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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cine Especial: Mês das Bruxas: O Cientista e sua cria

Não é de hoje que o homem tenta brincar de Deus e o cinema já contou inúmeras historias onde se explora o assunto. Contudo, as adaptações do livro Frankenstein de Mary Shelley para o cinema são os melhores exemplo de que homem não se deve se elevar pela sua idéias engenhosas, nas quais acha que somente trará beneficio para a humanidade, pois cada ato a conseqüências e que a ignorância as vezes é uma bênção. Confiram as melhores adaptações do livro para o cinema.


Frankenstein
Sinopse: A história do filme gira em torno de um cientista, Henry Frankenstein (Colin Clive), que é obcecado com a ambição de criar vida artificialmente. Ajudado por um anão corcunda, Fritz (Dwight Frye), ele rouba cadáveres dos cemitérios para completar a sua criatura. Na procura por um cérebro, Fritz vai até a faculdade de medicina de Goldstadt e erradamente pega um cérebro de um criminoso em vez de um normal, dando uma personalidade agressiva ao monstro. Preocupados com o exílio do cientista, que se refugiou numa torre abandonada para fazer suas experiências, sua noiva Elizabeth (Mae Clarke), seu melhor amigo Victor (John Boles) e seu antigo professor Dr. Walman (Edward Van Sloan), vão procurá-lo. Enquanto isso, o jovem cientista se aproveita da energia elétrica criada por uma forte tempestade e em seu laboratório, ajudado por um maquinário bizarro, ele dá vida a uma criatura inanimada (Karloff).

De todas as versões, essa é que mais permeia na mente do publico, pois a imagem de Boris Karloff caracterizado como a criatura ficou eternizado na memória de qualquer cinéfilo do mundo e o ator ficou marcado para sempre pelo personagem.
O filme estreou logo depois do sucesso de Drácula e com isso inaugurou de vez a era dos filmes de terror pelos estúdios da Universal. James Whale ambicioso como era na época, buscou inspiração no expressionismo Alemão para criar sua obra que, apesar de não ser muito fiel com relação ao livro, possui pontos fortes que tornaram o filme marcante na época e até hoje.


A Noiva de Frankenstein
Sinopse: O filme começa de onde o original, de 1931, terminou: Frankenstein escapa do cerco ao moinho vivo, enquanto Dr. Frankenstein tem sua noiva sequestrada por outro lunático cientista. O objetivo dele é convencer o doutor a criar uma companheira para o monstro.

James Whale achava uma idéia idiota em criar uma seqüência do filme original, pois para ele a historia terminava ali, contudo, por pressão do estúdio, o diretor aceitou, mas somente se tivesse total liberdade criativa com o filme, coisa que no anterior ele não tinha. Usando pontos não explorados do livro no filme anterior, o diretor resgata partes importantes da obra como o encontro da criatura com o velho cego e, claro, a noiva da criatura que existe no livro e que finalmente foi adaptada nesta parte. A personagem foi interpretada pela atriz Elsa Lanchester que no inicio do filme interpretou a própria escritora Mary Shelley contando os eventos da historia anterior.
O resultado de tudo isso é um filme superior em todos os aspectos onde cada um tem um desempenho incrível, infelizmente o estúdio queria continuar com a trama e com isso surgiu inúmeras seqüências como Frankenstein x Lobisomem, cada uma mais inferior que a outra.


A Maldição De Frankenstein
Sinopse: O barão Victor Frankenstein (Peter Cushing) descobre uma maneira de enganar a morte. Para testar sua descoberta, monta um corpo com pedaçoes de diferentes cadáveres.
O resultado é uma criatura sem nome, irracional e sedenta de morte. Ciência ou loucura? Como dizia a campanha original do filme "Por favor, tente não desmaiar" com A Maldição de Frankenstein,

