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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Cine Especial: Mês das Bruxas: O PRIMEIRO GRANDE VAMPIRO

NOSFERATU
Para muitos, Nosferatu é o primeiro grande vampiro do cinema. Na verdade, o personagem é baseado na obra de Bram Stoker e para muitos a versão de 1922 é considerado a melhor adaptação do rei dos vampiros, mas o vampiro com cara de rato não apareceu somente em 1922, confira suas outras aparições no cinema:

Nosferatu (1922)
Sinopse: Hutter (Gustav von Wangenheim), agente imobiliário, viaja até os Montes Cárpatos para vender um castelo no Mar Báltico cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock (Max Schreck), que na verdade é um milenar vampiro que, buscando poder, se muda para Bremen, Alemanha, espalhando o terror na região. Curiosamente quem pode reverter esta situação é Ellen (Greta Schröder), a esposa de Hutter, pois Orlock está atraído por ela.

Adaptação não autorizada do livro Drácula, de Bran Stoker (o mesmo serviu de base para as versões de Werner Herzog e de Francis Ford Coppola). A força perene deste clássico do expressionismo está no seu belo visual sombrio, apoiado em incrível cenografia gótica. Grandes momentos: a chegada ao porto de Bremem, o povo carregando caixões e o antológico encontro entre o conde (Shreck, extraordinário e sinistro) e Ellen (Schroeder).
O filme é do tempo do expressionismo alemão um dos melhores filmes que representam o que foi essa época. Dirigido por F.W Murnau, um dos grandes gênios desse tempo que infelizmente morreu precocemente em um acidente de carro na década de trinta. Nosferatu é mais do que um clássico, é o seu testamento para o mundo.


NOSFERATU (1979)
Sinopse: a jornada de Jonathan Harker (Bruno Ganz) pelo reino de horror do Conde Drácula (Klaus Kinski em magnífica atuação),
um maligno vampiro obcecado pela esposa de Harker, a bela Lucy (Isabelle Adjani).

O ousado e polemico diretor Werner Herzog (Aguirre, a Cólera dos Deuses) recria o clássico de 1922 mas de sua maneira ousada nunca antes vista. Desta vez o vampiro é chamado de Drácula e interpretado com uma intensidade magnífica de Klaus Kinski, colaborador de Herzog em outros filmes e que entrega de corpo e alma sua atuação como se fosse a ultima de sua carreira. Clima gótico, sinistro e apocalíptico fazem desse filme diferente dos outros filmes de terror habituais pois a narrativa é lenta e detalhista, embalado por uma sinistra e maravilhosa trilha sonora A  abertura das mais ousadas onde a câmera fica focando corpos de pessoas de verdade que foram retirados de um cemitério algo ousado e tenebroso mas que para o diretor Werner faz parte do seu trabalho, o que tornou esse filme uma experiência única.


A Sombra do Vampiro
sinopse: Na Checoslováquia, F. W. Murnau (John Malkovich) está filmando “Nosferatu”. Na verdade é o Drácula de Bram Stoker, mas como não foi autorizado pela família do autor Murnau mudou alguns nomes e detalhes e continuou seu projeto. Desejando fortemente fazer seu filme mais autêntico, ele contrata um vampiro de verdade para o papel principal. O elenco está curioso, pois ninguém conhece Max Schreck (Willem Dafoe), mas Murnau explica que Schreck estudou com Stanislavsky e se entrega totalmente ao papel, assim nunca deixa de ser o personagem, nem mesmo fora dos horários de filmagem. Quando Max Schreck surge, não se revela um ator estranho ou temperamental, mas totalmente bizarro, pois sempre está maquiado, só filma à noite e fica bastante descontrolado quando vê sangue. Além disto após filmá-lo, Wolfgang Müller (Ronan Vilbert), o diretor de fotografia, fica muito doente e logo fica claro que Schreck colocou seus caninos no pescoço de Müller. O diretor o pressiona para que o acordo entre os dois seja cumprido, na qual ele tem de se controlar para ganhar seu “prêmio”: o pescoço de Greta Schroeder (Catherine McCormack), a estrela do filme. Mas enquanto as filmagens transcorrem, Schreck não dá importância para as ameaças de Murnau e fica cada vez mais incontrolável. O diretor vai até Berlim internar Müller e voltar para à Checoslováquia com Fritz Arno Wagner (Cary Elwes), o novo diretor de fotografia, mas enquanto isto ocorre Albin Grau (Udo Kier), o produtor, e Henrick Galeen, o roteirista, tentam descobrir quem é realmente Max Schreck.
Pequena e curiosa história sobre os bastidores da produção de Nosferato de 1922 onde se levanta a idéia de que Max Schreck era realmente um vampiro dentro do filme. Produzido pelo ator Nicolas Cage, o filme não se preocupa se isso é verdade ou não, e sim cria uma historia de até aonde vai a obsessão do homem, pois no filme F. W. Murnau (John Malkovich) é obsessivo em busca da sua maior obra prima, enquanto o vampiro é obsessivo pelo encontro de seu desejo que é Greta Schroeder (Catherine McCormack), a questão então que se levanta é, quem é o monstro da trama??
O filme possui uma curiosa cena de abertura e um final que deixa mais perguntas do que resposta, em meio a isso o filme entrega uma assombrosa interpretação de Willem Dafoe como o vampiro, reconhecido com uma indicação ao Oscar.

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