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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cine Clássicos: Brazil o filme


Talves um dos filmes ingleses mais estranhos e surpreendentes de todos os tempo que apesar de ter o titulo do nome do nosso pais, quase nada tem haver nosso pais com a trama (ou não?)
Vamos a ele (acima curtam o final pertubador)
Brazil (filme)
1985
Direção Terry Gilliam
Elenco Jonathan PryceRobert De NiroKim GreistMichael PalinKatherine HelmondBob HoskinsIan Holm Roteiro/Guião Terry GilliamTom StoppardCharles McKeown
Género comédia, distopia Idioma inglês IMDb

Brazil ou (Brazil - o filme, no Brasil) é um filme de comédia britânico, de 1985. Caracteriza-se como uma comédia utópica dirigida por Terry Gilliam, um dos integrantes do grupo Monty Python. O ambiente no qual se desenrola a trama do filme costuma ser melhor chamado pelos críticos como uma distopia[carece de fontes?] (um neologismo que é resultado de uma brincadeira com a palavra "utopia", ou seja, seria aquele modelo com ideal de perfeição, mas que no fim se mostra imperfeito, com alguma ou toda a coisa não dando certo).
Lançado em 20 de Fevereiro de 1985, foi escrito por Terry Gilliam, Charles McKeown, e Tom Stoppard. Estrelando Jonathan Pryce, Kim Greist, Michael Palin, Katherine Helmond, Bob Hoskins, e Ian Holm. Robert De Niro tem uma participação especial. O título do filme se refere em grande parte à sua característica trilha sonora, a música Aquarela do Brasil, que possui papel de destaque ao longo da trama. Além desta referência, não há nenhuma outra ligação direta entre o filme e o país, mas permite algumas especulações[carece de fontes?] nesse sentido.
O filme Brazil continua uma linha de produções (literárias e cinematográficas) que exploram as possibilidades de uma suposta sociedade futura formada pela perpetuação (muitas vezes absurda) dos valores e dos costumes da modernidade, como foi feito com Laranja Mecânica, 1984, entre outros, mas enveredando para uma comédia explícita, ainda que com certo teor de tragédia. O filme Brazil, desta forma, encadea uma série de montagens e gags normalmente associadas ao non-sense, mas que retratam uma interpretação absurda de uma sociedade burocrática e tecnocrática.
Com grande orçamento para a época (cerca de quinze milhões de dólares), o filme foi considerado um grande fracasso, devido[carece de fontes?] sobretudo ao seu enredo confuso.
Enredo Aviso: Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).O herói (ou anti-herói) do filme, Sam Lowry (Jonathan Pryce), vive numa sociedade opressiva do futuro, recorrendo frequentemente a formas de escapismo, representado por sonhos de um paraíso distante, referência ao Brasil atual ou ainda a lendária ilha de Hy Brazil[carece de fontes?], sempre com a música Aquarela do Brasil soando ao fundo. Daí o título do filme.
Mas o Brasil também pode ser o país de Brazil, onde se desenvolveu essa estranha sociedade. Há algumas similaridades no roteiro com a cultura brasileira da época, além, é claro, de mostrar a típica burocracia estatal ineficiente, etc. Um bom exemplo é a quantidade de cirurgias plásticas feitas pelas mulheres idosas do filme.
Assim, em um futuro não muito distante, existe o Brazil: composto por uma sociedade à margem dos grandes centros mundiais, a conviver com o ancestral problema de luta de classes, onde envereda a personagem principal, um jovem alienado que, conseguindo um emprego burocrático por indicação de uma influente mãe que mal o conhece, acaba se apaixonando por uma guerrilheira.
Em meio às constantes festas promovidas pela elite, bombas estouram, causando uma desproporcional e autoritária reação do governo, que prende e tortura - um paralelo à ditadura militar que à época vigia no país.
Sam Lowry perpassa pelos dois polos opostos da sociedade de Brazil, totalmente perdido em meio à burocracia inoperante e ordens sem nexo, enviadas através de obsoletos computadores e máquinas de estranhos formatos, dando a entender que são sempre de segunda-mão. Encontrando-se com a terrorista Jill (Kim Greist), que via em sonhos confusos, ele passa de ignorada peça do sistema a alvo de perseguições.
A luta revela-se infrutífera: a grande bagunça estatal de Brazil não tem uma solução e sai vitoriosa.
PremiaçõesBrazil concorreu a dois Oscars, sem sucesso: Melhor Roteiro Original e Melhor Direção de Arte. Venceu, no BAFTA, os prêmios de efeitos especiais e desenho e produção.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cine dicas: Usina 80 anos 80 filmes: LAURA 1944



A minha postagem de cine dicas está se tornando Cine CLássicos por sempre está postando qual o clássico que a Usina está passando hoje mas vale a pena postar, principalmente porque eu da minha parte não vejo nenhum site falando muito das sessões que a Usina passa, portanto com todo o carinho faço esse serviço. Vamos a sessão de hoje

LAURA
DE Otto Preminger

Com:
- Judith Anderson: Sra. Ann Treadwell
- Dana Andrews: Det. Lt. Mark McPherson
- Gene Tierney: Laura Hunt
- Clifton Webb: Waldo Lydecker
- Vincent Price: Shelby Carpenter

Um detetive investigando um caso de assassinato acaba apaixonando-se pela garota morta pelo seu retrato, mas logo descobre que na realidade foi outra a pessoa assassinada.

Otto Preminger teve uma carreira de altos e baixos, mas aqui ele acertou na mosca, claramente é sua obra-prima. Ele assumiu o filme que era de Rouben Mamoulian, jogou tudo o que fora filmado fora, desprezou o script original (que tinha um final diferente e decepcionante) e soube conjugar todos os elementos do filme com maestria, construindo um clássico de marcar época.
“Laura” tem uma certa similaridade com “Casablanca”, na medida em que eram dois filmes “B” que acabaram, por circunstâncias fortuitas, ganhando um tratamento “A”, com elenco e diretores de respeito, que se acertaram quase que por mágica. Esta é uma das graças do cinema, de vez em quando tudo dá certo e ninguém sabe explicar direito como tudo aquilo aconteceu. Sem dúvida, “Laura” foi favorecido pelos deuses do cinema, e, por extensão, foram agraciados todos os amantes dos grandes filmes, de ontem, hoje e sempre.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

cine dicas: Para se conhecer melhor Paul Newman


E ai pessoal, andei com muito serviço mas não me esqueci do meu blog portanto vamos nos atualisar um pouquinho.