A partir do final dos anos 50, os estúdios Hammer se tornou o estúdio dos filmes de terror, depois que o publico ficou carente de filmes de terror bons da Universal. Se em O Vampiro da Noite eles fizeram um trabalho genial, com A Maldição de Frankenstein não seria diferente e o filme se tornou o mais novo sucesso do estúdio na época. Dirigido por Terence Fisher, escrito por Jimmy Sangster o filme novamente reúne a dobradinha de sucesso, Christopher Lee e Peter Cushing, ambos que atuaram juntos em O Vampiro da Noite, aqui interpretam a criatura e o cientista. O estúdio teve o grande desafio de criar uma versão da criatura tão marcante quanto de Boris Karloff e conseguiram, isso graças a horrenda maquiagem colocada em Christopher Lee e também pelo ótimo trabalho do ator em que soube fazer de sua criatura algo diferente e que se distanciasse do modo de interpretação de Karloff fazendo de sua criatura algo bem impressionante, principalmente de sua primeira aparição, algo aterrador. Peter Cushing se sai bem nesta produção e pela primeira vez sentimos medo do cientista Frankenstein fazendo dele o verdadeiro vilão dessa versão.


O Jovem Frankenstein
Sinopse: Um jovem neuro-cirurgião (Gene Wilder) herda o castelo de seu avô, o famoso Dr. Victor von Frankenstein. Ele acredita que o trabalho de seu avô era pura bobagem, até descobrir em um de seus livros antigos um trabalho sobre reanimação de órgãos, então ele muda radicalmente de opinião.

Na maioria das vezes a sátira normalmente é uma espécie de forma em prestar uma homenagem a um determinado filme por exemplo. Se for esse caso, esse filme de Mel Brooks é mais do que uma homenagem, é uma forma de reverenciar o gênero de terror, mas de uma forma bem humorada e divertida na medida certa.
Por ser uma sátira, não faltam momentos em que o filme faz inúmeras referencias, não somente aos filmes de Frankenstein que os estúdios da Universal filmou, como também outras perolas do gênero, como por exemplo, quando o nome de uma determinada personagem é citada, os cavalos começam a se descontrolar, detalhe, em outros momentos os gritos dos cavalos são ouvidos mas eles não estão presentes, desde já, uma das minhas partes preferidas do filme.
A outros momentos antológicos como a criatura encontrando o velho cego, aqui interpretado por Gene Hackman (engrassadissimo) e no inicio onde os alunos do cientista insistem em compara-lo com o seu avô. O final é antologico e presta homenagem ao momento mais nobre e ruim dos antigos filmes de terror da Universal.


Frankenstein de Mary Shelley
sinopse: Em 1794, um explorador no Ártico ao tentar abrir caminho através do gelo encontra Victor Frankenstein (Kenneth Branagh). Logo depois os cães decidem atacar uma criatura (Robert De Niro), que os mata rapidamente. Assim, Victor decide contar-lhe, como tudo começou, quando ele foi estudar medicina em Ingolstadt, deixando para trás sua noiva e levando consigo uma única obsessão: vencer a morte. Na faculdade, ao discordar de um renomado mestre, acaba chamando a atenção de outro, que revela seus experimentos em reanimar tecidos mortos. No entanto, este pesquisador assassinado e o culpado pelo crime enforcado, então Victor decide colocar o genial cérebro do mestre no vigoroso corpo do assassino, mas as conseqüências de tal ato seriam inimagináveis.
Atualmente Kenneth Branagh está dirigindo a primeira adaptação de Thor para o cinema e dessa produção eu espero tudo de bom, pois só vendo essa clássica historia de Mary Shelley nas mãos do diretor para provar o quanto ele é ousado e que possui uma visão própria.
Nesta produção de 1994, que na época estava pegando carona do sucesso de Drácula de Copolla, Branagh tanto dirige como atua, um desafio e tanto, principalmente em que sua câmera simplesmente não para de se movimentar. Em vários momentos a câmera fica fazendo giros de 360º graus fazendo das inúmeras seqüências momentos angustiantes e únicos. Produção caprichadíssima cuja a edição de arte e fotografia se completam.
Branagh soube também tirar proveito ao Maximo da interpretação de cada um do elenco, Robert De Niro por exemplo faz uma criatura diferente de todas as outras adaptações e muito mais fiel a visão da escritora, contudo, quem rouba a cena é Helena Bonham Carter, que, apesar de no principio do filme sua Elizabeth pouco podia oferecer, tanto no inicio até a metade do filme, no final, a atriz entrega uma das suas melhores interpretações do filme de uma forma extraordinária e desde já uma de suas melhores em sua carreira

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