, e fatais mulheres, sendo que uma das grandes precursoras desses maus caminhos  é Louise Brooks.
Dona de uma incrível beleza, e um corte de cabelo inconfundível, Brooks viveria neste filme, um papel que muitos dizem que não era muito diferente de sua vida pessoal que era em volta de muitos homens. Se for verdade ou não, isso pouco importa, sendo que ao fazer a personagem Lulu, uma mulher que domina, e conquista os homens com um olhar, e um sorriso, foi o suficiente para ficar no imaginário de qualquer cinéfilo que se preze.
Como só isso não bastava, o cineasta Georg Wilhelm Pabst, cria um universo na trama, em que os personagens se vêem envolvidos em volta da protagonista, seja para lhe conquistar ou para se beneficiar de acordo com a situação em que ela está envolvida. Curiosamente, não foram somente os homens, que se viam envolta dela, sendo que a condessa Anna Geschwitz é considerada por muitos historiadores como sendo a 1ª personagem lésbica do cinema, mesmo no contra gosto da atriz Alice Roberts que fez a personagem.
Com um final que deixa os personagens a mercê dos resultados dos seus próprios erros, A Caixa de Pandora é uma verdadeira aula de sugestão e gestos dos personagens, em que basta um olhar para se dizer tudo o que o eles pensam e o que irão fazer.  
  
A Morte Cansada

Sinopse:Recém-chegada a um vilarejo perdido no tempo, A Morte compra um terreno ao lado do cemitério local, onde constrói um gigantesco muro ao redor. Segue um casal em lua-de-mel e leva o marido, assim fazendo com que sua esposa o procure... ou melhor, cometa o suicídio para encontrá-lo.

A primeira vista, esse filme mais parece do Murnal do que de Fritz Lang, principalmente para aqueles que assistiram aos filmes do primeiro, como Nosferatu, e Fausto que eram em volta de um visual gótico e deslumbrante. Embora todo muito saiba que Lang, foi um diretor não preso a um único gênero, e ao contar uma fabula sobre o significado da vida e da morte, mostra como o cineasta possuía certa versatilidade, que há quem diga, vinha muito da ajuda da sua esposa da época  Thea von Harbou, que trabalhava como roteirista para ele.
A trama em si, é uma bela fabula sombria, em que mostra até aonde a protagonista irá para conseguir o seu amado de volta. Neste ponto, Lang nos brinda com uma historia imaginativa, em que cada vela apresentada no lar da morte, seria então outras vidas. É-nos apresentado então três historias sem interligação, mas que serve de desafio para a protagonista vencer a morte. Esse ponto, para mim é interessante, sendo que me lembrou muito a forma de contar historias de como o estúdio inglês Amicus apresentava em seus filmes. Sendo assim, não me surpreenda se o rival da Hammer na época, tenha se inspirado neste clássico para a realização de seus projetos.   
Visto atualmente, é uma trama que faz agente sentir, que já tenhamos testemunhado uma historia parecida em outras mídias, mas que neste filme, ela é muito bem orquestrada pelo cineasta austríaco.

Leia mais sobre o expressionismo alemão clicando aqui. 

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5 comentários:

renatocinema disse...

Adoro o expressionismo alemão.

Comprei um livro, da folha, em um sebo, que faz um belo retrato desse gênero.

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renatocinema disse...

A Caixa de Pandora eu quero ver.....

Marcelo Castro Moraes disse...

Corra e aproveita Renato.

Bússola do Terror disse...

Aliás, o corte de cabelos da Louise Brooks me lembra muito o corte de cabelos da Elizabeth Savalla quando era nova. E diga-se de passagem, ela usou esse penteado por anos!

Marcelo Castro Moraes disse...

Sim Bussola, não me lembro dela de outra forma.