Como todos sabem até a pouco tempo atraz um grande ator da era de Ouro do cinema deixou nossa terra terrena, Paul Newman.
Devo dizer com muita vergonha que muito dos seus filmes não vi infelizmente, por isso vou correr atraz do prejuiso apartir de amanhã alugando quatro filmes dele que ainda não vi, aqui dou um resumo do que pegarei na locadora.

Gata Em Teto de Zinco Quente: (1958)

A adaptação da peça de Tennesse Williams foi o primeiro grande sucesso. Dirigido por Richard Brooks, Newman vive um decadente ex-jogador de futebol americano que renega a esposa, Elizabeth Taylor, e o pai, que está a beira da morte. A hora da verdade acontece durante uma festa em família.

Rebeldia Indomável: (1967)

O nome já diz tudo na historia do jovem preso por um crime menor, que se insurge contra um campo de prisioneiros. É aqui que Newman canta “Plastic Jesus” no bandolim e engole cinquenta ovos cozidos em uma cena antológica

Golpe de Mestre: (1973)

A parceria com Redford rende mais um estouro em bilheteria. Na Chicago dos anos 30, Redford faz o golpista que planeja se vingar da morte do mestre e, para isso, busca ajuda de Newman, um vigarista aposentado. Os dois vão aplicar um golpe mirabolante

A Cor do Dinheiro: (1986)

O Oscar de melhor ator, finalmente, Martin Scorsese convenceu o astro a retomar o papel de Eddie Felson de Desafio de Corrupção, mas agora Newman é o veterano que introduz o novato Ton Cruise pelas manhas da sinuca

Tai, para quem quer conhecer essa grande lenda do cinema, só por esses quatro clássicos já é uma grande pedida.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Cine Dicas: O Médico e o Monstro em doze Dupla


Como ainda vivo em clima de véspera de dia das Bruxas, decidi ir numa locadora muito boa de Porto Alegre alugar uns filmes clássicos de terror, dentre os que aluguei, me deparei com um muito bom que serve para comparar dois filmes diferentes de épocas diferentes contando a mesma historia.
Clássicos são obras que permanecem incólumes à ação do tempo. Inevitavelmente, têm o dom de migrar para outras mídias, sem jamais perder o vigor que as torna especiais. No caso em questão, O médico e o monstro (The strange case of Dr. Jeckyll e Mr, Hyde), a natureza humana e suas facetas são mistérios que, mesmo à luz da ciência, não se mostram mais compreensíveis.
Escrito em 1885 por Robert Louis Stevenson (o autor do também clássico A ilha do tesouro), o livro teve inúmeras versões para quadrinhos, teatro, TV e cinema, bem como uma infinidade de obras que se inspiraram em seus conceitos e outras que não passaram de plágios descarados.
Em 2003 , o mito foi revisitado no cinema pela adaptação de dois quadrinhos que beberam na fonte de Stevenson: o incompreendido Hulk de Ang Lee e A Liga Extraordinária. Em 2004 tivemos o caçador de DráculaVan Helsing caçando Mr Hyde no inicio do filme em uma versão anabolizada. Além destes filhos bastardos, porém, a tela grande recebeu várias interpretações mais fieis do drama do cientista que exibe duas facetas: uma boa e outra cruel. Prova disto é o que aluguei essa semana DVD à altura do livro. Numa Edição sessão dupla , o disco traz duas das mais célebres versões cinematográficas de O médico e o monstro, uma em cada face do DVD.
A primeira, rodada em 1931 por Rouben Mamoulian, traz Frederich March no papel duplo que o consagrou com o Oscar de melhor ator. Ainda sob leve influência do cinema expressionista, a película traz interpretações carregadas que, ao olhar contemporâneo, beiram a canastrice, mas que, de forma alguma, tiram o brilho da obra. Vale o filme por si só, a intrigante seqüência inicial em que, pelos olhos do Dr. Jekyll, podemos acompanhar seu dia-a-dia. Também é digna de nota a eficiente transformação do médico no demoníaco Hyde, uma criatura simiesca, que remete ao primitivo que todo ser humano traz dentro de si.
O segundo filme, rodado em 1941 por Victor Fleming, compõe-se de um elenco estelar: Spencer Tracy no papel-título, Lana Turner como sua doce noiva e Ingrid Bergman como a vítima Ivy. Aqui, a verossimilhança é a tônica. O caricato Hyde da película anterior faz-se substituir por um monstro levemente maquiado cujo olhar gela a alma de suas presas. Em interpretação sutil e impressionante, Tracy constrói duas personas completamente diversas com um mínimo de recursos. A inevitável tensão sexual paira na tela sob a forma de imagens muito sugestivas como os devaneios em que Jekyll se vê açoitando mulheres que deseja como se fossem duas éguas apavoradas. Imagine o impacto desta cena sessenta anos atrás. Às interpretações irretocáveis, ao bom roteiro e à direção firme, some ainda uma belíssima fotografia em preto e branco. O resultado é um clássico da sétima arte.
Assistir a ambos os filmes de uma só vez é uma experiência única. Comparar suas sutis diferenças certamente vai encantar os apreciadores do bom cinema. O disco ainda traz o curta de animação O coelho e o monstro estrelado por Pernalonga, no qual o roedor favorito da Warner encarna... você sabe quem. A versão de 1931 ainda é acrescida de comentários do historiador Greg Mank. Infelizmente para os não versados no idioma bretão, vem sem legendas. Um deslize lamentável que impede que este DVD seja perfeito.

Nota: Acima do texto postei o video do episódio O Coelho e o Monstro que está neste DVD, assistam, curtam e vão em busca deste dois clássicos em DVD.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Cine Clássicos contemporâneos: CONSTANTINE


Muitos talvez irão me odiar por fazer essa matéria, mas o caso que gosto do filme Constantine, Contudo, algumas pessoas aqui do no nosso país não gostou do filme unicamente por existir vários pontos da obra que não tem muito haver no gibi. Lembro-me bem da primeira vez que ouvi falar que haveria esse filme, foi lá atrás em novembro de 2003, numa entrevista da revista SET com o ator Keanu Revees, que naquele tempo estava encerrando com o sua trilogia Matrix. Sabendo sobre o mago dos quadrinhos, fui buscar pesquisas nos sebos, pois naquele tempo Constantine não tinha gibi próprio mais, daí então, consegui da revista mensal da abril Vertigo, mas comprei essas revistas na véspera do filme. Então, não tive tempo para dizer o que era melhor.
Fui assistir ao filme sem o peso do material original do gibi e confesso que adorei, amei o filme e assisti duas vezes, gostei tanto que meu apelido do Orkut é Marcelo Constantine, pois muitos pontos do filme me identifiquei. Com isso, comecei a não só colecionar o material em quadrinhos do personagem, como também outros do selo Vertigo, os quadrinhos adultos da DC e o resto é historia.

Mas vamos a sinopse da trama:

John Constantine (Keanu Reeves) é um experiente ocultista e exorcista, que literalmente chegou ao inferno. Juntamente com Angela Dodson (Rachel Weisz), uma policial cética, ele investiga o misterioso assassinato da irmã gêmea dela, Isabel. As investigações levam a dupla a um mundo sombrio, em que precisam lidar com demônios e anjos malvados.

O filme em si já começa perfeito, com um suspense silencioso que culmina num susto daqueles, (cuidado com a cena do carro). Após o inicio do filme, somos levados a Los Angeles onde presenciamos uma possessão de uma garota. Imediatamente Constantine entra em cena, para salvar o dia, em uma seqüência que achei muito bacana. O legal de Constantine, é que é um filme de terror com estilo Noir, que faz lembrar bem daqueles filmes de investigação, com começo meio e fim e foi bem ousado em tocar em certos assuntos como céu e o inferno, questões de fé e (surpresa) dizer "não" ao cigarro, pois o personagem central sofre de câncer no pulmão e tem pouco tempo de vida. É nesta parte que (em parte) o filme se inspirou muito nos gibis, já que Constantine dos quadrinhos sofreu de câncer na Historia Hábitos Perigosos, que já é considerado um clássico dos quadrinhos, mas o resto, o personagem, pelo menos visualmente e de origem, não tem muito haver com relação a sua contra parte dos gibis. Ao começar pelas suas origens, Constantine do filme é americano e mora em Los Angeles, já Constantine dos gibis é inglês e mora na Inglaterra, só essa mudança de território já irritou os fãs, mas essa mudança foi decisão do próprio diretor quando Keanu Revees foi escolhido, ele acreditou que o ator não convenceria como inglês e não convenceria mesmo. Na verdade se pensarmos bem, Keanu Revees nunca foi um bom ator, isso pode se comprovar no filme Drácula, onde ele parecia uma arvore dura, que a única diferença de uma, é que ele andava. Mas o caso que se ele não é bom ator, pelo menos ele é esperto e pegou papeis que caem sobre medida para ele, como o escolhido em Matrix. Para Constantine, o visual não mudou muito com relação ao Neo, a roupa ficou quase igual, só encolheram a capa, colocaram uma gravata, e não deixaram que usassem óculos. O resto é igual, a diferença é que ele largou aquele ar de inocência do escolhido e escolheu um ar mais sarcástico e mal educado de Constantine, e por isso, acabou convencendo. bem.
Contudo, o filme não seria nada se não tivesse seus coadjuvantes ilustres ao começar por Rachel Weisz que interpreta as irmãs gêmeas, Angela Dodson e Isabel Dodson, Rachel interpreta com maestria uma policial em duvidas com relação as coisas que rolam em sua volta, com isso definitivamente 2005 foi ano dessa atriz, que além desse, ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por O Jardineiro Fiel. Um que começou a chamar atenção neste filme, foi Shia LaBeouf que faz o melhor amigo de Constantine, Chas Chandler. Shia, na época, já tinha feito um ponta em Eu, Robô, mas foi o suficiente para ser convidado para esse filme, e o resultado por sinal, foi satisfatório, mesmo sendo outra mudança com relação ao gibis, já que Chas dos quadrinhos tem a mesma idade de Constantine e seu destino é bem diferente no filme, mas Shia convenceu até os segundos finais da película, (a uma cena surpresa depois dos créditos) e acabou sendo convidado para outros filmes, se consagrando definitivamente em Transformes. Tilda Swinton que faz o anjo Gabriel é outro (a) personagem que se suberizai na trama, fazendo um dos principais anjos do céu. Tilda convenceu em muito na personagem, fazendo agente acreditar que ela é ele na verdade, já que Gabriel se apresenta como um personagem que não tem um sexo definido e Tilda foi incrível nisso. A parte em que ela diz que Constantine está fudido, o cinema veio abaixo. Djimon Hounson (Midnite) Max Baker (Beeman) Pruitt Taylor Vince (Padre Hennessy) cumprem seus papeis com louvor, contudo nada se compara a Peter Stormare que faz o próprio Satã, e somente clímax da trama que ele surge, mas é o suficiente para roubar a cena. Com um tom debochado, cínico e maquiavélico, Peter faz um Satã único e original no cinema, pois fazer esse personagem não é tarefa fácil, pois o personagem já foi levado várias vezes ao cinema por inúmeros atores como Al Patino, por exemplo, mas Peter Stomare cumpre com louvor seu desempenho. Por fim quem se saiu bem neste filme foi o diretor Francis Lawrence, na época um diretor conceituado no mundo dos vídeos clipes, sendo seu primeiro filme para o cinema, foi sem duvida um grande desafio, para isso ele usou a sua forma de fazer clipes no filme, o resultado é um visual sombrio e frio, mesmo a historia se passando na ensolarada Los Angeles. Com bom desempenho que teve, Francis Lawrence teve sinal verde para dirigir outras produções e sua consagração veio mesmo em Eu Sou a Lenda, grande sucesso de bilheteria em 2007.
Na época da sua estréia o filme teve bilheteria razoável nos Estados Unidos, mas grande sucesso mundo afora. Aqui no Brasil, ficou mais de um mês em cartaz e atualmente é considerado um Cult para muitas pessoas, como eu por exemplo. Mesmo com muitas mudanças e uma cena desnecessária (imitando Blade alias) Constantine merece honras por ser lembrado até como verdadeira prova que um filme não precisa ser 100% fiel a sua fonte, basta falar por si.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Cine Especial: E eles não viveram felizes para sempre


Ainda estou em estado de estase. Pois realmente fazia tempo que não tinha visto um filme com um final tão perturbador como o NEVOEIRO, que desde já é para mim considerado um dos melhores filmes do ano. Contudo duvido muito que todos irão curtir o tal surpreendente desfecho como eu curti. Mas porque isso?
Por que as pessoas não aceitam tais finais de filme? Porque o filme não presta por exemplo só porque o protagonista morre no final? Lembro-me, por exemplo, que como adorei o filme Gladiador na época, mas sempre tinha pessoas que ficavam dizendo que não gostavam porque o protagonista morria no final. Parece que isso não pode acontecer. Eu digo assim, às vezes pode e deve acontecer.
O caso que a culpa disso nem está nas pessoas em si, mas sim o próprio cinema que nos acostumou a contar suas historias com o sempre "final feliz", mas é só aparecer um filme com um final perturbador que a pessoa se desmonta. Fico imaginando como as pessoas reagiram na sala do cinema com o final de Seven: Os sete pecados capitais mas na minha opinião aquele final ajudou em muito a narrativa da historia e se colocassem um final feliz naquilo, então tudo que nos assistimos até aquele ponto não faria muito sentido. Todo filme bom que se preze, vem com uma mensagem e essa mensagem deve se casar bem com ato final da trama, e se for para fazer um final pessimista então que seja, se vai a pessoa gostar ou não, será problema dela, mas não a como ficar indiferente pois ela sabe no fundo que assistiu algo totalmente diferente de tudo que viu.
Hollywood é acima de tudo uma indústria que faz dinheiro e tudo que elas fazem é agradar o publico que vai ao cinema. Eles acreditam que existe um numero de pessoas que gostam de sair das suas casas, sair um pouco dos seus problemas para curtir uma historia boa e esperançosa. Mas e aqueles que desejam algo diferente?
Esses não são poucos, são muitos até como eu, e as vezes é preciso de outro pais para nos brindar com algo original, como foi no caso da Coréia que nos presenteou Old Boy de Park Chan-uk que conta a historia de um homem comum que acaba sendo preso por mais de 15 anos dentro de um quarto de hotel e nem sabe porque. Passados os 15 anos ele é libertado sem mais nem menos e busca resposta, e tais respostas serão das mais dolorosas possíveis, tanto para o personagem como para o próprio espectador que assiste a trama. O filme fez tanto sucesso de critica quanto de publico que assistiu ao redor do mundo, e Hollywood esta pensando até hoje em fazer uma refilmagem mas será que eles tem coragem de fazer tudo igual? Eles vão pensar na historia ou nas verdinhas?
Eu acho que atualmente existe uma falta de ousadia no cinema, e por conta disso da para se contar nos dedos os filmes que estréiam no ano e desafiam as nossas mentes e quando estréiam filmes como esse O Nevoeiro devemos nos ficar perguntando? Como eles puderam lançar dessa forma? Ficamos admirados como a historia termina, pois é algo que raramente se vê nos filmes hoje em dia e acho que é pára isso que o cinema serve nos levar para lugares diferentes com historias imprevisíveis que desafiem a mente da pessoa, Stanley Kubrick que o diga..
Espero que ao longo dos anos surjam mais filmes corajosos como esse, que surjam diretores que gostam de fazer uma boa historia como Frank Darabont fez com o Nevoeiro, que venham historias mais e mais originais, pois sejamos francos: Chegará um ponto que as pessoas estarão cansadas do previsível.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Cine Dicas: O Incrivel Hulk chega em DVD


Em 2003, a Universal investiu todas as suas fichas no filme do Hulk nas mãos do diretor Oscarizado Ang Lee. A intenção logicamente era fazer uma franquia, assim como aconteceu com x-men e Homem Aranha, pegando na esteira os filmes da Marvel que estavam fazendo sucesso, e como o personagem pertencia a editora, com certeza verdinhas estavam vindo por ai. Mas não foi isso que aconteceu
Ang Lee é um diretor artístico, que mesmo fazendo ótimos filmes de ação como o Tigre e o Dragão, sempre deixou em primeiro plano a exploração do lado psicológico dos personagens e isso ele explorou bastante no filme, resultado: O filme decepcionou muita gente que estavam esperando pancadaria do inicio ao fim. Em vez de um filme repleto de ação, vemos um drama carregado de choques traumáticos da infância do personagem e fez com que muitas pessoas ficassem afastadas do cinema.
Sempre gostei da versão de Ang Lee, mas o que ocorreu é que aquele filme estava a frente do seu tempo e o publico não estava preparado para ele. Com isso a Marvel agora produzindo os seus filmes, investiu pesado de novo no persongem passando a borracha com relação ao filme anterior.
Desta vez foi o diretor Louis Leterrier (Cão de Briga) na direção, talentoso em filmes de pancadaria aliás, e escalou um elenco estelar, ao começar por Edward Norton (Clube da Luta) como Bruce Banner que se transforma no Hulk. Liv Taylor Willian Hurt e Tin Hot completam o elenco. A historia começa num rápido flashback contando rapidamente a origem do personagem, imediatamente somos levados a favela da Rocinha do Rio de Janeiro (nota: a cena que fazem uma panorâmica na favela, do inicio ao fim é espetacular) onde Bruce trabalha numa fabrica de refri, ao mesmo tempo busca por uma cura.Enquanto isso General Ross (Hurt) manda um combatente (Hot) ao encalço do personagem, e para isso fará de tudo para capturá-lo, chegando a um ponto em se tornar o temível Abominável.
Mesmo sendo os mesmos personagens se comparar com o filme de 2003 da para notar que são filmes completamente diferentes, sendo que esse é levado muito mais a ação mas nunca deixando de lado a construção dos personagens, Edward Norton como sempre, faz seu personagem com a maior competência, representando um homem que se sente preso a uma fera interior. Com relação ao resto de elenco tudo ok, poderiam Ter sido melhores, especialmente Hot, que acho um excelente ator desde Pup Fictiun, mas também não faz feio. Mas assim como o filme de 2003, esta nova versão de novo teve uma bilheteria relativamente baixa, principalmente se comparada a outras produções que teve esse ano como o filme irmão Homem de Ferro, parece que por mais que o filme seja bom, o publico não consegue se identificar com o personagem, talves outro ponto que talves seja negativo é que o Hulk é um personagem, que por mais que perfeito que façam é um personagem digital, e sinto que esse é um dos muitos motivos que o publico não se identifica.
Contudo torço para que o personagem volte para o cinema novamente, pelo menos no filme dos Vingadores que a Marvel está planejando e isso fica claro, pois tanto nesse filme como do Homem de Ferro, as pistas ficam evidentes, principalmente no Hulk onde Tony Stark (Homem de Ferro) aparece em uma rápida ponta nos segundos finais do filme.
Por fim o Incrível Hulk é entretenimento puro para aqueles que são tanto fãs dos quadrinhos como fãs da série de tv, e referencias a aquela série clássica tem muitas, como uma ponta hilária de Lou Ferrigno como segurança e até a musica tema série (tan tan, tan tan), ou seja, um filme para se assistir curtindo ele, sem exigir muito dele.
NOTA: A atriz brasileira Débora Nascimento, famosa pelas novelas globais, faz uma ponta bem no inicio do filme, mas o suficiente para chamar a atenção de muita gente, principalmente pelos estúdios de Hollywood.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Cine Historia: 1927, o primeiro filme falado: O Cantor do Jazz



Sinopse: Jakie Rabinowitz (Al Jolson) desafia o seu pai e sai de casa para tentar conquistar o seu sonho: ser cantor de jazz. Sua família sempre teve tradição na música, porém Jackie teve que seguir seu próprio caminho por gostar de um ritmo diferente do que sua família se entregou durante cinco gerações. Esse é o primeiro filme falado da história, que salvou, na época, a Warner Bros da falência.
Na época que o filme foi lançado consideraram esse filme imediatamente como uma obra prima, também pudera, a imagem de alguém falando e cantando simplesmente pegou todo mundo desprevenido e ao ver o sucesso que a Warner teve em mãos, os estúdios imediatamente começaram a mudar a forma de se fazer filmes também. Mas nem todos gostaram dessa virada. Chaplin um dos gênios do cinema, simplesmente abominava a idéia do som nos filmes, pois para ele, graça do filme estava na mímica dos atores, para que falar, se os nossos gestos falam por nos? Com isso ele sempre acreditou que o som matou do que havia melhor no cinema mas vendo que não havia como deter o avanço disso, Chaplin cedeu a essa tecnologia, falando pela primeira vez no seu filme Tempos Modernos.
Para aqueles que não apreciam o cinema mudo, eu dou duas dicas, assistam ao recente filme O Aviador De Martim Scorsese em que o Cantor do Jazz é inserido em determinada parte do filme mas acho que o filme que maravilhosamente reconta essa transição do cinema mudo e falado foi no filme Cantando na Chuva, em que os personagens da historia, incluindo o personagem de Gene Kelly se atrapalhavam todo para tentar se acostumar a interpretar falando nas telas.
Por fim é uma parte importante da historia em que muitos se beneficiaram e outros acabaram se prejudicados, pelo menos o cinema sonoro rendeu inúmeros clássicos que até hoje estão vivos e ao mesmo tempo fez surgir inúmeros novos talentos vindos do teatro que começaram a ser contratados para atuar no cinema, depois disso nada mais foi como antes.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

cine dicas: A Bela Adormecida edição de 50 anos de aniversário

A Bela Adormecida está fazendo já seus 50 anos de vida por isso nada mais do que justo que seja lançado um DVD digno com relação a data. Na verdade o DVD faz parte da coleção Plantiun que a Disney está lançando de tempo em tempo, o filme já havia sido lançado anteriormente em DVD contudo existe dois motivos para novamente o filme ser lançado, uma por causa da coleção Plantiun, duas, além do filme estar fazendo 50 anos de vida era de muito interesse das pessoas em adquirem esse filme, principalmente pelo fato de Ter ficado fora do catalogo a muito tempo, como é politica da Disney, eles deixam o filme por tempo limitado e o retiram para somente anos mais tarde eles voltarem a vender, portanto quem quizer esse filme recomendo que compre agora.
Filme de animação de longa-metragem, considerado um clássico, produzido pela Disney em 1959. É uma adaptação da versão do século XVII de Charles Perrault para um famoso conto de fadas.

Vamos a Sinopse, curiosidades e trajetoria
Uma linda princesa chamada Aurora sofreu uma terrível maldição da bruxa Malévola: ao completar 16 anos, ela espetaria o dedo no fuso de uma roca e cairia em um sono eterno. Mas as três fadas madrinhas - Fauna, Flora e Primavera - descobrem uma forma de quebrar o feitiço: um beijo doce de amor. Aurora espeta o dedo no fuso de uma roca, adormece, e as fadas resolvem adormecer todo o reino, até que um dia o corajoso príncipe Filipe acordasse a princesa adormecida. Munido do escudo da virtude e a espada da verdade, Felipe combate e derrota Malévola e finalmente quebra o feitiço com um beijo de amor verdadeiro.
Principais personagens e vozes

Princesa Aurora .... Mary Costa
Príncipe Filipe .... Bill Shirley
Malévola .... Eleanor Audley
Flora .... Verna Felton
Fauna .... Barbara Jo Allen
Primavera .... Barbara Luddy
Rei Estevão .... Taylor Holmes
Rei Humberto .... Bill Thompson
Coruja .... Dal McKennon
Versão brasileira Estúdios: Atlântida Cinematográfica
Direção de dublagem: Luís Delfino
Tradução: Orlando Figueiredo
Versões musicais: Aloysio de Oliveira
Vozes: Maria Alice Barreto .... Princesa Aurora / Rosa (diálogos)Norma Maria.... Princesa Aurora / Rosa (canções)
Maurício Sherman .... Príncipe Filipe (diálogos) Osny Silva .... Príncipe Filipe (canções)
Heloísa Helena .... Malévola
Nancy Wanderley .... Flora
Joyce de Oliveira .... Primavera
Nádia Maria .... Fauna
Hamilton Ferreira .... Rei Humberto
Roberto de Cleto .... Rei Estêvão
Prêmios e indicações
O filme A Bela Adormecida recebeu uma indicação ao Óscar, na categoria Melhor Trilha Sonora de Filme Musical. Recebeu também uma indicação ao Grammy, na categoria Melhor Álbum de Trilha Sonora Original - Cinema / Televisão.
Curiosidades
A maior parte da trilha sonora de A bela adormecida é composta de canções adaptadas do balê Sleeping Beauty, de Pyotr Ilyich Tchaikovsky. A Bela Adormecida é uma realização técnica espetacular que aproveitou-se de todos os recursos do formato widescreen e foi o primeiro longa-metragem animado a ser filmado em bitola 70mm. O desenvolvimento preliminar de A Bela Adormecida teve início em 1950, com a produção atingindo seu auge em 1953. Entretanto, a produção sofreu atrasos enquanto Walt Disney se dedicava à construção da Disneylândia e a vários projetos do estúdio para a televisão. A Bela Adormecida, A Pequena Sereia, de 1989, e Aladdin, de 1992, são os únicos filmes de animação da Disney nos quais as princesas receberam um nome: Aurora, Ariel e Jasmine, respectivamente. O filme foi o mais caro da Disney desde Pinóquio (1940), e teve baixíssima bilheteria e críticas negativas, quase afundando o estúdio. Mesmo assim, nos 50 anos seguintes, conseguiu sua glória e hoje é um dos filmes mais rentáveis da história.

Como podem ver os anos se passaram, mas a Princesa Aurora continua linda e loira no aniversário de 50 anos do filme da Disney "A Bela Adormecida", que ganha DVD remasterizado apartir de amanhã. O clássico, baseado no conto de Charles Perrault, além de imagens mais nítidas, será lançado com cinco horas de extras, que incluem jogos, músicas e muito material sobre os bastidores da produção lançada oficialmente em 1959.
Entre os joguinhos, a valsa do filme é o tema de duas atrações. Um deles dá lições da dança para os pequenos, com três níveis de dificuldade, e ensina passos na tela para o jogador acompanhar "no chão". Já a outra brincadeira é para interagir com o controle remoto, e é preciso ficar esperto para seguir exatamente os passos dos bichinhos da floresta na dança, numa espécie de "siga o mestre".

Bastidores nos extras
Mas, mais que os joguinhos, o destaque dos extras é sobre os bastidores, que podem interessar aos pequenos e aos adultos ao mostrar imagens da época em que o filme estava sendo produzido (a maior parte é em branco e preto). Também conta curiosidades e histórias em depoimentos de desenhistas e da dubladora Mary Costa, chamada para dublar a princesa aos 19 anos. Mary, bela como sua personagem, chegou a emprestar um pouco de seu charme e características físicas para a criação de Aurora. Entre os dubladores (todos os que fazem a voz em inglês), também é destaque Eleanor Audley, a voz da malvada bruxa Malévola.
Quem se interessar pela história da animação poderá, ainda, ver cenas feitas com atores para que os desenhistas pudessem criar os movimentos dos personagens, como na cena em que o Príncipe Felipe luta contra um dragão, feita com a ajuda de um ator, de uma espada de brinquedo e de uma escada.
Embora os depoimentos dos extras sejam apenas "elogiosos" à produção (já que se trata de documentários da Disney sobre ela mesma), é possível conhecer como eram feitas as animações na época e ver curiosidades interessantes sobre o clássico, que teve suas paisagens inspiradas em tapeçarias medievais e muita atenção a detalhes, tanto em relação às formas quanto às cores.
As músicas do filme também não ficam de fora. Isto inclui desde informações sobre o uso das músicas do balé de "A Bela Adormecida", composto por Peter Tchaikovsky (compositor russo do século 19), desde clipes com os personagens, enttre eles a canção "Once Upon A Dream", em inglês.

Por fim é um filme de animação indispensavel em qualquer prateleira de colecionador de filmes que se prese, e como disse antes, vai correndo a loja comprar pois obras primas como essa ficam pouco tempo nas lojas, principalmente com relação a filmes da Disney.

sábado, 27 de setembro de 2008

Adeus:Paul Newman


A cada ano que passa morre mais e mais grandes astros da era de ouro do cinema. Uma pena, pois eles representam uma era de glamor e originalidade que o cinema vivia naquele tempo, mas anos passam e um dia mais cedo ou mais tarde esses Deuses da setima arte a de partir um dia.
Eis que me acordo hoje e vejo a noticia da morte de um dos grandes icones do cinema, "Paul Newman". 83 anos vitima de cançer no pulmão.
Ele se foi mas não sem deixar sua marca no cinema que acabou se tornando um entre muitos, sempre lembrado pelo cinefilos, aqui deixo um video do Youtube de uma sequencia todos amantes do cinema irão se lembrar quando pensar em Paul Newman, http://br.youtube.com/watch?v=howEAqstkzQ
Em baixo deixo as caracteristicas e a longa carreira deste grande ator que nos deixa,
Va em paz.
Paul Newman (Cleveland, 26 de janeiro de 1925 - Westport, 26 de setembro de 2008[2]), nascido Paul Leonard Newman, foi um ator e diretor cinematográfico estado-unidense.
Filho de um bem sucedido
comerciante de artigos esportivos, Newman começou a carreira em peças do colégio e, após obter a dispensa da marinha americana em 1946, foi estudar no Kenyon College. Após a formatura, ele passou um ano na Yale Drama School indo depois para Nova Iorque, onde entrou para a renomada escola de formação de atores Actor's Studio, dirigida por Lee Strasberg.

Carreira
Depois de sua primeira aparição na
Broadway em Picnic (1953), foi-lhe oferecido um contrato pela Warner Brothers. Seu primeiro filme, Cálice Sagrado (1954) foi quase o seu último: considerou sua performance muito ruim e publicou um anúncio de página inteira num jornal pedindo desculpas a quem tivesse visto o filme.
Saiu-se muito melhor na sua segunda tentativa, em
Marcado pela Sarjeta (1956), (no Brasil, onde deu vida ao boxeador Rocky Graziano e foi aclamado pela crítica por sua grande atuação.
Com
Gata em Teto de Zinco Quente e O Mercador de Almas (cuja atuação lhe valeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes[3]) estabelecendo-o como novo astro de Hollywood no fim dos anos 50, Paul tornou-se um líder de bilheterias da década seguinte estrelando filmes como Desafio à Corrupção (1961), Criminosos Não Merecem Prêmio (1963), O Indomado (1963), Rebeldia Indomável (1967) e Hombre (1967), fechando os anos 60 com o mega sucesso de crítica e bilheteria mundial Butch Cassidy / Dois Homens e um Destino (1969), ao lado de Robert Redford.
A dupla trabalharia junta quatro anos depois em
Golpe de Mestre / A Golpada de George Roy Hill, outro grande sucesso de Newman e vencedor do Oscar de melhor filme de 1973.
Também produziu e dirigiu muitos filmes de qualidade, incluindo
Rachel, Rachel (1968) onde dirigiu sua esposa, Joanne Woodward e ganhou o Globo de Ouro de melhor diretor. Indicado nove vezes pela Academia como melhor ator, finalmente venceu por sua atuação em A Cor do Dinheiro (1986). Por curiosidade, no ano anterior havia recebido um Oscar especial pelo conjunto da carreira.
Outros filmes importantes de Paul Newman são:
Gata em Teto de Zinco Quente (1958), O Mercador de Almas (1958), Exodus (1960), Doce Pássaro da Juventude , onde refez no cinema o mesmo papel que já havia feito na Broadway (1962), Cortina Rasgada (1966), Torre do Inferno / Inferno na Torre (1974), Ausência de Malícia (1981) e O Veredicto (1982).
Fazendo menos filmes nos
anos 90, e se dedicando mais à sua fábrica de molhos e condimentos, Newman's Own (com a qual ganhou mais dinheiro que no cinema, porém dedicou quase todo o lucro à caridade e à sua equipe de corridas), Paul reapareceu em grande estilo, já aos 77 anos, em Estrada para Perdição (2002), trabalhando com Tom Hanks e o futuro James Bond, Daniel Craig, e foi novamente indicado ao Oscar, desta vez como ator coadjuvante.

Política e velocidade
Newman também foi conhecido por seu apoio a causas
políticas liberais nos EUA. Nos anos 60, esteve bastante envolvido na campanha de candidatos democratas à Presidência. Seu forte apoio à Eugene McCarthy em 1968, estrelando diversos comerciais de televisão a favor do candidato democrata, fez Richard Nixon, o adversário de McCarthy e que acabou sendo eleito, colocá-lo em 19º lugar numa lista de seus piores inimigos, o que fez Newman declarar que esta seria uma das maiores honras de sua vida.
Sua paixão pelo
automobilismo e pela velocidade foram famosas. Apesar de daltônico, dos anos 70 aos 90 Newman se destacou como piloto amador, correndo em carros esporte nos EUA e na Europa, onde chegou a conseguir um segundo lugar na categoria esporte das 24 Horas de Le Mans com um Porsche 935. Nos anos 80 se envolveu com a Fórmula Indy, onde se tornou sócio-proprietário da equipe Newman-Haas Racing. Aos 70 anos, foi o mais velho piloto a vencer uma corrida de prestígio, ao fazer parte do time de pilotos do carro que venceu as 24 Horas de Daytona de 1995.

Câncer e morte
Newman, ex-
fumante inveterado, padeceu por muito tempo de câncer do pulmão. Em maio de 2008, foi afastado da direção de uma versão de Ratos e homens, baseada no livro de John Steinbeck.[4] A doença havia sido diagnosticada pelo hospital Sloan-Kettering Cancer Centre, em Nova York.
Em
março de 2008, Newman negou boatos de que estaria com câncer, depois de ter faltado a um evento beneficente da instituição infantil Hole in The Wall Gang, criada por ele. No mesmo mês, ele cancelou uma aparição no talk show The Late Show with David Letterman. Seu porta-voz, Warren Cowan, despistou sua hospitalização, insistindo que o ator estava "recebendo tratamento para pé-de-atleta e queda de cabelo". O jornal New York Post divulgou que um paciente de câncer disse ter visto Newman em março de 2008 no oncologista regularmente.[5]
Em agosto, após encerrar as sessões de quimioterapia contra o câncer, o ator Paul Newman foi informado de que teria poucas semanas de vida e pediu aos médicos e a seus familiares para deixar o hospital e ser levado à sua casa, em Westport, no estado americano de Connecticut, onde morreu em 26 de setembro de 2008.

FilmografiaMarcado pela Sarjeta (1956)
Exodus (1960)
O Indomado (1963)
Hombre (1967)
Vale Tudo (1977)
Quinteto (1979)
O Veredicto (1982)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Cine Clássico: O Máskara


No inicio dos anos 90 o cinema estava um tanto que carente com a falta de um representante da comédia, alguém que se chamasse pelo nome dele, era garantia de boas risadas, eis que no inicio dessa década surgia um que se tornou um dos nomes mais lucrativos do cinema daquele tempo, Jim Carrey.Carrey começou fazendo pontas em séries de tv e programas e filmes B, mas foi apartir de AC Ventura que o cara teve seu maior destaque. Vendo o talento pelo humor com seus trejeitos elásticos fantásticos, Carrey poderia fazer inúmeros filmes de comédia, mas é claro, atingiria o sucesso merecido se atuasse em filmes de qualidade. Um deles surgiu em 1994, num filme dirigido pelo diretor semi desconhecido Chuck Russell, O MÁSKARA.O filme surgiu na febre que já existia no cinema naquele tempo, filmes baseados em historias em quadrinhos, mas antes dos engravatados pegar medalhões como x-mens e homens aranhas da vida, eles preferiram pegar obras semi desconhecidas pelo publico e O Máscara estava presente na fila. Baseado numa historia em quadrinhos da Dark House onde o clima era mais sério e violento, transportado para o cinema, os engravatados decidiram suavizar a trama levando mais para o humor, vamos a sinopse:
Em Edge City vive Stanley Ipkiss (Jim Carrey), um cara decente que trabalha em um banco mas é socialmente desajeitado e sem muito sucesso com as mulheres. Após um dos piores dias da sua vida, ele acha no mar a estranha máscara de Loki, um deus escandinavo. Quando Stanley coloca a máscara, se transforma em O Máscara, um ser com o rosto verde que possui a coragem para fazer as coisas mais arriscadas e divertidas que Stanley receia fazer, inclusive flertar com Tina Carlyle (Cameron Diaz), a bela e sensual cantora que se apresenta no Coco Bongo, a discoteca do momento. O Máscara tem velocidade sobre-humana e um humor não-convencional e, enquanto isto, o gângster Dorian Tyrrell (Peter Greene), que namora Tina, se esforça para destruir o Máscara e se apoderar da máscara para usar seus poderes para o mal.
Mais do que uma adaptação de historias em quadrinhos, o filme é puro humor pastelão no bom sentindo, Jim Carrey simplesmente da um show interpretando um personagem duplo, com Ipkiss ele faz um personagem inseguro, frustrado e atrapalhado, com o Máscara ele faz um personagem louco, divertido, cheio de vida e engraçadíssimo. Abil em seu trejeitos com o corpo, Carrey se mistura com efeitos e maquiagem que formam um personagem único e rico em detalhes, sendo capaz de fazer qualquer coisa com a Máscara, o personagem acaba não tendo limites e acabou criando grandes momentos no filme, onde destaco dois momentos incríveis, sua Segunda transformação onde ele vai dançar no Coco Bongo com a atriz Cameron Dias (papel de estréia e no auge de sua beleza) e na sua fuga como Máscara que da de encontro com a policia e o resultado é hilário virando um verdadeiro show da broadway. O filme custando apenas 18 milhões na época, rendeu mais de trezentos milhões de dólares pelo mundo, se tornando um dos mais bem sucedidos em sua carreira nas salas de cinema. Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Ator - Comédia/Musical (Jim Carrey). Recebeu 3 indicações ao BAFTA, nas seguintes categorias: Melhor Maquiagem, Melhor Desenho de Produção e Melhores Efeitos Especiais. Ganhou um prêmio no MTV Movie Awards, na categoria de Melhor Comediante (Jim Carrey). Recebeu ainda outras 3 indicações, nas seguintes categorias: a Mais Gostosa (Cameron Diaz), Melhor Seqüência de Dança (Jim Carrey e Cameron Diaz) e Melhor Revelação (Cameron Diaz).
Com isso a carreira de Jim Carrey foi para o topo, atuando em inúmeras comédias como Deb Loyde, tempos depois se aventurou em outros gêneros com o drama mas essa é uma outra historia.Curiosamente o filme não teve seqüência (O Filho do Máscara não conta, pelo amor de Deus) isso se deve ao fato do ator nunca Ter se interessado em voltar, já que nunca gostou de repetir seus papeis, apesar que já fez isso uma vez, em Ace Ventura 2, contudo as aventuras do Máscara continuaram em uma série de desenho animado onde se explorou ao limite os poderes enlouquecidos do personagem, a série gerou um maior sucesso, inclusive aqui no Brasil, onde era transmitido dentro do programa TV Colosso (bons tempos). Não posso deixar de mencionar que aqui no Brasil o filme se tornou mais e mais engraçado ainda, isso graças a dublagem carioca que aqui foi excelente e fez o filme ficar ainda melhor, destaco logicamente o ótimo trabalho do dublador Marco Ribeiro, que deu voz a Jim Carrey a inúmeros filmes inclusive esse, alias as frases “alguém me segure” “e que demais” foram criadas pelo próprio dublador fazendo que na época se tornasse uma mania sem precedentes e se tornando muito melhor do que as frases que o ator originalmente falava não versão inglesa.
Por fim é um filme delicioso, engraçado e único, pelo fato de nunca Ter gerado uma seqüência aumenta ainda mais o seu valor, tornando não só um dentre vários filmes baseados em HQ como também uma das melhores comédias da década passada.
PS: Não posso deixar de terminar esse texto sem mencionar o segundo astro desse filme, Milo, o cachorrinho que ajuda o Ipikiss em vários momentos, principalmente no clímax da trama da um verdadeiro show de inteligência, (a parte que ele veste a Máscara é fantástica de engraçada).

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

sessão clássicos: O Professor Aloprado


Não, não, não.

Não me refiro a versão de 1996 na qual o protagonista é o Eddie Murphy, e sim me refiro a obra prima da comedia que foi dirigido, protagonizado e co-produzido por Jerry Lewis.
Infelizmente a geração mais nova se lembra somente da versão de 1996, o que é uma pena, já que a de 1963 é anos luz de distância bem melhor. Jerry Lewis foi um ator que se beneficiou do seu talento de caretas e trejeitos originais impagaveis, e assim como nosso mestre Chaplin deu uma de dirigir e atuar ao mesmo tempo. O resultado desse processo foi uma grande obra prima que ele criou por volta de 1963.
O professor Aloprado conta a historia do professor Julius Kelp (Lewis) é um professor universitário nerdy, trapalhão, tímido, introvertido e sem vida social. Freqüentemente ele é ameaçado de demissão da universidade, por continuamente destruir o laboratório com suas experiências. Depois de ser humilhado por alguns alunos, o professor resolve testar em si mesmo uma fórmula que o transformará numa pessoa completamente diferente. A fórmula é aparentemente um sucesso e a universidade vê surgir uma nova pessoa:elegante, charmosa, inteligente, bem falante, com dons de cantor e pianista. É o misterioso Buddy Love, a versão transformada e secreta do professor Kelp.
com a transformação, o professor enfim consegue atrair a atenção da sua amada aluna Stella Purdy. Mas, quando tudo parece correr bem para o Professor Kelp, as confusões recomeçam devido as interrupções bruscas dos efeitos da fórmula.
Inspirado claramente no clássico O Médico e o Monstro, O professor Aloprado entrou fácil na lista dentre as melhores filmes de comedia de todos os tempos. Lewis simplesmente se entregou de corpo e alma num personagem que simplesmente se divide em dois, fazendo Buddy Love e o professor pessoas completamente diferentes, só isso já é um grande feito. De um lado temos um professor feio e inseguro de si, do outro temos um cara bonito e mais seguro de si, tanto que as pessoas se sentem impressionadas com a sua segurança quando se aproxima. Mas fora a sua interpretação, Lewis se sai soberbo também na direção, usando e abusando da câmera. Com maestria na direção, ele faz cenas inesquecíveis, sendo minha parte favorita foi quando após a primeira transformação ele vai comprar roupas, só que em vez de focar ele, a câmera foca a reação das pessoas quando vêem ele. A pergunta que fica no ar é se a experiência foi bem sucedida, ou se foi um fracasso, pois pelos rostos espantados das pessoas da a entender que é a segunda opção, mas quando ele abre a porta da festa e todos olham para ele, finalmente a câmera o focaliza, eis um verdadeiro choque, a experiência foi realmente um sucesso, não só deixando ele bonito mas seguro de si o tempo todo, fazendo de um verdadeiro maioral.
No geral, O Professor Aloprado como toda boa historia nos traz uma mensagem que sai da própria boca do personagem que é, se você não gostar de você mesmo, como espera que os outros gostem de você?
Essa foi uma grande mensagem que Lewis nos entrega no clímax do filme, e por mais clichê que seja que a verdadeira beleza está no interior das pessoas, aqui funciona de uma maneira bem humorada e delicada.
Para aqueles que conhecem somente a versão de 1996, Professor Aloprado de 1963 é um filme a ser descoberto pelas novas platéias, principalmente para aqueles que não agüentam mais curtir comedias fáceis escrachadas e que ofendem a inteligência do espectador. Professor Aloprado não ofende e lhe rende gargalhadas de verdade.